Cartilha do Senar orienta sobre Previdência Social nas operações do PAA-PNAE

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – disponibiliza a Cartilha Previdência Social e Senar nas Operações do PAA-PNAE. O conteúdo foi criado por meio do Projeto Cidadania Rural e tem o objetivo de informar e orientar as mulheres e homens do campo sobre a legislação previdenciária específica para o setor.

“Desta forma contribuímos para a inclusão social do cidadão rural pelo pleno exercício de seus direitos e deveres, na condição de usuário ou beneficiário da Previdência Social e do Senar, seja pessoa física ou jurídica que adquira, de uma forma ou de outra, produtos agropecuários como, por exemplo, supermercados, prefeituras, órgãos federais, estaduais e federais, entre outros”, explica a analista de arrecadação do Senar Alagoas, Carla Christine.

A cartilha também pode ser usada pelos municípios no direcionamento de suas ações de orientação às comunidades rurais. Além de informações gerais sobre o Programa de Aquisição de Alimentos – PAA – e o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE –, o documento aborda questões relacionadas à contribuição da Previdência Social e do Senar, dos grupos formais e informais (compra direta).

Na cartilha, o cidadão tem acesso a informações sobre quem é o responsável e como é feito o recolhimento da contribuição; qual é a base de cálculo e as alíquotas aplicadas; como informar a Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP), entre outras.

Para fazer o download da Cartilha Previdência Social e Senar nas Operações do PAA-PNAE, clique aqui.

O Senar também disponibiliza o Manual de Orientação das Contribuições, além folders sobre procedimentos no eSocial e na EFD-Reinf; procedimentos na GFIP/SEFIP; e fluxogramas para Agroindústria, Exceções, Produtor Rural Pessoa Física e Jurídica. (Confira aqui o material completo).

Dúvidas e outras informações, basta entrar em contato com Carla Christine, em horário comercial, pelos números (82) 3217-9824 ou 9.8889-4087 (WhatsApp).

Curso de Fruticultura: Confira a lista preliminar de classificados

Saiu a lista preliminar dos candidatos aprovados no processo seletivo do Curso Técnico em Fruticultura do Senar. Clique aqui para acessar a lista.

No próximo dia 16, o Senar divulgará a lista final dos aprovados.
As matrículas serão feitas no período de 18 a 22/03. Nos próximos dias, o Senar Alagoas informará como será feito o procedimento de matrícula.

Mais informações: http://etec.senar.org.br/processo-seletivo-20211-fruticultura/

 

O poder das mulheres no campo

Seja produzindo ou capacitando quem produz, elas são fundamentais para o desenvolvimento do agro

Álvaro Müller

“Nasci em 1971 e minha mãe sofreu muito para que eu me tornasse a mulher que sou hoje. A roça era a única atividade que meus pais tinham e tudo foi roubado, por conta da fome. Minha mãe não tinha o que me dar para comer. Essa história de sofrimento, mas também de amor ao campo me fez permanecer aqui. O campo, para mim, é riqueza”.

Foi assim, a partir da própria trajetória de vida, que Maria Quitéria Pereira Matias, 49 anos, decidiu incentivar outras mulheres da zona rural de Igreja Nova, leste de Alagoas, a assumir o protagonismo da própria história. Hoje, após mais de duas décadas de dedicação ao associativismo, Quitéria coordena a Associação de Mulheres Agricultoras, Quilombolas e Pescadoras do Povoado Sapé, um projeto de empoderamento feminino e fortalecimento das raízes culturais da comunidade.

“Temos 38 mulheres que produzem bolo de macaxeira e de milho, beiju, malcasado, tapioca e sequilhos que são vendidos na feira ou entregues ao município, pelo PAA (Programa de Aquisição de Alimentos). Tudo o que se planta no quintal, ganha receitas próprias da comunidade, com a nossa tradição. Nós nascemos com um objetivo muito simples, que foi trabalhar os produtos que temos na comunidade, extraídos da roça, mas as mulheres não sabiam o valor que esses produtos tinham dentro da vida, da casa e da família delas”, explica Quitéria.

Tudo é feito dentro das cozinhas das residências e em seis casas de farinha utilizadas para as demandas maiores. Além dos alimentos, as mulheres também fabricam artesanato e artigos para a pesca, como o jereré. Tecem, no dia a dia, histórias de crescimento pessoal e profissional, de contribuições individuais e coletivas para o desenvolvimento socioeconômico da comunidade.

