Senar Alagoas divulga critérios de seleção para segunda etapa do

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – divulga os critérios de classificação da segunda etapa do processo seletivo para o Curso Técnico em Agronegócio. 125 vagas foram disponibilizadas para o estado, distribuídas em seis polos de apoio presencial: Arapiraca, Major Izidoro, Mar Vermelho, Mata Grande, Palmeira dos Índios e Penedo).

A primeira etapa da seleção é a análise dos documentos. O candidato que apresentar documentação incompleta, controversa ou ilegível no formulário de inscrição online será desclassificado. A lista preliminar dos selecionados para a segunda etapa, de classificação, será publicada no portal eletrônico, no dia 29 de janeiro. Já a lista final será divulgada no dia 3 de fevereiro, após análise de recursos.

Na segunda etapa, o processo classificatório é definido pelas Administrações Regionais do Senar. Em Alagoas, serão avaliados o histórico escolar e uma comparação das notas de Português e Matemática. (Clique aqui e confira).

A lista preliminar de classificação será publicada no portal eletrônico, em 21 de fevereiro. Recursos poderão ser interpostos no dia 27 de fevereiro. Após análise, o Senar publicará o resultado final do processo seletivo no dia 2 de março.

Os candidatos aprovados deverão comparecer aos polos de apoio presencial, para efetuar a matrícula, entre 3 e 9 de março, dia em que começam as aulas. Todas as informações sobre documentações, procedimentos e prazos constam no edital, disponível para download no portal etec.senar.org.br.

Sobre o curso
O Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio tem duração de 2 anos e carga horária total de 1.230 horas, distribuídas em quatro módulos para o desenvolvimento da habilitação técnica profissional. As atividades educacionais são semipresenciais, com os conteúdos a distância disponibilizados na Internet, no material impresso e nas videoaulas, além dos encontros presenciais, nos polos de apoio. Os encontros presenciais representam 20% da carga horária total do curso e contemplam aulas teóricas, práticas e avaliações.

 

Produtores familiares recebem raquetes do programa Forrageiras para o Semiárido

Produtor com a carroça carregada de raquetes

Produtores familiares da região da bacia leiteira alagoana foram beneficiados com a distribuição de raquetes de palma forrageira. A ação foi do Programa Forrageiras para o Semiárido: Pecuária Sustentável, projeto do Instituto CNA em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa -, com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal -, do Governo do Estado e do Sindicato Rural dos Produtores de Leite de Alagoas – Sindileite.

“O intuito da distribuição é difundir as novas variedades de palmas resistentes à Cochonilha do Carmim que não são tão difundidas em Alagoas, como a Ipa Sertânea e a Orelha de Elefante Mexicana. Além destas duas variedades foram distribuídas também raquetes de palma Miúda. As raquetes distribuídas servirão para a implantação de banco de sementes, o que permitirá ao produtor fazer o plantio de uma área maior dessas variedades no futuro”, explica o técnico de campo do projeto, Alexis Wanderley.

Cerca de 10 mil raquetes foram distribuídas após o segundo corte das variedades de palma forrageira. A planta é a base da alimentação do rebanho bovino leiteiro na região semiárida.

Raquetes também foram disponibilizadas para a alimentação do rebanho do Parque de Exposições Mair Amaral, no município de Batalha, espaço cedido pelo Governo de Alagoas para abrigar uma das 13 Unidades de Referência Tecnológica do projeto no semiárido brasileiro.

Cerca de 10 mil raquetes foram distribuídas

O projeto

Criado com o objetivo de recomendar as forrageiras que melhor se adaptam ao clima do semiárido, para que sirvam de fonte de alimento para os rebanhos, o projeto do Instituto CNA e da Embrapa testa 18 tipos de plantas em Alagoas, entre gramíneas anuais e perenes, cactáceas e lenhosas.

