Pesquisa comprova o avanço do Programa de Saúde do Homem do Senar em Alagoas

Em 2019, oito municípios foram incluídos e o número de atendimentos cresceu mais de 133%, se comparado a 2018

O ano de 2019 foi marcado pela expansão do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Campo – PNAISHC –, também conhecido como Programa de Saúde do Homem, em Alagoas. Ao mesmo tempo, a iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU – ampliou significativamente o acesso do homem rural aos serviços médicos de prevenção e diagnóstico de doenças da próstata e do pênis.

Dos 14 municípios atendidos atualmente pelo programa, oito foram incluídos no ano passado. Os 1.439 atendimentos realizados em 2019 representam um aumento de 133,2%, se comparados aos 617 registrados em 2018. Os dados estão no trabalho de conclusão de curso de Josinaldo Santos da Costa, formando em Medicina pela Universidade Estadual de Ciências de Saúde de Alagoas – Uncisal. A orientação foi do urologista e professor Mário Ronalsa Brandão Filho, idealizador do PNAISHC.

Josinaldo participou do Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Campo pela Liga Urológica Acadêmica da Uncisal. No TCC, além de analisar a expansão do programa em Alagoas, ele também avaliou a adesão da população masculina. Após assistir à palestra sobre doenças da próstata e do pênis, somente 0,14% dos pacientes se negaram a fazer o exame de toque retal. “Quando orientado sobre a importância da prevenção, o homem perde o preconceito ou medo. O que falta a esses pacientes é acesso ao serviço de saúde e orientações sobre prevenção e educação em saúde. Tudo sso é feito no programa”, destaca Josinaldo.

A pesquisa mostra que cerca de 70% dos alagoanos que participaram do PNAISHC em 2019 nunca haviam sido consultados por um urologista. 10% desses pacientes tinham histórico familiar para câncer de próstata e 16% já apresentavam algum tipo de problema urinário.

“Cerca de 86% dos homens atendidos tinham idade entre 50 e 80 anos, faixa etária recomendada pela Sociedade Brasileira de Urologia para que seja realizada a avaliação com um urologista. Porém, aproximadamente 12% dos pacientes com menos de 50 anos, portanto, fora da faixa etária recomendada, se propuseram a fazer o exame, mesmo sabendo da não obrigatoriedade. Isso demonstra que muitas pessoas, tendo acesso ao serviço, se disponibilizam a ser examinadas”, analisa Josinaldo da Costa.

Josinaldo ministra palestra para homens do campo no município de Belém

O urologista e professor Mário Ronalsa ressalta que o programa criado pelo Senar em parceria com a SBU é o único no mundo voltado exclusivamente para a saúde do homem do campo. “Tanto é que o Ministério da Saúde não tem esses números que nós temos e os dados falam por si. 12% de indivíduos que nem precisariam se submeter ao toque retal foram conscientizados nas palestras. A quantidade de pacientes que não aceitam fazer o exame é ínfima, então, o que falta é assistência de saúde nas esferas municipal, estadual e federal”, ressalta.

O programa
Por meio de palestras, treinamentos e oficinas, o Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do Campo promove a educação, conscientização e orientação sobre temas como câncer de próstata e de pênis, infecções sexualmente transmissíveis, saneamento básico, saúde e segurança do trabalhador. Além disso, o PNAISHC também realiza a prevenção e diagnóstico de doenças, por meio de consultas com o urologista e exames laboratoriais.

Para receber o programa, as prefeituras devem fazer uma solicitação formal ao Senar Alagoas. As metas do PNAISH, por município, são 120 exames de PSA, 80 toques retais, 80 testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites virais, 100 vacinas, participação de 70 homens na oficina e 200 na palestra. Esses números geralmente são superados devido à grande demanda por urologista e exames de PSA.

“A ação é planejada juntamente com as secretarias de Saúde dos municípios e nós fazemos todo o acompanhamento, até a entrega dos resultados dos exames. Quando há alterações, os municípios encaminham os pacientes para o devido tratamento”, explica a coordenadora dos programas de saúde do Senar Alagoas, Andrea Vieira.