Segundo Maria Quitéria o curso de Associativismo promovido pelo Senar Alagoas no Povoado Sapé contribuiu significativamente para a consolidação do projeto. “Fomos capacitadas pela professora Rita Gouvea e pudemos aprender muito, isso foi de fundamental importância no desenvolvimento, na organização da associação e de cada uma das meninas. Hoje, além do nosso perfil no Instagram (@gm.sape), muitas das nossas artesãs comercializam produtos nos seus perfis próprios, em boa escala”, observa a líder comunitária.

E o projeto segue crescendo. A associação acaba de ganhar uma nova sede, o espaço de uma antiga escola municipal que foi cedido pela prefeitura. A estrutura ainda precisa passar por reformas, mas já abriga sonhos imensuráveis. “Eu creio e vou lutar, junto com as minhas companheiras, para que este espaço se transforme numa grande fonte de trabalho não só para essas 38 mulheres, mas para muito mais. Este espaço será apenas um dos que a gente vai conquistar, porque trabalho, força de vontade, energia, persistência nós temos”, vislumbra Quitéria.

À medida que os sonhos vão se concretizando, as mulheres do Povoado Sapé se valorizam e, sobretudo, mostram a sua importância para a comunidade em exemplos aparentemente simples do cotidiano. Recentemente, Samara de Andrade, 29 anos, recebeu em casa, por meio do Programa Criança Feliz, do Governo de Alagoas, um dos bolos de milho que ela mesma produziu e que retornou para alimentar os seus filhos. “Foi muito importante ser reconhecida como mãe, produtora, como família”, resume.

“Isso fez toda a diferença na vida dela e na da gente, porque é o potencial da mãe. É a mãe mostrando para o filho que ela pode tudo, sozinha não, mas unida com outras mulheres. É nisso que a gente acredita e é isso que a gente quer mostrar para o mundo”, afirma Maria Quitéria, com os olhos marejados.

Irmãs do agro
A importância da mulher para o desenvolvimento do agro não está apenas em quem produz, mas também em quem se dedica à missão de capacitar as comunidades rurais. Somente na família Salvador, há três bons exemplos. As irmãs Edivânia, 39, Tatiana e Taciana, gêmeas de 37 anos se apaixonaram pela área rural ainda na infância, no sítio do avô Pedro Carlos, na cidade de Satuba. Hoje, Edivânia e Tatiana são técnicas de campo do Senar Alagoas, pelo Programa Agronordeste, nas cadeias produtivas da avicultura e horticultura, respectivamente. Já Taciana atua pela Emater/AL.

Zootecnista e mestre em Produção Animal, Edivânia Salvador afirma que a mulher tem buscado novos conhecimentos, se especializado cada vez mais e ganhado espaço no agronegócio, inclusive, ocupando cargos que antes eram destinados somente aos homens. “Hoje o preconceito ainda pode existir, mas é muito remoto, pois a capacidade profissional se torna mais relevante do que o próprio gênero. Mas ainda se tem buscado igualdade, homens e mulheres capacitados para entrar no mercado de trabalho e competir por igual, independentemente do cargo que pretendam conquistar, até os de mais alto escalão”, comenta.

Tatiana e Taciana Salvador são engenheiras agrônomas. Para Tatiana, a representatividade da mulher no campo tem se tornado cada vez mais forte. “Na maioria das propriedades rurais, a presença das mulheres é bastante expressiva nas atividades diárias da agricultura. A participação da figura feminina é indispensável para a manutenção das famílias na zona rural e, apesar das dificuldades e preconceitos ainda existentes, elas se mostram firmes em decisões, conseguem expressar opiniões e ganhar espaço na sociedade. Mulheres do campo são a expressão de força e determinação. Apesar da desigualdade, conquistam reconhecimento e autonomia no espaço em que vivem”, diz.

Já Taciana ressalta que a missão de capacitar outras mulheres também significa lutar para que elas sejam reconhecidas dentro e fora do ciclo familiar. “As mulheres do campo têm uma força surpreendente e inimaginável. Poder auxiliá-las e orientá-las, mostrando o seu potencial na economia da sua propriedade e a importância no fortalecimento da sua produção, é um trabalho diário e gratificante”, avalia.

 

Aprendizes visitam Oficina Agrícola da Usina Caeté

Por: Ascom Usina Caeté

Aprendizes do curso de Mecânica de Manutenção de Tratores da Usina Caeté, desenvolvido em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – realizaram no último dia 25 uma visita técnica à oficina agrícola da empresa.