Os primeiros dados coletados mostram, por exemplo, que entre as gramíneas perenes, o capim-massai foi o que mais produziu matéria seca por hectare. Já entre as cactáceas, a palma Orelha de Elefante Mexicana foi uma das variedades mais produtivas e se mostrou bem adaptada à região, com baixa incidência de pragas e doenças.

Iniciado em julho de 2017, o projeto teve o prazo de conclusão estendido de dois para quatro anos. “Vamos para a terceira colheita das gramíneas anuais e também para o terceiro corte das variedades de palma. No momento estamos aguardando as chuvas de verão para voltar a avaliar a resistência e produção das variedades de gramíneas perenes (capins)”, diz Alexis Wanderley.

Rebrota da palma com um mês após o segundo corte

Bem+Agro: produtores têm descontos em laboratório e clínica de Arapiraca

Benefícios também valem para cônjuges e descendentes. Para se cadastrar no programa, produtor precisa estar em dia com a contribuição sindical rural

Foto publicada originalmente no site Arapiraca News

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – firmou mais duas importantes parcerias pelo Bem+Agro, programa de benefícios criado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – e voltado para produtores em dia com a contribuição sindical rural.

As novas parcerias firmadas em Alagoas são no município de Arapiraca, onde produtores, cônjuges e descendentes passam a ter descontos especiais nos serviços do Laboratório de Análises Clínicas – Labmais – e na Clínica Médica – CLINMAIS.

Os descontos no laboratório Labmais são de 10% no cartão e 20% à vista, nos mais diversos tipos de exames, exceto os toxicológicos. O desconto será concedido na sede do laboratório em Arapiraca e no posto de coleta em Girau do Ponciano.

Já na sede da clínica CLINMAIS, em Arapiraca, os produtores cadastrados no Bem+Agro, cônjuges e descendentes têm acesso a diversos serviços a preços populares. O benefício é válido colposcopia; eletrocardiograma; ecocardiograma; eletroencefalograma; ultrassom obstétrica, de mamas, abdomem, vias urinárias, tireóide, próstata, região cervival, entre outras; teste ergométrico, entre outras consultas e exames.

O programa
O programa Bem+Agro é uma plataforma digital onde os produtores rurais adimplentes com os sindicatos podem acumular agros – moeda virtual criada para o sistema – e trocar por ofertas e outros benefícios. Para ganhar agros, basta ter alguns comportamentos como se inscrever e concluir cursos do Senar; compor chapa para diretoria de sindicato; participar de assembleias e outros eventos; navegar, interagir e ler conteúdos publicados pela CNA, federações e sindicatos.

No computador ou celular, o produtor acessa o extrato de agros acumulados, confere as ofertas – nacionais ou segmentadas por região – e troca moedas virtuais por benefícios. As ofertas são cadastradas tanto pela CNA, quanto pelas federações e sindicatos rurais.

Entre os benefícios do Bem+Agro, os produtores rurais têm acesso a condições especiais em empresas parceiras, a exemplo de descontos em planos de saúde, serviços laboratoriais, passagens aéreas, pneus e serviços relacionados, cursos de graduação e livros, além de acesso VIP a eventos do agronegócio, entre outros.

Os produtores também têm acesso a cartilhas de processos produtivos e podem formar turmas exclusivas para cursos do Senar e indicar estudantes para o programa CNA Jovem. Além disso, têm acesso prioritário a serviços prestados pelos sindicatos, como assessorias jurídica e contábil, bem como à Assistência Técnica e Gerencial do Senar.

Para saber mais sobre o programa, acesse: bemmaisagro.com.br.

Inscrições para Curso Técnico em Agronegócio encerram no próximo dia 22

Quem deseja concorrer a uma das vagas do Curso Técnico em Agronegócio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – precisa se apressar. As inscrições estão abertas somente até o próximo dia 22 de janeiro. O curso é gratuito e, ao todo, 1.975 vagas foram disponibilizadas em 22 estados. Em Alagoas, 125 estudantes terão a oportunidade de se qualificar. As vagas estão distribuídas em seis polos de apoio presencial (Arapiraca, Major Izidoro, Mar Vermelho, Mata Grande, Palmeira dos Índios e Penedo).