“O Senar contribui para a saúde e a melhoria da população do campo, muitas vezes, preenchendo espaços importantes que o poder público não consegue ocupar. Temos relatos de homens que só tiveram acesso à consulta com urologista e aos exames graças ao programa, descobriram o câncer de próstata em tempo hábil e hoje estão curados. Isso é muito gratificante”, comemora Álvaro Almeida, presidente do Conselho Administrativo do Senar Alagoas e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas.

Senar Alagoas atende 300 produtores na primeira fase do Programa Agronordeste

Maria Eduarda Xavier
Estagiária sob supervisão

Orientações dos técnicos de campo já produzem avanços significativos na horticultura, avicultura e bovinocultura de leite

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – já atendeu 300 produtores rurais na primeira etapa do Programa Agronordeste. Conduzido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa –, com o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA –, entre outras instituições, o programa tem o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural na região Nordeste.

O Agronordeste foi lançado no último mês de outubro e é voltado para pequenos e médios produtores que já comercializam parte de sua produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. Os 300 produtores atendidos pelos técnicos de campo programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, nesta primeira fase do programa, estão em seis municípios: Estrela de Alagoas, Jaramataia, Olho D’Água das Flores, Major Izidoro, Delmiro Gouveia e Água Branca. O plano de ação tem duração de dois anos, com a meta de atingir positivamente 1.157 propriedades no estado.

Os técnicos de campo do Senar encontraram diversos problemas, como pragas e doenças que estavam dizimando hortas na cidade de Olho D’água das Flores. “Alguns produtores tinham perdido praticamente 100% da produção. Com o auxílio dos técnicos, utilizando métodos simples, como armadilhas de casca de ovos, 60% da produção foi recuperada em um período de 20 dias”, observa a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas, Luana Torres.

Já no município de Delmiro Gouveia, o principal problema era o baixo desenvolvimento das mudas, que, após três meses de trabalho intensivo dos técnicos de campo, começaram a se desenvolver de forma saudável. “Ter um técnico que possa tirar dúvidas do produtor rural e dar sugestões sobre sua propriedade e as atividades que ele desenvolve é a melhor coisa já aconteceu. Muitos produtores estão se sentindo mais seguros agora para produzir e aumentar suas atividades”, avalia Sidney Rocha, supervisor de Assistência Técnica e Gerencial do Senar AL.

A mudança no manejo das aves de postura também foi importante para que o valor nutricional dos ovos aumentasse. A reforma e limpeza dos galinheiros, a detecção de aves com coriza, a implementação de protocolos de vacinação e a aquisição de novas aves foram ações adotadas pelos produtores após o início das visitas e orientações dadas pelos técnicos de campo do Senar Alagoas.

O Programa Agronordeste também registra avanços para a bovinocultura de leite. “O cenário encontrado era a ausência de manejo sanitário, de linha de ordenha, de dados zootécnicos, informações sobre custos de produção e algumas outras deficiências. Hoje, a realidade dessas propriedades é completamente diferente. Sistemas de ordenha, planejamento forrageiro, organização da dieta dos animais foram metodologias implementadas; testes para detectar mastite são aplicados nos animais e protocolos de sanidade animal fazem parte do manejo”, ressalta Luana Torres.

As anotações diárias em tabelas com indicadores de atividade e a coleta de indicadores técnicos são a estratégia para suprir a carência de dados existentes. Os dados coletados referem-se ao preço do leite, peso dos animais, porcentagem de sobras da alimentação do rebanho, venda ou compra de animais, entre outros indicadores.

Pandemia
As dificuldades enfrentadas por produtores e técnicos de campo no início do processo, em virtude da pandemia de covid-19, foram solucionadas com uso de máscaras, álcool em gel, luvas e respeitando-se o distanciamento social. “Tomamos muitos cuidados. Quando algum técnico está com sintomas ou dificuldade de realizar o atendimento presencial, ele é realizado de forma virtual”, diz Sidney Rocha.