Acompanhados pelo instrutor da disciplina, José Cleto de Araújo Alves, os 18 alunos tiveram a oportunidade de observar a rotina dos mecânicos da usina. “O objetivo é por em prática tudo aquilo que foi dado em sala de aula, e com isso despertar o interesse deles pela profissão, o grau de responsabilidade e comprometimento com as tarefas que cada profissional desempenha. E o mais importante, de como trabalhar em equipe e interagir ao mesmo tempo com diferentes atividades dentro do setor de trabalho”, destacou José Cleto.

O instrutor salientou ainda que os alunos conheceram algumas das ferramentas utilizadas pelos mecânicos e observaram atentamente os serviços realizados. “Nossa turma de aprendizes viu também a montagem e desmontagem de motores, troca de peças, montagem e desmontagem de partidas, alternadores, sistema de ar condicionado, soldagem, utilização do maçarico de corte, como desenhar e cortar com o maçarico na chapa de ferro, lubrificação, troca de óleos, troca de filtros e conheceram o laboratório de análise de óleo, e como funciona um torno mecânico, entre outras atividades ali desenvolvidas”.

Para a aluna Renária Mirelle Ventura dos Santos, 21, a experiência vivida na oficina agrícola da Usina Caeté foi bastante enriquecedora. “Colocamos em prática os conhecimentos que adquirimos nas aulas teóricas. Já tive o prazer de conhecer três áreas diferentes: a elétrica, a caldeiraria e a análise, que apesar de serem de atuações diferentes, estão super interligadas quando se trata do processo. Não vejo a hora de começarmos o período da prática, para aprofundar e adquirir ainda mais conhecimentos, tanto nas áreas mecânicas, quanto na administrativa, que também tive o prazer de conhecer um pouco e onde me identifiquei bastante. Sou grata a Usina Caeté por está oportunidade, a qual estou aproveitando ao máximo!”.

Diogo Guilherme dos Santos, 21, qualificou como uma das melhores oportunidades já vividas. “Consegui assimilar várias atividades mecânicas e elétricas que, com certeza, levarei para a vida inteira! Foi bastante interessante e gratificante para mim! Os funcionários da garagem são bem receptivos com os aprendizes e nos deram total suporte sobre a área, além de dicas, conselhos, forma prática do trabalho em si. Me senti um verdadeiro colaborador da Usina Caeté”.

A analista de Gestão de Pessoas e mobilizadora do Programa de Aprendizagem da Usina Caeté, Eliene Melo, salientou a boa acolhida da gerência e dos profissionais da oficina. “A receptividade é grande e eles não medem esforços para ensinar”, finalizou.

Com vagas para Alagoas, Faculdade CNA encerra inscrições neste domingo, 7

O prazo de inscrições para o vestibular da Faculdade CNA continua aberto somente até este domingo, 7 de março. Os interessados ainda podem se candidatar a uma das vagas dos cursos a distância em Gestão do Agronegócio, Gestão Ambiental, Gestão de Recursos Humanos e Processos Gerenciais.

Criada em 2013, a Faculdade CNA é a primeira instituição de ensino superior voltada exclusivamente para o agronegócio, reconhecida pelo Ministério da Educação.

O processo seletivo é realizado por meio de vestibular online (prova de redação), resultado do Enem dos últimos três anos (nota a partir de 250 pontos) ou análise documental. Essa última é destinada apenas aos candidatos que já possuem nível superior.

Há 50 polos de ensino distribuídos nos estados de Alagoas, Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.

Embora o curso de graduação seja a distância, no momento da inscrição é necessário escolher um polo de ensino. A inscrição é feita pelo site www.faculdadecna.com.br. A mensalidade custa R$ 179 e as aulas terão este mês.

Para ler o edital, visualizar a lista de polos e efetivar a inscrição, acesse o site da Faculdade CNA. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 0800 718 1078 e e-mail: vestibular@faculdadecna.edu.br.

Técnico vencedor de prêmio de vídeos educativos do Senar auxilia avicultores pelo Agronordeste

Da teoria à prática, o zootecnista Ícaro Victor Valério de Souza Santos, instrutor, tutor e técnico de campo do Senar Alagoas, mostra que sabe o que diz e o que faz. Um dos dez vencedores do 1º Prêmio de Vídeos Educativos da Formação Profissional Rural e Promoção Social promovido pela Administração Central do Senar, Ícaro atende um grupo de 30 avicultores do município de Olho D’Água das Flores há um ano, pelo Programa Agronordeste, e os resultados da assistência técnica e gerencial são significativos, tanto no aumento da produção, quanto na maior qualidade dos produtos e conforto aos animais.