As inscrições devem ser realizadas no portal etec.senar.org.br, até às 23h59 do dia 22 de janeiro, horário de Brasília. Todos os candidatos precisam apresentar Histórico Escolar e Certificado de Conclusão do Ensino Médio, ou documentos oficiais equivalentes. As vagas serão preenchidas, prioritariamente, por produtores rurais, seus familiares ou colaboradores, desde que sejam comprovados a atividade rural do produtor, vínculo de parentesco ou profissional. Os documentos necessários para a comprovação estão listados no edital e em erratas disponíveis no portal.

A primeira etapa da seleção é a análise dos documentos. O candidato que apresentar documentação incompleta, controversa ou ilegível no formulário de inscrição online será desclassificado. A lista preliminar dos selecionados para a segunda etapa, de classificação, será publicada no portal eletrônico, no dia 29 de janeiro. Já a lista final será divulgada no dia 3 de fevereiro, após análise de recursos.

Segunda etapa
O processo classificatório será definido pelas Administrações Regionais do Senar e poderá contemplar entrevista, realização de provas ou outra metodologia. A lista preliminar de classificação será publicada no portal eletrônico, em 21 de fevereiro. Recursos poderão ser interpostos no dia 27 de fevereiro. Após análise, o Senar publicará o resultado final do processo seletivo no dia 2 de março.

Os candidatos aprovados deverão comparecer aos polos de apoio presencial, para efetuar a matrícula, entre 3 e 9 de março, dia em que começam as aulas. Todas as informações sobre documentações, procedimentos e prazos constam no edital e em erratas publicadas no portal etec.senar.org.br.

Sobre o curso
O Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio tem duração de 2 anos e carga horária total de 1.230 horas, distribuídas em quatro módulos para o desenvolvimento da habilitação técnica profissional. As atividades educacionais são semipresenciais, com os conteúdos a distância disponibilizados na Internet, no material impresso e nas videoaulas, além dos encontros presenciais, nos polos de apoio. Os encontros presenciais representam 20% da carga horária total do curso e contemplam aulas teóricas, práticas e avaliações.

“Construção de abatedouros públicos é prioridade para 2020”, afirma Álvaro Almeida

Presidente da Faeal fala sobre conquistas de 2019 e desafios para o próximo ano

Álvaro Almeida crê em um 2020 mais pujante para o setor

“Mostramos, mais uma vez, que temos capacidade de enfrentar as adversidades”. A afirmação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, dá o tom de um 2019 de bons resultados no campo. Em entrevista à Gazeta Rural, o dirigente fala sobre as conquistas na produção de grãos, bovinocultura de leite, destaca a recuperação do setor sucroalcooleiro e elenca demandas prioritárias para o próximo ano.

Presidente, como o senhor avalia o ano de 2019 para o agro brasileiro?
Álvaro Almeida – Este foi o primeiro ano de um governo que compreende a importância do setor agropecuário para o desenvolvimento do país e já se mostrou disposto a apoiá-lo. Na área econômica, a aprovação da Reforma da Previdência reacendeu a confiança do mercado financeiro. A histórica aprovação do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia endossou o interesse do Brasil em escoar cada vez mais seus produtos agrícolas e pecuários para alimentar o mundo. A Medida Provisória nº 897 estabeleceu melhorias no ambiente de negócios para o agro, modernizou os instrumentos de crédito e passou a estimular os financiamentos privados, atraindo investidores estrangeiros. Naturalmente ainda temos desafios, sobretudo no sistema tributário e no cenário fiscal restritivo, mas estamos no caminho certo, implementando medidas austeras e que incentivam a produtividade de quem mais gera emprego e renda no país.