Para Luana Torres, os resultados alcançados já eram esperados no planejamento do programa, devido à competência, responsabilidade e compromisso de todos os envolvidos. “Os técnicos realizam atendimentos de forma personalizada, pois as propriedades assistidas possuem realidades diferentes. Outro fator importante foi a parceria dos municípios, houve a mobilização de algumas secretarias municipais de agricultura”, pontua a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas.

O trabalho de assistência técnica do Senar Alagoas, pelo programa Agronordeste, também foi reportagem de capa do jornal Gazeta Rural. Clique aqui e confira.

Operações de Barter ajudam a reduzir custos na produção de grãos

Ilustração: terramagna.com.br

Maria Eduarda Xavier
Estagiária sob supervisão

As Operações de Barter são uma estratégia interessante para a redução de custos na produção de grãos. A prática – em que o produtor troca produtos agropecuários, como milho, açúcar, soja e algodão por insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos – vem ganhando força no mercado e chega a representar mais de 20% do faturamento de empresas de insumos de grande porte.

Segundo a coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, Luana Torres, é importante que a transação seja formalizada. “Para que isso aconteça, o produtor assina a Cédula de Produto Rural (CPL). Este contrato é uma forma de assegurar que ambas as partes cumprirão o que foi determinado anteriormente, é um documento legal e deve ser autenticado em cartório, o que beneficia produtores e vendedores”, orienta.

“A Troca de Barter é uma solução para que os produtores utilizem seus produtos para adquirir não somente insumos, mas tecnologia. Infelizmente, é uma operação pouco divulgada em nosso estado, mas que pode trazer muitos benefícios, tanto para o produtor rural, quanto para a cooperativa e empresa de insumos envolvidas”, observa Luana.

A Operação ou Troca de Barter – termo inglês que significa permuta – começou a ser adotada no Brasil no início da década de 90, a partir do interesse das tradings (empresas comercializadoras de grãos), em negócios de compra e venda de soja no Cerrado. Hoje, multinacionais como as norte-americanas Bunge e Monsanto, a norueguesa Yara e a alemã Bayer utilizam este método mercadológico em suas operações e mostram que a troca é um modo muito efetivo e benéfico para todos os envolvidos.

A organização da cadeia envolve o produtor, que dispõe de produto para trocar por insumos ou maquinários; o fornecedor de insumos ou maquinários, que deseja vender defensivos, fertilizantes, sementes, tratores, colheitadeiras; e o trading ou consumidor de grãos, que tem interesse no grão para venda ou consumo.

Se os integrantes da cadeia trabalham mais próximos, maior é o benefício geral. As empresas fornecedoras, por exemplo, geralmente não têm interesse em ganhar no valor do grão e repassam esse direito para a indústria consumidora e para as tradings.

Para o produtor rural, as operações de Barter protegem o custo de variações do preço da commodity e facilitam o gerenciamento do negócio. O agricultor consegue prever o custo da operação sem precisar ficar exposto às taxas de juros bancários. Outro benefício é a tranquilidade na armazenagem, já que grãos utilizados na troca têm destino certo antes mesmo da estocagem.

Senar abre inscrições para a 4ª edição do CNA Jovem

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) abriu nesta sexta (10) as inscrições para a quarta edição do CNA Jovem, programa de desenvolvimento de novas lideranças para o agro.

O programa gratuito tem o objetivo de apoiar o desenvolvimento de novas lideranças para enfrentar desafios e buscar inovações para a agropecuária brasileira em cinco áreas: institucional, sindical, político-partidária, empresarial e educacional.

Por meio de capacitação em técnicas de inovação e liderança, o CNA Jovem produz um elenco de iniciativas com resolutividade para desafios do setor e proporciona aos participantes desenvolvimento pessoal, autoconhecimento, compreensão do seu propósito e atuação de liderança.