Com a chegada do programa, os produtores tiveram a oportunidade de organizar e gerenciar a produção. 90% deles sequer faziam o registro das atividades. “Primeiro foi feito um trabalho de conscientização dos produtores a respeito da importância deste registro, de maneira que sem essas anotações não teríamos como saber quanto o produto gerou de produtividade, despesas, receitas e lucro”, relembra Ícaro.

O técnico elaborou algumas planilhas de controle zootécnico e forneceu para que cada produtor fizesse o registro produtivo de suas atividades. A partir das informações coletadas, iniciou-se um trabalho de reestruturação das unidades produtivas. Os produtores de frango de corte não faziam o manejo sanitário, não dispunham de programa alimentar para os animais, cama nos galinheiros e verde na alimentação dos lotes.

Ícaro recebe prêmio das mãos da coordenadora técnica, Graziela Freitas, e do superintendente do Senar-AL, Fernando Dória

“Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, houve uma diminuição do ciclo produtivo, que normalmente durava cerca de 55 dias. Hoje temos produtores fechando seu ciclo com 45 dias. O custo de produção de um frango de 3 kg ficava, em média, R$ 23,00. Com o ajuste nutricional, conseguimos baixar para R$ 17,50. Assim, um produtor que engorda em média 40 aves por mês já percebe uma diferença de R$ 220,00 a menos nas despesas e aumenta sua margem de lucro”, observa Ícaro Victor.

Produção de ovos
O técnico de campo do Senar Alagoas também encontrou diversos erros na produção de ovos, entre eles, ambientes muito claros, ausência ou número insuficiente de ninhos, falta de programa de vacinação, má qualidade alimentar e pouca coleta. A assistência técnica e gerencial contribuiu para um aumento na média produtiva de junho a setembro.

“Podemos citar o caso do produtor Paulo Bezerra, que conseguiu aumentar sua produtividade em quase 40% adotando as orientações. Saiu de uma média de 16 para 24 ovos/dia”, exemplifica Ícaro. Depois de sanado o problema da produção de ovos, o técnico começou a fazer um trabalho de redução de custos a partir da fabricação da própria ração, visto que a maioria dos produtores possui milho. O custo com ração caiu R$ 0,90 por quilo.

“Para os produtores que não têm milho, nós já iniciamos o planejamento da safra 2021/2022, com previsão de uma análise de solo para futura correção, adubação e plantio a partir das primeiras chuvas. A ideia é que, com uma boa produção de milho, tenha-se uma ótima margem de lucro, visto que a saca se encontra na casa de R$ 90,00, ou seja há a possibilidade de o produtor vender o excedente e ter um bom rendimento para o planejamento da safra seguinte”, diz Ícaro.

Rede e-Tec: alunos apresentam trabalhos de conclusão de curso em Junqueiro

Alunos apresentam relatório técnico da criação de camarão marinho em propriedade de Limoeiro de Anadia

O Sindicato Rural de Junqueiro abriu as portas na manhã deste sábado, 20, para a apresentação dos trabalhos de conclusão dos alunos do Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar. 13 alunos apresentaram TCCs sobre temas envolvendo bovinocultura de corte; crédito para investimentos no setor; produção de mel; criação de camarões, ovinos e suínos; marketing no agronegócio, entre outros assuntos.

Os trabalhos de conclusão de curso foram apresentados à banca examinadora formada pela coordenadora da Rede e-Tec Senar em Alagoas, Graziela Freitas; o coordenador de Tutoria da Rede e-Tec, Isaac Ferreira; e a tutora e orientadora da turma, Jackeline Targino.

“Esses estudantes são vitoriosos, pois enfrentaram as dificuldades impostas pelo pandemia, se dedicaram e apresentaram trabalhos bem fundamentados, claros e objetivos sobre os diversos assuntos”, avalia Graziela.

Graziela Freitas, Morgana Tavares e funcionários do Sindicato Rural de Junqueiro dão boas-vindas aos alunos

Aos 40 anos, José André dos Santos enfrentou o desemprego para realizar o sonho de ser técnico em Agronegócio formado pelo Senar. Morador do município de Campo Grande, ele tinha que percorrer cerca de 140 quilômetros e tomar quatro lotações para participar dos encontros presenciais do curso, em Junqueiro. Algumas vezes, saiu de casa, às 4h da manhã, sem o dinheiro da passagem de volta. Agora, comemora a conquista profissional.