O Governo Federal também lançou, este ano, o Plano Agronordeste. O que isso representa para a região?
AA – Significa alçar o Nordeste à merecida condição de protagonista do agronegócio brasileiro e conectá-lo ao mercado internacional. A partir da implementação de ações de assistência técnica, o programa fomentará as melhores práticas agropecuárias internacionais e, por outro lado, estimulará o empreendedorismo e o cooperativismo para que se possa agregar valor aos produtos e produzir em grande escala. O comitê alagoano do Agronordeste já começou a discutir as estratégias e ações a partir das necessidades específicas do nosso estado. O projeto priorizará a região da bacia leiteira e será fundamental para o desenvolvimento do nosso semiárido.

E como foi este ano de 2019 para o agro em Alagoas?
AA – Mostramos, mais uma vez, que temos capacidade de enfrentar as adversidades com muita criatividade e competência dos nossos produtores rurais e com a sensibilidade de um governo que não tem medido esforços para apoiar o nosso setor. A Federação da Agricultura e Pecuária esteve à frente de negociações importantes durante todo este ano e não houve um pedido sequer negado pelo Governo de Alagoas. Conseguimos, por exemplo, o incentivo fiscal para a produção de grãos, uma alternativa interessante para o aproveitamento de áreas deixadas pela cana-de-açúcar e que tem atraído investidores de outros estados. Outra conquista importante foi a suspensão da cobrança de ICMS sobre o leite in natura vendido para Sergipe. Esta medida abrandou uma crise econômica instaurada na bovinocultura de leite e agravada pelos entraves do Governo de Pernambuco, que passou a cobrar mais impostos das indústrias de laticínios que comprassem o leite alagoano. Paralelo a tudo isso, o setor sucroalcooleiro começou a sair da crise econômica que vem enfrentando nos últimos anos, graças, dentre outros fatores, à regularidade do clima. Tudo isso acarreta geração de emprego, renda e reforça a nossa confiança em um 2020 mais pujante.

Quais devem ser as prioridades do agro alagoano para o próximo ano?
AA – A construção de abatedouros públicos é prioridade para 2020. Nós temos 102 municípios e apenas 14 abatedouros funcionando em Alagoas, não podemos continuar consumindo carne de animais abatidos em bananeiras porque os municípios não dispõem de locais adequados. O Estado precisa planejar uma política de incentivo à construção desses espaços. Além disso, continuaremos cobrando a conclusão das obras e uma política eficiente de gestão da água do Canal do Sertão, com a participação de produtores e trabalhadores rurais. A nossa sugestão é a criação de um conselho fiscalizador, a partir das demandas do agronegócio, da pecuária e da agricultura. Além disso, temos outras pautas importantes, como o fortalecimento do Programa do Leite.

Em 2020 será iniciado o Programa Estadual de Barragens Subterrâneas, um pleito da Faeal. Qual é a expectativa?
AA – A barragem subterrânea é uma tecnologia social barata e capaz de garantir água o ano inteiro para famílias de pequenos agricultores do semiárido. Por isso articulamos atores e instituições públicas, provocamos uma grande discussão sobre o tema e o Governo do Estado comprou a ideia. A meta do programa é construir duzentas barragens subterrâneas, com a estimativa de manter mil famílias no campo e produzindo. Levando em consideração o fato de que Alagoas hoje tem cerca de trinta mil pequenas propriedades a menos do que tinha em 2006, segundo dados do IBGE, e de que a nossa população rural está envelhecendo, temos a certeza de que esta iniciativa será importante para fixar o jovem no campo e movimentar a economia dos municípios do semiárido.

Para finalizar, que mensagem o senhor deixa para o produtor rural alagoano neste fim de ano?
AA – A de que dependemos da vontade dele para continuar defendendo os seus interesses. A Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas e os sindicatos rurais são entidades vinculadas à Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), a casa do produtor rural brasileiro. Tanto na esfera federal, quanto na estadual, temos tido conquistas importantes. Em Alagoas, por exemplo, firmamos recentemente uma parceria com o BNB para a ampliação das aplicações de crédito. Por meio do Senar, já atendemos mais de 329 mil alagoanos em atividades de educação profissional, assistência técnica, promoção social e contribuímos para o desenvolvimento sustentável do campo. Em dez anos, nossos programas de saúde contabilizaram mais de 18 mil exames de citologia, PSA e toque retal. Tudo isso vem sendo realizado exclusivamente com recursos provenientes das contribuições dos produtores de Alagoas e é importante reconhecermos as parcerias com o Governo do Estado, Sebrae, sindicatos, prefeituras, entre outras instituições. Nós queremos continuar defendendo o setor agropecuário, qualificando o homem e a mulher do campo, mas, para isso, precisamos que o produtor recolha em dia a sua contribuição sindical rural. Somente assim, seguiremos construindo o futuro que desejamos para todos.