Além da oportunidade de se relacionar com outros líderes potenciais do Brasil inteiro, os participantes do CNA Jovem passam a conhecer melhor a realidade dos diversos estados, regiões e cadeias produtivas, inclusive tendo acesso a profissionais de grande experiência e referência na área.

Ao final do programa, os jovens passam a integrar uma rede de intercâmbio entre os participantes de todo o país, que permite que eles trabalhem suas iniciativas de liderança, criem propostas inovadoras para o avanço do setor e atuem em questões de interesse do agro.

Inscrições
Podem participar do programa jovens com idade entre 22 e 30 anos, formação técnica ou superior completa e que possuam algum vínculo com o setor agropecuário, como ser filho de produtor rural, atuar no meio rural ou possuir formação na área de ciências agrárias.

O CNA Jovem foi reestruturado e traz novidades com etapas classificatórias e eliminatórias. Para se inscrever ou obter mais informações sobre o programa, acesse o site cnajovem.org.br.

Técnica do Senar orienta sobre manejo de aves poedeiras

Maria Eduarda Xavier
Estagiária sob supervisão

As aves destinadas à produção de ovos são conhecidas como poedeiras ou de postura. Para que os ovos sejam considerados de alto valor nutricional é necessário seguir algumas regras de manejo, instalações, ambiente e nutrição.

O manejo dessas aves é feito de forma diferente do corte caipira, são animais que precisam de ninhos, poleiros e principalmente de bem-estar. Segundo Lays Barros, zootecnista e técnica de campo do programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas, quanto menos estresse a ave sofrer, melhor para a produção.

“É superimportante que o produtor sempre leve em consideração o bem-estar animal. São aves leves, seu peso gira em torno de 1,5 a 1,6 Kg no fim da postura; são animais que passam um tempo maior dentro da propriedades, entre 2,5 a 3 anos, e, em seus primeiros 6 meses, estão em desenvolvimento. Por isso, é necessário seguir o protocolo de vacinação correta, para protegê-las de doenças como new castle, bouba aviária, marek e coriza”, orienta Lays.

Fases da criação
A criação de aves pode ser dividida em três fases:
1ª Fase – Cria ou Inicial: de 1 dia até 6 semanas de idade;
2ª Fase – Recria: de 7 a 17 semanas de idade;
3º Fase – Produção: de 18 a 76 semanas de idade, podendo ainda se estender de 90 até 120 semanas se for realizada uma ou duas mudas forçadas. Geralmente esta prática está diretamente ligada ao preço do ovo no mercado.

Período de postura
O início do ciclo varia de acordo com as condições de manejo, da época que as galinhas nasceram e da incidência de doenças. Contudo,  geralmente, a postura começa por volta dos 180  a 197  dias, que correspondem a 6 meses e meio de idade .

Avicultura de postura e corte caipira: qual a diferença?
A avicultura de postura se destina exclusivamente à criação de galinhas para produção de ovos. A produção pode se dividir entre ovos para a reprodução e a para o consumo. A diferença que se faz entre uma e outra é a presença do galo.

No manejo de corte caipira, a produção de ovos é voltada para reprodução, então, se faz necessária a presença do galo para que sejam “galados”, ou seja, fertilizados. Já na produção de ovos para consumo, sua presença é dispensável, porque os ovos estéreis se conservam melhor.

Em retorno gradual, colaboradores da Faeal e do Senar AL aprovam medidas de prevenção contra a Covid-19

Colaboradores fizeram teste de Covid-19

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – retomaram as atividades de forma gradual desde o último dia 6. Para isso, as instituições investiram em medidas necessárias para proteger os colaboradores e visitantes contra o novo coronavírus, como preconizam as autoridades públicas de saúde. As medidas protetivas trouxeram tranquilidade e segurança para os colaboradores.