“Eu moro numa região em que a pecuária e a agricultura são muito fortes, mas não há assistência técnica. Por isso decidi me formar pelo Senar, enfrentei muitas dificuldades, mas hoje posso dizer que sou um técnico em Agronegócio e indico a todos os produtores e filhos de produtores rurais que procurem os cursos do Senar para que possam se tornar profissionais de verdade”, diz José André.

Segundo a presidente do Sindicato Rural de Junqueiro, Morgana Tavares, histórias como a do José André reforçam a importância do Sistema Faeal/Senar-AL/Sindicatos para a população rural em Alagoas. “Ficamos felizes e realizados, pois o nosso maior objetivo tem sido incentivar e profissionalizar os jovens, homens e mulheres que trabalham diretamente na agricultura familiar. A realização profissional de cada um desses cidadãos, com certeza, é a nossa missão”, comenta.

Jackeline Targino e Isaac Ferreira estiveram na banca examinadora

Aprendizagem Profissional Rural: programa do Senar forma cidadãos para o mercado e para a vida

Apresentações integram as atividades da disciplina Cidadania

Voltado para a profissionalização de jovens do campo, com idade entre 18 e 24 anos, que estejam cursando ou tenham concluído o ensino fundamental, o Programa Aprendizagem Profissional Rural oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – prepara os alunos não só para o mercado de trabalho, mas também para a vida.

Um exemplo recente vem da Usina Caeté, Unidade Marituba, município de Igreja Nova. Na última semana, divididos em grupos, os jovens do curso de Mecânico de Manutenção de Tratores apresentaram trabalhos sobre feminicídio no Brasil e combate à leucemia e a importância da doação de medula óssea. Já a turma do curso de Eletricista Rural abordou o tema dependência química e a difícil retomada para o mercado de trabalho.

As atividades também incluíram uma campanha de arrecadação de alimentos para instituições filantrópicas e distribuição de brindes com mensagens de conscientização para os funcionários. Os trabalhos foram desenvolvidos na disciplina Cidadania, que integra o módulo básico do programa. “Esses jovens precisam ter a consciência do seu papel para que consigamos construir uma sociedade melhor. O futuro só depende das nossas ações e das sementes que são plantadas hoje”, comenta a instrutora do Senar Alagoas Vânia Paes, titular da disciplina.

Alunas falam sobre o combate à leucemia

Integrante do grupo que abordou o tema feminicídio, Carlos Mateus explica como foi a escolha do tema. “O Brasil é o quinto país com mais casos no mundo e nós decidimos aproveitar a oportunidade para conscientizar a turma, mostrar que existe lei para proteger as mulheres, como fazer as denúncias e que é importante não se omitir nem fechar os olhos para este problema”, diz.

A aprendiz Ana Rita participou da equipe que discutiu o combate à leucemia. “Este é o nosso primeiro mês de aulas e estou gostando muito de toda a dinâmica que estamos desenvolvendo. Todos estão muito empenhados em dar o melhor de si para aprender uma nova profissão e conseguir se efetivar aqui na usina”, vislumbra.

Aos 22 anos, Gisele Santos Gonçalves é a prova de que essa efetivação é bem possível. Ex-aluna do curso de Eletricista Rural, ela foi contratada e trabalha há cerca 14 meses como auxiliar administrativo na Marituba. “O programa agregou tanto na vida pessoal, quanto na minha formação profissional. Foram dez meses de aprendizado, gostei muito da área de eletricista e estou gostando dessa área de auxiliar administrativo também. Tive a oportunidade de conhecer duas áreas diferentes e graças a Deus ainda estou aqui”, comemora.

Ex-aluna do Senar e efetivada na usina, Gisele exibe brinde com informações sobre feminicídio

Assistente administrativo lotado no setor de Recursos Humanos da usina, Walter Muniz ressalta a importância do Programa Aprendizagem Profissional Rural. “Este programa agrega conhecimento para esses jovens em todas as áreas, seja administrativa, agrícola ou industrial. Além disso, sempre fazemos recrutamento, em todo início de safra, e essas capacitações auxiliam bastante não só a empresa, na contratação de jovens bem preparados, como também a esses cidadãos que ganham uma nova perspectiva de futuro”, afirma.