Faeal e Senar Alagoas fazem balanço das ações em 2019

Reunião aconteceu na sede do Senar e Faeal

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – reuniu seu conselho de representantes para apresentar um balanço das ações, discutir e aprovar a reformulação da proposta orçamentária e do plano anual de trabalho 2019. Na ocasião, também ocorreu uma reunião com os dirigentes sindicais para avaliação das ações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – neste ano e discussão sobre o planejamento para 2020.

A reunião aconteceu na sede do Senar, em Maceió, e os dados do Senar foram apresentados pela coordenadora do Departamento Técnico, Graziela Freitas. Na área de Formação Profissional Rural, o Senar Alagoas capacitou 8.060 trabalhadores rurais nas atividades de agricultura, pecuária, silvicultura, aquicultura, extrativismo, agroindústria, apoio agrossilvipastoril, entre outras relativas à prestação de serviços. Já na área de Promoção Social, 6.501 alagoanos foram beneficiados por ações voltadas à saúde, alimentação e nutrição, artesanato, organização comunitária, cultura, esporte, lazer, educação e apoio às comunidades rurais.

O programa Inclusão Digital Rural do Senar Alagoas treinou 625 pessoas e a Alfabetização de Jovens e Adultos, 375. Graziela Freitas também abordou alguns programas especiais, como o Mais Pasto, Saúde do Homem e da Mulher, além do Jovem Agricultor Aprendiz, que contabilizou 178 alunos, e o Curso Técnico em Agronegócio, que registrou 190 estudantes em nove turmas.

Graziela Freitas apresenta os resultados do ano

“Desde 1993, já atendemos mais de 329 mil pessoas em 95% dos municípios alagoanos, graças aos produtores rurais que contribuem para que o Senar e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas continuem levando qualificação ao meio rural por meio de todas essas ações”, comenta a coordenadora Graziela Freitas.

“No ano de 2019 nós continuamos capacitando a população rural nas áreas de Formação Profissional Rural e Promoção Social, demos continuidade ao nosso programa Mais Pasto e iniciamos o trabalho de Assistência Técnica e Gerencial em Alagoas. O foco agora é aumentar o número de produtores atendidos pela ATeG, inclusive, por meio do Projeto Prospera Nordeste e em parceria com o Sebrae. Acreditamos que 2020 será o ano da consolidação da assistência técnica e gerencial em Alagoas”, prevê o superintendente do Senar AL, Fernando Dória.

O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, também falou sobre as ações da Federação em 2019. “Tivemos conquistas importantes, a exemplo do incentivo fiscal para a produção de grãos, a suspensão do ICMS para a venda do leite in natura para o Estado de Sergipe e a criação do Programa Estadual de Barragens Subterrâneas. Em 2020, continuaremos defendendo o produtor rural alagoano indistintamente, pois entendemos que fortalecer a agropecuária é trabalhar pelo desenvolvimento socioeconômico do nosso Estado”, diz.

Fernando Dória, superintendente do Senar, Álvaro Almeida e Edilson Maia, presidente e vice da Faeal

Alunos da Rede E-Tec apresentam trabalhos de conclusão de curso

Aos 70 anos, José Cabral é um exemplo para os colegas

Estudantes do Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – apresentaram os trabalhos de conclusão de curso no último sábado, 14. Ao todo, 27 trabalhos foram apresentados por 42 alunos de sete polos de apoio presencial: Arapiraca, Mar Vermelho, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Penedo, Major Izidoro e Mata Grande.

Aos 70 anos, o formando José Cabral Filho é um exemplo para os colegas de Palmeira dos Índios. Autor do trabalho intitulado “O que leva um produtor rural pequeno ou médio a ser assistido por um contador?”, o professor aposentado de Matemática não se cansa de aprender. No último mês de março, concluiu a segunda graduação, em Ciências Contábeis, e agora pretende usar o conhecimento adquirido no curso técnico do Senar para o trabalho como perito contador.

“Recebi o meu diploma de Contábeis e, em julho, fui nomeado perito contador da 63ª Vara do Trabalho em Palmeira dos Índios. Agora eu quero trabalhar no agronegócio como perito, quando aparecer algum problema sobre perícia, envolvendo um trabalhador rural, eu tenho competência para atuar”, comenta José Cabral.

Formandos de Arapiraca falam sobre importância da ATeG na bovinocultura de leite

“Eu saí de casa muito jovem e já viajei o mundo quase todo. Morei três anos na Polônia, conheço Paris, a Alemanha, a Áustria, Roma, experiência de vida eu tenho e sou incansável na busca de conhecimento. Se eu vejo você fazendo algo, me pergunto: por que eu não posso fazer? É só me especializar, é só aprender”, diz o formando.

O Curso Técnico em Agronegócio do Senar também abriu novas perspectivas para o gerente de crédito rural Rafael Henrique Mendes, de Arapiraca. Em parceria com o colega Jadson Rafaael Canuto de Oliveira, ele apresentou o TCC sobre a importância da Assistência Técnica e Gerencial na bovinocultura de leite. “Entrei no curso já com uma experiência na área de crédito, mas não tinha uma formação. Aprendi bastante e agora já estou fazendo visitas, acompanhando clientes, já comecei também a fazer a parte técnica. Só tenho a agradecer”, comenta.

Para a tutora do polo de Palmeira dos Índios, Taciana Salvador, o momento de apresentação dos trabalhos de conclusão de curso é a finalização de uma fase importante na vida dos alunos. “Eles passaram por todas as etapas do conhecimento, então, agora é a oportunidade de mostrarem que se qualificaram aqui, que todo o esforço deles, dos tutores e da equipe técnica do Senar valeu a pena”, diz.

Taciana Salvador: “É o momento de mostrar que tudo valeu a pena”

Novas vagas
O Senar está com inscrições abertas para o processo seletivo do Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio. O curso é gratuito, , na modalidade semipresencial. Em Alagoas, 125 estudantes terão a oportunidade de se qualificar. As vagas estão distribuídas em seis polos de apoio presencial (Arapiraca, Major Izidoro, Mar Vermelho, Mata Grande, Palmeira dos Índios e Penedo). o edital está disponível no portal etec.senar.org.br, onde as inscrições devem ser feitas até às 23h59 do dia 22 de janeiro, horário de Brasília.

COMUNICADO: RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS

O Banco do Brasil está chamando os produtores rurais para liquidar suas dívidas rurais por meio do art. 3 da Lei 13.340/16, que obteve orçamento sancionado (Lei 13.907) em 21 de novembro de 2019. (Saiba mais).

Os produtores rurais das áreas da Sudam e Sudene têm até 30/12/2019 para renegociar suas dívidas. Os bancos oficiais federais não recebem o orçamento para renegociar as dívidas rurais no momento da sanção do PLN nº 9, pois depende de liberação do Tesouro Nacional. No entanto, é importante o produtor que tiver interesse em renegociar suas dívidas de acordo com a Lei 13.340/16 demonstrá-lo à Instituição Financeira e deixar a documentação em ordem para poder renegociar assim que o orçamento estiver disponível. Isso porque a Lei tem vigência até 31/12/2019.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado se Alagoas – Faeal – tem o modelo da carta de intenção e està à disposicao à disposição para tirar dúvidas dos produtores sindicalizados pelo telefone (82)3217-9824.

É importante lembrar que o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia também estão realizando as renegociações de débitos rurais de acordo com a Lei 13.340/16 até o fim da vigência da Lei, dia 30/12/2019.

Assessor da Faeal ministra palestra no Congresso Cidades e Gestores

Noel Loureiro fez uma radiografia do setor

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – marcaram presença no Congresso Cidades e Gestores, promovido pela Associação dos Municípios Alagoanos – AMA. O evento começou no útimo dia 12 e prossegue até o próximo domingo, 15, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió.

Na manhã desta sexta-feira, 13, o assessor técnico da Faeal, Noel Loureiro ministrou palestra sobre o agronegócio em Alagoas, insumos, perspectivas e outros aspectos. “Fizemos uma radiografia da estrutura agrária e agrícola do estado, baseada no Censo do IBGE. Os dados apontam um esvaziamento do campo, envelhecimento da população rural e maior participação das mulheres. Também observamos que as atividades agrícolas têm um nível de acidentes muito baixo no estado”, comentou o palestrante.

Outro dado importante apresentado por Noel Loureiro foi a diminuição no número de propriedades rurais, principalmente das pequenas. “Em 2006, Alagoas tinha 123 mil propriedades, das quais, 12 mil eram das chamadas patronais. Hoje, temos 98 mil propriedades, das quais, 16 mil são patronais. Isso mostra uma redução nas propriedades da agricultura familiar, de 111 mil para 82 mil”, observa o assessor técnico da Faeal.

Além de Noel, o superintendente do Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcante, e o presidente do Fórum dos Secretários Municipais de Agricultura, Luciano Monteiro falaram sobre os desafios e oportunidades em Alagoas. Já o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Antônio Santiago discorreu sobre a atuação Embrapa Alimentos e Territórios no estado.

As discussões do Eixo Agricultura foram mediadas pelo secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquiculturade Alagoas, Silvio Bulhões, e tiveram como debatedor o presidente da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Arapiraca – Capial –, Francisco de Souza.

O secretário mostrou otimismo para o ano de 2020. “Já tivemos um 2019 muito bom, o inverno favoreceu a produção agropecuária, houve uma retomada do setor sucroenergético, um processo de fortalecimento e ampliação da pecuária de corte, quase que um ressurgimento da pecuária de leite, portanto, temos motivos suficientes para acreditar que o próximo ano manterá esse ritmo e será muito bom para o agronegócio de Alagoas”, vislumbrou Bulhões.

Bulhões também falou sobre as prioridades do Governo de Alagoas para o agronegócio no próximo ano. “Temos um foco muito claro que é executar o programa de regionalização de matadouros, o que fortalecerá ainda mais a pecuária de corte; continuar fomentando a cadeia produtiva do leite, uma das mais que mais geram emprego e renda; e fortalecer as ações no Canal do Sertão e a agricultura familiar como um todo”, antecipou o secretário.

Participação do Senar
Durante o ciclo de palestras, a coordenadora técnica do Senar Alagoas, Graziela Freitas, apresentou os programas e ações voltados para a educação profissional, assistência técnica e promoção social.

Programa Estadual de Barragens Subterrâneas beneficiará pequenos agricultores do Semiárido

Investimento inicial será de R$ 10 milhões para a construção de 50 barragens

Apresentação do mapa das áreas potenciais

O Governo de Alagoas lançou o Programa Estadual de Barragens Subterrâneas na manhã desta quarta-feira, 11. O objetivo é aumentar a oferta de água para o consumo humano, animal, irrigação e a segurança alimentar nas regiões mais secas. Durante a solenidade, no Palácio República dos Palmares, em Maceió, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – apresentou o Mapa Generalizado de Áreas Potenciais para a Construção de Barragens Subterrâneas, estudo que subsidiará o programa. Alagoas é o primeiro estado do semiárido brasileiro a realizar este tipo de zoneamento.

O lançamento do programa aconteceu pouco mais de um ano após a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – iniciar uma ampla discussão, com diversos entes públicos, sobre a necessidade da construção de barragens subterrâneas para garantir o sustento e a produtividade de pequenos produtores rurais e seus familiares.

A ideia do programa estadual surgiu a partir do exemplo do Seu Dedé, agricultor do município de São José da Tapera que construiu a própria barragem e hoje produz mais de 90 tipos de plantas, e de um projeto-piloto realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – em parceria com o Sebrae. Por meio do programa Sertão Empreendedor, as duas instituições construíram uma barragem subterrânea a baixo custo e capaz de abastecer até cinco famílias, o ano inteiro.

Álvaro Almeida: “Nosso sentimento é de dever cumprido”

“Quando percebemos o potencial dessa tecnologia para o desenvolvimento socioeconômico do Estado, passamos a provocar as instituições e agentes públicos para a construção de um grande programa capitaneado pelo Governo. Fomos à Embrapa Solos, em Recife, e descobrimos que havia um projeto de mapeamento pioneiro e importante para a definição das áreas de construção das barragens, mas os estudos corriam o risco de interrupção por conta dos cortes nos recursos federais. Articulamos o apoio do Sebrae, o mapeamento foi concluído e, hoje, com o lançamento do programa estadual, o nosso sentimento é de dever cumprido”, comemora o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fernando Pereira, a expectativa é construir 200 barragens subterrâneas por meio do programa. “Desta forma garantiremos água para o plantio e o rebanho, e contribuiremos para que o produtor permaneça no campo, gerando emprego e renda nos municípios. Faremos deste projeto uma referência para todo o Nordeste”, avalia.

A deputada estadual Fátima Canuto também participou da solenidade. Ela foi a propositora da sessão especial em que a necessidade da elaboração do programa estadual foi debatida. “Levei esse tema para a Assembleia Legislativa por entender que ele precisava ser tratado, já que é de suma importância para o nosso estado. Debatemos assuntos como a manutenção, construção e funcionamento das barragens. Vi que muitas pessoas desconheciam o tema e se encantaram quando souberam dos benefícios das barragens subterrâneas e do quanto elas podem mudar a vida de várias famílias. Fiquei feliz de ter sido propositora de uma sessão especial que fortaleceu ainda mais o assunto”, comenta a parlamentar.

Secretário Fernando Pereira recebe mapa das mãos da chefe-geral da Embrapa Solos, Petula Ponciano

Primeira fase
O Programa Estadual de Barragens Subterrâneas terá início no primeiro trimestre de 2020, sob a tutela da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Semarh. Na primeira etapa, a previsão é construir 50 barragens e beneficiar cerca de 250 famílias, em 38 municípios do Agreste e Sertão. O investimento inicial será de R$10 milhões.

Conduzidos pela Embrapa Solos, os estudos que resultaram no Mapa Generalizado de Áreas Potenciais para a Construção de Barragens Subterrâneas embasarão as ações do programa estadual. Mais de 12 mil km² foram mapeados, a partir de uma análise multicritério, com cruzamento dos parâmetros solo, clima, relevo e geologia. Para aferir as informações do mapa, os pesquisadores fizeram expedições de validações em campo, por microrregião. O trabalho contou com a participação de agentes de desenvolvimento e agricultores locais.

“O zoneamento das áreas é um trabalho minucioso, exaustivo e é muito interessante ver como o Governo do Estado priorizou essa ferramenta que dá base para a estruturação de políticas públicas e já com o lançamento de uma política que realmente fará a diferença para a região do Agreste e Sertão de Alagoas”, observa a chefe-geral da Embrapa Solos, Petula Ponciano.

A solenidade também contou com a participação do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Silvio Bilhões; do superintendente regional do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Alay Correia; das deputadas estaduais Ângela Garrote e Jó Pereira; do superintendente do Sebrae Alagoas, Marcos Vieira; e do coordenador executivo da Articulação no Semiárido Brasileiro – ASA –, Albanir Vieira, entre outras autoridades.