Antes de retornar ao trabalho presencial, todos os funcionários, estagiários e prestadores de serviço passaram por consulta médica e testagem de Covid-19. Quem testou positivo, permanece em casa, a exemplo da secretária escolar e coordenadora dos Programas de Saúde do Senar Alagoas, Andrea Almeida. Ela teve febre durante três dias, no mês passado, mas não tinha certeza da infecção. “No último dia 2, fiz exame pelo Senar, recebi meu diagnóstico de forma muito tranquila e fui tratada com muita atenção e respeito”, elogia.

O assistente administrativo do Senar Alagoas, Messias Silva dos Santos, já voltou a trabalhar. Ele também aprova as medidas de prevenção. “São muito importantes, abrangem todos os funcionários e demonstram o cuidado da nossa diretoria. Estamos seguros”, avalia.

As medidas preventivas vinham sendo pensadas e planejadas nos últimos meses de isolamento social. “Estávamos acompanhando os decretos do Governo do Estado e nos preparando para o retorno gradual, que também atende às orientações dos ministérios da Saúde e do Trabalho”, ressalta a analista Administrativo e Financeiro do Sistema Faeal, Adrianise Gusmão.

Consulta médica

Conheça as medidas
Para evitar aglomerações que possam gerar contágio e contaminação, as jornadas de trabalho na Faeal e no Senar AL são alternativas, com atividades em expediente interno, durante os 15 primeiros dias da fase inicial. Colaboradores que utilizam veículo próprio trabalham das 8h às 14h; já os que utilizam transporte urbano, das 9h às 15h.

Os funcionários também foram organizados em grupos de retorno, conforme o perfil de risco. O Grupo 1, de colaboradores já imunes ou com menos de 60 anos e saudáveis, retornou às atividades na primeira fase; o Grupo 2, formado por colaboradores do grupo de risco da Covid-19, permanece em home office por prazo indeterminado, até que haja uma segurança médica para o retorno ao ambiente de trabalho.

Para retomar as atividades, todos os colaboradores passaram por testagem para a Covid-19 e avaliação médica. Outras medidas de prevenção também foram adotadas, como disponibilização de álcool em gel 70% em totens, estações de trabalho e outros pontos estratégicos; colocação de tapetes higienizadores de sapatos; medição de temperatura e oxigenação de todas as pessoas que tiverem acesso ao prédio; sinalização do distanciamento obrigatório (1,5 m de distância entre pessoas e 2 m entre as estações de trabalho); e colocação de barreiras entre acentos de cadeiras, com faixas indicativas no piso.

Restrições e recomendações
O protocolo de retorno às atividades da Faeal e do Senar Alagoas também reforça as recomendações do Ministério da Saúde e traz algumas restrições e recomendações para os colaboradores. Está proibido o compartilhamento de copos, pratos, talheres e outros utensílios de cozinha não higienizados; superfícies das mesas precisam ser desinfetadas após cada utilização; viagens estão temporariamente suspensas e reuniões devem ser feitas por meio de ferramentas remotas de conferência. A orientação é para que os funcionários não circulem nas dependências da empresa e façam contato por telefone, WhatsApp ou e-mail.

Faeal e Senar Alagoas retomam as atividades no próximo dia 6

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – retomarão as atividades a partir da próxima segunda-feira, 6 de junho. Seguindo as diretrizes governamentais estaduais, municipais e atendendo às exigências do Ministério da Saúde, as instituições adotarão um protocolo de retorno gradual, inicialmente, com expediente interno. A possibilidade de retorno das atividades presenciais de campo será avaliada nos próximos 15 dias.

Para evitar aglomerações que possam gerar contágio e contaminação, as jornadas de trabalho serão alternativas, com atividades em expediente interno, durante os 15 primeiros dias da fase inicial. Colaboradores que utilizam veículo próprio trabalharão das 8h às 14h; já os que utilizam transporte urbano, das 9h às 15h.

Os funcionários também serão organizados em grupos de retorno, conforme o perfil de risco. O Grupo 1, de colaboradores já imunes ou com menos de 60 anos e saudáveis, retorna às atividades na primeira fase; o Grupo 2, formado por colaboradores do grupo de risco da Covid-19, permanecerá em home office por prazo indeterminado, até que haja uma segurança médica para o retorno ao ambiente de trabalho.

Para retomar as atividades, todos os colaboradores terão que passar por testagem para a Covid-19 e avaliação médica. Outras medidas de prevenção também serão adotadas, como disponibilização de álcool em gel 70% em totens, estações de trabalho e outros pontos estratégicos; colocação de tapetes higienizadores de sapatos; medição de temperatura e oxigenação de todas as pessoas que tiverem acesso ao prédio; sinalização do distanciamento obrigatório (1,5 m de distância entre pessoas e 2 m entre as estações de trabalho); e colocação de barreiras entre acentos de cadeiras, com faixas indicativas no piso.

Restrições e recomendações
O protocolo de retorno às atividades da Faeal e do Senar Alagoas também reforça as recomendações do Ministério da Saúde e traz algumas restrições e recomendações para os colaboradores. Está proibido o compartilhamento de copos, pratos, talheres e outros utensílios de cozinha não higienizados; superfícies das mesas precisam ser desinfetadas após cada utilização; viagens estão temporariamente suspensas e reuniões devem ser feitas por meio de ferramentas remotas de conferência. A orientação é para que os funcionários não circulem nas dependências da empresa e façam contato por telefone, WhatsApp ou e-mail.

 

Faeal apresenta reclamações de produtores rurais para a Equatorial Alagoas

Videoconferência contou com a participação do diretor-presidente da Equatorial

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – apresentou as principais queixas dos produtores rurais, sobre o fornecimento de energia elétrica, na última reunião mensal do Conselho de Consumidores da Equatorial Alagoas. A videoconferência aconteceu nessa segunda-feira, 29 de junho, e contou com a participação do diretor-presidente da Equatorial, Humberto Soares Filho.

Em consulta pública realizada pela Faeal, produtores rurais de todo o estado fizeram relatos dos problemas enfrentados nas suas propriedades. “Ouvimos companheiros de diversas regiões, em municípios como Porto Calvo, Matriz de Camaragibe, Batalha, Arapiraca, e repassamos ao presidente da Equatorial não só os problemas, como também os avanços”, afirma José Luiz Soares, representante da Faeal no Conselho de Consumidores da Equatorial.

Segundo José Luiz, a queixa mais comum é sobre a demora no atendimento em situações de falta de energia elétrica. Alguns produtores relataram uma espera de 48 a 72 horas para o restabelecimento do serviço. “Um dos motivos é porque os veículos da empresa terceirizada pela Equatorial para fazer a manutenção são pequenos e inapropriados para as estradas da zona rural. No período de inverno, algumas estradas ficam intransitáveis para esses carros. Quando isso acontece, a empresa tem que pedir um veículo especial, há toda uma burocracia”, explica.

Outros problemas foram relatados pelos produtores rurais, como a fadiga de materiais, a exemplo de postes antigos que estão quebrando, e a falta de energia constante em municípios como Arapiraca. “O presidente da Equatorial agradeceu pelas informações e pediu que entreguemos a ele uma relação dos problemas mais comuns. Isso será feito na próxima semana”, diz José Luiz Soares.

José Luiz Soares apresenta demandas dos produtores alagoanos

Orientações
Também ficou definido que a consultoria técnica do Conselho de Consumidores da Equatorial elaborará um documento com orientações sobre direitos e deveres para que a Faeal possa distribuir entre os produtores rurais. “Essas orientações servirão de guia para que o produtor saiba o que ele pode contratar, como é o contrato, quando se extingue, quando renovar, o que é necessário pagar, entre outras informações”, exemplifica José Luiz Soares.

“Isso é muito importante porque o nosso produtor rural não tem um staff na própria fazenda e precisa entender de tudo. Ele é um pouco agrônomo, veterinário, eletricista, advogado, tem que estar com a mente aberta, mas ninguém consegue fazer tudo sozinho. É preciso ter auxílio e a Faeal tem como meta ajudar os produtores a lidar melhor com a energia, que é um insumo muito caro para a produção de alimentos”, conclui José Luiz.

O Conselho de Consumidores da Equatorial reúne cinco integrantes. Além de José Luiz, que dá voz ao setor rural, há representantes da indústria, comércio, poder público e dos consumidores residenciais. “Os problemas que não conseguimos resolver e entendemos que afetam o direito do consumidor, levamos para a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), mas, de certa forma, estamos conseguindo manter uma certa harmonia, preservando a lei e tentando ajudar os nossos pares, que são os proprietários rurais”, avalia José Luiz Soares.

 

Senar Alagoas cria projeto para divulgar produtos de instrutores, técnicos de campo, alunos e ex-alunos

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – criou um projeto para divulgar produtos feitos por seus instrutores, técnicos de campo, alunos e ex-alunos. O Mercado Agro Senar tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e o objetivo de ajudar essas pessoas na complementação de renda, principalmente, neste período de pandemia do novo coronavírus.

“Sabemos que a pandemia trouxe, junto com a necessidade de isolamento social, uma dura crise econômica em todo o mundo. A sociedade têm buscado se reinventar em todos os aspectos, inclusive, nas forma de fazer negócios. No Senar, temos muitos profissionais, alunos e ex-alunos que se utilizam do conhecimento, da técnica e da criatividade para produzir e gerar novas fontes de renda. O projeto Mercado Agro Senar é uma vitrine para essas pessoas”, afirma o superintendente do Senar em Alagoas, Fernando Dória.

A iniciativa é exclusiva para quem trabalha nos cursos e na assistência técnica e gerencial, é estudante ou já concluiu algum curso pelo Senar Alagoas. Por meio do projeto Mercado Agro Senar, essas pessoas que hoje produzem artesanato, pães, bolos, doces, vestimentas, queijos, entre outros produtos, poderão apresentar a sua produção em vídeo e disponibilizar os contatos para quem desejar adquiri-los.

Os vídeos serão postados nos perfis do Sistema Faeal (@sistemafaeal) do Instagram e Facebook. Devem ser enviados para o WhatsApp (82) 9.9189-3829 e seguir as seguintes orientações:

1. A apresentação deve ter, no máximo, 1 minuto;

2. O vídeo deve atender à seguinte sequência:
a. Apresentação pessoal (Diga quem é, profissão e qual o seu vínculo com o Senar;
b. Apresentação do produto (Diga o que você produz, de que material é feito, quais os diferenciais);
c. Contatos para vendas (anuncie o seu telefone, WhatsApp ou perfis nas redes sociais onde a pessoa pode adquirir o seu produto);

3. Coloque o celular na horizontal e em um local fixo, para evitar imagens “tremidas”;

4. O seu enquadramento na câmera deve ser tipo “plano americano”, com a imagem limitada na altura do busto e um pouco acima da cabeça;

5. Grave em ambiente fechado, com o mínimo de interferência sonora externa;

6. Se posicione de modo que o fundo seja o mais neutro possível (uma parede de uma cor só, por exemplo);

7. Tenha um exemplar do seu produto em mãos, para mostrar durante o vídeo;

8. Fique de frente para uma boa fonte de luz, assim você evita contraluzes e silhuetas;

9. Olhe diretamente para a lente do aparelho e respire profundamente antes de iniciar o depoimento.

Peste Suína Clássica: prevenção e controle

A Peste Suína Clássica – PSC –, também conhecida como cólera ou febre suína, é uma doença altamente contagiosa, causada por vírus da família Flaviviridae, gênero Pestivirus, de genoma RNA. Afeta tanto os porcos domésticos quanto os selvagens. Não oferece riscos à saúde humana, nem a outras espécies de animais, mas é praticamente fatal para os suínos.

A engenheira agrônoma e coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, Luana Torres explica como identificar os animais acometidas pela doença.

“Os sinais clínicos geralmente são depressão; febre alta, que pode chegar a 41 graus; amontoamento; conjuntivite; leucopenia severa; hemorragia e necrose das tonsilas; eritemas; outras hemorragias; e cianose nos animais de pele branca. Além disso, podem ocorrer petéquias e hemorragia nas mucosas, baço, pulmão e rins”, elenca Luana.

“Também é possível perceber que os animais com sobrevida de dez dias ou mais, depois que começam a demonstrar esses sintomas clínicos, têm chance de desenvolver sintomas que venham a afetar o trato respiratório intestinal, no caso, constipação seguida de uma severa diarreia”, acrescenta a coordenadora de ATeG do Senar Alagoas.

Nos casos de infecção crônica, o animal, depois que apresenta febre, tem uma recuperação transitória, mas que vem seguida da recorrência da febre. “Aí aparece a anorexia, o suíno não consegue se alimentar adequadamente, perde peso e consequentemente fica deprimido”, explica Luana.

Contaminação

A contaminação da Peste Suína Clássica geralmente ocorre por via oronasal. Segundo Luana Torres, a densidade populacional elevada, com muitos animais aglomerados em um espaço pequeno, ou a presença de porcos silvestres habitando o mesmo espaço que os domésticos pode favorecer a propagação da doença.

O período de incubação varia de 7 a dez dias. O vírus ataca células endoteliais, macrófagos, epiteliais específicas e linforreticulares. “Nos casos de infecção pré-natal, o vírus afeta a diferenciação dos órgãos e leva a uma série de malformações, abortos, natimortos, mumificação do feto. Já nos casos em que a infecção é pós-natal, os efeitos aparecem nos danos sofridos pelas células epiteliais e como trombose”, pontua Luana.

A taxa de mortalidade é mais alta entre os animais mais jovens. Nos mais velhos, a doença pode se manifestar de maneira subclínica.

Prevenção e controle

O diagnóstico da PSC se dá por meio do isolamento do vírus em cultivo celular. Para isso é utilizado o sangue ou suspensão de órgãos do sistema linfoide. A identificação do vírus se dá com o uso de anticorpos específicos. O resultado dos testes pode demorar até 7 dias. Outras opções de diagnóstico são as técnicas de imunofluorescência, o teste de E.L.I.S.A ou de RT-PCR. Mas Luana Torres ressalta que a melhor estratégia de combate à doença é a prevenção.

“É importante fazer o cercamento de toda a granja suína com tela de, no mínimo, 1,5 m de altura; para entrar na granja, todas as pessoas devem trocar de roupas e calçados; e o acesso de veículos de transporte de ração e suínos deve ser proibido. É por isso que as granjas suinícolas são reconhecidas por terem um controle muito severo, com a utilização de pedilúvio e rodolúvio”, observa.

Como a Peste Suína Clássica é uma doença de taxa de mortalidade muito alta, o controle se dá com a eliminação dos animais infectados do rebanho. “Além disso, é preciso investir sempre no bem-estar animal, na sanidade do local, evitar que o rebanho tenha contato com javalis, suínos silvestres, e limitar a movimentação dos animais vivos, da carne suína e de possíveis vetores. Não existe tratamento específico para a peste suína clássica, uma alternativa é que os porcos tenham alimentação e suplementação adequadas, com composto vitamínico, ácidos orgânicos. Isso vai aumentar o bem-estar e evitar que esse tipo de doença aconteça na granja”, diz a coordenadora de ATeG do Senar AL.

No último mês de maio, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa – publicou a Instrução Normativa nº 10/2020, que autoriza o uso da vacina contra a Peste Suína Clássica – PSC) nos 11 estados da Zona Não Livre da doença, o que inclui Alagoas. De acordo com a norma, para o início da vacinação nos estados, o Departamento de Saúde Animal deve realizar avaliação específica da implantação do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica.