Senar Alagoas inaugura novo espaço de eventos durante a 74ª Expoagro 

A abertura oficial da 74ª Expoagro de Alagoas acontece nesta sexta-feira (25) e segue até o dia 3 de novembro, no Parque da Pecuária, com realização do Sistema Faeal/Senar e ACA. Este ano, o público será apresentado a uma grande novidade, o Espaço de Eventos do Senar-AL. A estrutura construída no parque remete a uma típica casa de fazenda que vai abrigar reuniões, palestras, cursos e treinamentos, voltada para o setor produtivo do estado.

“É uma nova área de convivência para os produtores rurais alagoanos que, além da programação durante a Expoagro, passa a ser um espaço físico permanente do Senar no Parque da Pecuária”, revela o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

A inauguração oficial do espaço, que vai contar com a presença do presidente do Conselho Deliberativo do Senar Nacional e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins, será no dia 2 de novembro, às 14h. 

No dia 30, quarta-feira, a Comissão das Mulheres do Agro de Alagoas da Faeal, com apoio de entidades como Sebrae, Governo do Estado, Assembleia Legislativa, sindicatos e associações, realiza seu 2º Encontro Estadual, no Espaço Fábrica de Eventos, no Jaraguá. O evento espera reunir mais de mil mulheres, em torno de uma programação diversificada, tendo como tema central o protagonismo feminino no agronegócio.  

Durante o evento, o Sistema Faeal/Senar preparou uma agenda de palestras com os supervisores da Assistência Técnica e Gerencial, entre os dias 28 de outubro e 1º de novembro. O supervisor Leonardo Alves vai abordar a Saúde de Ovinos: Manejo Sanitário e Principais Doenças, abordando desafios e soluções, dia 28. 

Na terça-feira, dia 29, Leôncio Gusmão fala sobre Diagnóstico de Propriedades com Foco na  Aquicultura. No dia 30, quarta-feira, é a vez de Érica Gomes, com a palestra A Importância das Abelhas para Produção de Alimentos. 

As palestras voltam na sexta-feira, 1º de novembro, com Tatiana Salvador que vai abordar a Propagação de Plantas Frutíferas e a supervisora Jessyka Emmanuelly, que fala sobre o tema A Pelagem de Equinos. 

“O conteúdo foi pensado de forma bem objetiva, enfocando áreas e temas de interesse dos produtores rurais, profissionais e estudantes que sempre buscam atualização e capacitação”, informa a superintendente-adjunta do Senar Alagoas, Luana Torres.

O novo espaço do Senar também vai contar com barracas de expositores atendidos pelos programas de formação técnica do Senar Alagoas. Durante os dias 26 de outubro e 3 de novembro, os produtores se revezam nas barracas instaladas no novo Espaço do Senar, comercializando mel, café, licor, pães, bolos, biscoitos, doces e produtos feitos com mandioca e com banana.

“São associações, cooperativas, produtores rurais e suas famílias atendidos pelos nossos instrutores que, durante todo o ano, levam informação e conhecimento sobre boas práticas no manejo e na comercialização de produtos para todas as regiões de Alagoas”, diz Graziela Freitas, gerente técnica do Senar.

A Expoagrago é realizada pelo Sistema Faeal/Senar e pela ACA, com patrocínio do Sebrae Alagoas, Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária e Ministério da Agricultura e Pecuária, além da parceria com a Fiea.

 

Curso capacita técnicos alagoanos para combater avanço da Sigatoka Negra

Técnicos do Senar Alagoas e da Emater participaram, nos dias 15 e 16, de um curso de formação do Programa Estadual de Educação Sanitária (PEES), em conjunto com o Núcleo de Defesa Vegetal (CNDA), da Adeal. A formação teve como objetivo capacitar multiplicadores no combate à Sigatoka Negra, mais conhecida como “doença da bananeira”. Com módulo teórico aplicado na sede do Sistema Faeal/Senar, em Maceió, o curso também contou com atividade prática, em campo, no município de Porto Calvo.

“Essa ação integrada é de extrema importância para o setor produtivo agropecuária, já que a iniciativa reúne técnicos que atuam nas regiões de cultivo da banana em nosso estado. Juntos, Senar, Adeal e Emater podem fazer muito mais pelos produtores dessa cultura distribuídos em todas as regiões do nosso estado”, destacou o presidente do Sistema Faeal/Senar, Álvaro Almeida.

A capacitação permite que os técnicos usem os conhecimentos específicos adquiridos na identificação da Sigatoka Negra em campos produtivos de banana, levando informação aos produtores. A doença já foi identificada em 12 municípios alagoanos, por isso a necessidade de um intenso trabalho técnico junto a todos os que compõem a cadeia produtiva da banana.

“A nossa principal arma é fazer a identificação precoce da doença, fazer a notificação aos órgãos de controle e proceder as ações de combate à propagação da Sigatoka em nosso território”, afirma Maria José Rufino, chefe do Núcleo de Defesa Vegetal da Adeal.A formação teve carga horária de 16h, com a participação das equipes da Adeal, Senar, Emater e ainda profissionais da Ufal e do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). 

“O intercâmbio de conhecimento entre todas as instituições envolvidas é de fundamental importância preparar as equipes que lidam diretamente com os produtores. Com isso, vamos aumentar o número de notificações, otimizar o mapeamento das regiões atingidas e possibilitar um maior controle da doença”, informa a superintendente-adjunta do Senar Alagoas, Luana Torres.

Sobre a Sigatoka Negra

A Sigatoka Negra é uma das doenças mais graves que acomete a bananeira, causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis Morelet (Pseudocercospora fijiensis), podendo apresentar até 100% de perdas onde o controle não é adotado. A disseminação do agente causador da doença ocorre pelo vento, por mudas infectadas e folhas doentes erroneamente utilizadas para proteção dos frutos durante o transporte do produto para comercialização. 

O fungo também pode ser disseminado pela roupa de pessoas que entram em plantações infectadas, através das caixas de embalagem e restos da cultura. Formar multiplicadores é essencial para fornecer aparato técnico, legal e de educação fitossanitária sobre a Sigatoka Negra.

Com o curso, os técnicos estarão aptos à pronta identificação de sintomas e imediata notificação de suspeitas da doença, bem como à disseminação da informação e sensibilização dos produtores e demais envolvidos com a cadeia produtiva da banana. 

Esse público-alvo que lida diretamente com o produto também é importante na observação/notificação de sintomas, adoção de boas práticas agrícolas, condutas corretas para prevenção (em regiões sem ocorrência) e controle (em regiões com ocorrência). Todas essas medidas visam mitigar o avanço da doença e evitar maiores prejuízos à atividade econômica do cultivo da banana em Alagoas.

Técnicos do Senar participam de treinamento para rizicultura do Baixo São Francisco 

O gerente da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Alagoas, Sidney Rocha, acompanhados dos técnicos de campo, Matheus Oliveira e Jônatas Vieira, participaram do Treinamento Rizicultura Irrigada no Baixo São Francisco Alagoano, em Igreja Nova. O objetivo do encontro foi promover e incentivar a produção de arroz no estado.

“Eventos como esse são de fundamental importância para o fortalecimento da cadeia produtiva de arroz na região, com uma programação altamente qualificada para técnicos, produtores e profissionais da área”, afirma o gerente Sidney Rocha.

A capacitação contou com palestras de especialistas da Embrapa Arroz e Feijão (GO) e Alimentos e Territórios (AL), além de técnicos e empresas que atuam no setor. O público incluiu produtores dos municípios de Igreja Nova, Penedo e Porto Real do Colégio, região que concentra a cultura no estado.

“A excelência técnica apresentada nos treinamentos aprimora o conhecimento de quem já atua no segmento, que também têm a oportunidade de conhecer práticas inovadoras para serem aplicadas no campo, fortalecendo e desenvolvendo a produção agrícola na região”, conclui Sidney Rocha. 

Sistema Faeal/Senar participa de reunião técnica sobre ações de fiscalização pecuária

A superintendente-adjunta, Luana Torres, e o gerente de Assistência Técnica e Gerencial, Sidney Rocha, do Senar- Alagoas, participaram na manhã desta sexta-feira (4), de uma reunião com o presidente da Adeal, Marco Albuquerque, e o assessor de Defesa Agropecuária, Caio Vieira. Na pauta, além da apresentação do andamento das ações do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) no estado, foi discutida a realização de uma campanha de atualização cadastral de produtores e rebanhos em Alagoas.

“O Senar Alagoas sempre estará presente em todas as discussões que envolvam a defesa agropecuária, sempre destacando a importância do Fundo de Apoio à Pecuária do Estado de Alagoas (Fundap), essencial para manutenção dos trabalhos junto aos produtores rurais”, afirma Luana Torres. Ela faz questão de ressaltar que ações de fiscalização nunca foram tão necessárias, já que o status permanente de zona livre da febre aftosa sem vacinação, que atualmente tem reconhecimento provisório, depende desse controle.

“Como o presidente do Sistema Faeal/Senar, Álvaro Almeida, sempre lembra, Alagoas precisa cumprir as exigências feitas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) que, em breve, volta a realizar auditorias no estado. Um desses compromissos é fortalecer os órgãos de defesa como a Adeal”, completa Luana.

A campanha de atualização cadastral de produtores e rebanhos, que também foi tema da reunião, também faz parte das recomendações do Mapa para os estados que buscam concretizar de forma permanente a não realização de campanhas de vacinação do rebanho.

Também participaram da reunião, a secretária executiva de Políticas Agropecuárias e Agronegócios da Seagri, Aline Melo e a auditora fiscal federal agropecuária/médica veterinária do Mapa, Sônia Lages, dentre outros técnicos.

Senar Alagoas é homenageado pelo Ministério Público com selo Amigo da Socioeducação

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) concedeu, nesta quinta-feira (3), o Selo Amigo da Socioeducação ao Senar Alagoas e mais 12 instituições e personalidades, que tiveram trabalho de destaque na promoção de atividades ressocializadoras voltadas para adolescentes em conflito com a lei. O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, foi representado na solenidade pela gerente técnica da instituição, Graziela Freitas.

Receber o prêmio Amigo da Ressocialização foi uma grande satisfação e um reconhecimento que valoriza o empenho em contribuir para a reintegração de pessoas à sociedade. É com muita honra que represento o Sistema Faeal/Senar nesse momento, que representa o compromisso com essa causa nobre de oferecer novas oportunidades e caminhos para aqueles que desejam reconstruir suas vidas. É um incentivo para continuar trabalhando em prol da ressocialização e reforça a importância de projetos e ações que promovam a inclusão social e o respeito à dignidade humana”, afirma Graziela Freitas.

O selo é uma forma do MPAL reconhecer os parceiros que executam boas práticas, por meio da doação de bens ou oferta de serviços, contribuindo para a consolidação do exercício da cidadania para jovens que estão nas unidades de internação masculinas e femininas em Alagoas. 

A Corregedoria Nacional do Ministério Público prestigiou o evento e reconheceu como importante esse projeto desenvolvido pela 12ª Promotoria de Justiça da capital. Na lista de órgãos e empresas homenageadas, o troféu que faz alusão ao selo foi entregue ao Senar Alagoas, à Procuradoria-Geral do Estado, ao Sesi, à ao Senac), à Secretaria de Prevenção à Violência, ao Centro de Defesa dos Direitos Humanos Zumbi dos Palmares e ao Ministério Público do Trabalho em Alagoas. 

Já como pessoas físicas, foram agraciados o professor Paulo César de Oliveira Madeiro, a promotora de Justiça Dalva Vanderlei, o superintendente de Medidas Socioeducativas, Otávio Henrique Palmeira Rêgo, à Edna Silva Lima, ao professor doutor Anderson de Alencar Menezes, à artesã Rosineide Teixeira de Carvalho.

O procurador-geral de Justiça, Lean Araújo, falou da alegria de receber todos os homenageados na sede do MPAL e agradeceu o envolvimento de cada um e cada uma: “Ajudar na promoção das garantias e direitos fundamentais dos nossos adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas só mostra o quanto esses parceiros têm plena consciência da corresponsabilidade que possuem na proteção da infância e da juventude”, afirmou ele.

Ele ainda destacou que a homenagem prestada é fundamental nessa união de forças. “Justamente por isso a instituição está materializando esse reconhecimento por meio da outorga do selo. Que, seguindo essa forma coletiva de atuação, possamos transformar a realidade daqueles jovens”, completa. 

Produtores atendidos pelo Senar Alagoas conquistam prêmios em torneio leiteiro

O Sistema Faeal/Senar participou do XVIII Torneio Leiteiro do Povoado Capelinha, em Major Izidoro, encerrado no sábado (28), que contou com a presença de muitos produtores e criadores da região. A maioria dos vencedores, tanto na categoria vaca quanto na categoria novilha, conta com a assistência técnica e gerencial do Senar Alagoas.

“É muito gratificante participar de uma festa tão importante para a cadeia produtiva do leite e saber que os primeiros colocados no torneio são atendidos pela nossa instituição”, destaca o gerente de ATeG, Sidney Rocha, que representou o Senar Alagoas no evento.

A organização do torneio contou com o técnico de campo do Senar, Thiago Costa, que atua na região. “Eu realizo um trabalho de orientação sobre diversos manejos, para que o produtor aumente sua produção de leite e, consequentemente, tenha mais lucro na sua propriedade”, explica.

O evento, que começou no dia 25, foi realizado no Parque Edon Amaral, reunindo agricultores familiares que desempenham papel importante na cadeia produtiva do leite por apresentarem animais com potencial genético. “O Sistema Faeal/Senar apoia todos os produtores rurais de Alagoas e participar de um evento como esse consolida e valoriza nossa atuação em todas as regiões do estado”, conclui Sidney Rocha.   

Curso do Senar proporciona uso de plantas medicinais pelo SUS no interior de Alagoas

As plantas medicinais são verdadeiras farmácias vivas que podem ajudar a melhorar a saúde da população com baixo custo e ainda gerar renda para os produtores rurais. Além disso, esse conhecimento que mistura ciência e sabedoria popular pode mudar a trajetória de muitas pessoas.

A história do assistente social Anderson Rafael da Silva com os fitoterápicos começou em um curso de Formação Profissional Rural do Senar sobre Plantas Medicinais. “Conheci a iniciativa por meio da mobilizadora Ivaneide Pascoal, de Palmeira dos Índios, que falou sobre a capacitação e eu me interessei para trazer para o município de Belém”, conta.

Ele então articulou institucionalmente, junto à Secretaria de Saúde de Belém, e o curso foi ofertado para 18 profissionais do município. “Após esse primeiro contato, passei a observar a existência de muitas plantas medicinais na nossa região, que podem ser usadas para produzir fitoterápicos, como o mulungu e o jatobá. Surgiu então a ideia de iniciar o projeto “Fitoterapia no SUS – a utilização de plantas medicinais na cura e prevenção de doenças”, explica.

A ação teve início em 2022, com o uso de plantas nativas e de baixo custo na produção e distribuição de produtos fitoterápicos para a população local. “Desde então, promovemos oficinas de fabricação de xarope, calmante natural, bala de gengibre e tempero natural”, informa. 

As oficinas são realizadas a partir de ações descentralizadas, que acontecem na zona urbana e na zona rural. “Como o objetivo do projeto é produzir e distribuir fitoterápicos como uma nova opção terapêutica, pensamos também que essas atividades podiam ser inclusivas e ofertamos as capacitações a portadores de doenças crônicas e pessoas com transtorno mental”, diz Anderson Rafael, que há sete anos atua na Equipe Multiprofissional da Atenção Básica em Saúde, do município de Belém. 

O xarope processado a partir do uso do jatobá combate bronquite, sintomas da asma, tosse, além de gripes e resfriados. O mulungu e a flor de camomila fornecem um calmante natural. “O mulungu tem ação antidepressiva e, por seu efeito tranquilizante, também age nos casos de síndrome do pânico, compulsões diversas, neurose e transtorno de ansiedade, associado à flor de camomila que  possui propriedade ansiolítica e calmante formam um produto  natural eficaz”, explica. 

O projeto também produz um tempero natural muito usado por hipertensos, à base de açafrão, alecrim, orégano e manjericão. Um outro produto popular é a bala de gengibre, que possui propriedades funcionais, terapêuticas e ação anti-inflamatória, indicada no alívio de desconforto na garganta, nos resfriados e gripes. 

Reconhecimento

O empenho de Anderson Rafael e da equipe do projeto já rendeu frutos fora do município de Belém. “Em abril, nosso projeto foi selecionado para participar da mostra ‘Alagoas aqui tem SUS’, quando recebemos o prêmio de terceira melhor experiência exitosa do SUS no nosso estado”, afirma.

Com o prêmio, o projeto foi selecionado para participar da mostra ‘Brasil aqui tem SUS’, em Porto Alegre. “Foi um momento muito importante, que deu visibilidade para as nossas ações e, desde então, outros municípios passaram a querer conhecer a nossa experiência”, completa. 

Mas os planos estão apenas começando. Para o futuro, a expectativa do grupo é robustecer o projeto, implantando um espaço para dispensar os produtos e viabilizar o controle de qualidade por parte dos órgãos competentes, assim como viabilizar a criação de uma “farmácia viva”, com o objetivo de promover ainda mais acesso a medicamentos fitoterápicos de qualidade, seguros e eficazes.

Papel do Senar

A instrutora do Senar Alagoas, Rizomar Lima, é uma entusiasta da medicação natural, entregando a cada curso muito conhecimento, além da sua paixão pelas plantas medicinais. “Essa formação é muito importante porque leva conhecimento sobre o tema às pessoas, que passam a se informar e, com isso, a respeitar os fitoterápicos e os benefícios que podem gerar nas suas vidas”, afirma.

Além de conhecer o poder das plantas medicinais, o curso também proporciona, a quem participa, a possibilidade de geração de renda. “O que eu tenho percebido ao longo do tempo, é o interesse das pessoas pelo aprendizado. As pessoas querem se informar cada vez mais, porque também buscam mais qualidade de vida para si e para os outros”, conta.

Segundo ela, a formação estimula a busca pela saúde e pelo bem-estar, mas também o uso da forma correta de cada planta. Ao entender como as substâncias agem no organismo, o participante do curso passa a ter mais critério ao usar medicamentos, principalmente o excesso dos produtos alopáticos observado nos dias de hoje, muitas vezes sem orientação profissional. “Tudo isso acaba sendo de grande valia para as pessoas que participam desse treinamento”, diz.

Para Graziela Freitas, gerente técnica do Senar Alagoas, os cursos de Formação Profissional Rural integram o processo educativo defendido pela instituição, que visa desenvolver conhecimento, habilidades e atitudes para uma vida no campo cada vez mais produtiva.

“O objetivo é atender às necessidades da população que vive na zona rural, sejam eles produtores, trabalhadores, integrantes de sindicatos, cooperativas, que precisam ampliar seus conhecimentos técnicos para melhorar suas competências, aumentar sua produtividade e rentabilidade e, com isso, promover mais desenvolvimento ao setor agropecuário”, explica. 

No caso específico do curso de Plantas Medicinais, a oferta visa atender às demandas sempre crescentes por mais qualidade de vida e possibilidade de obter uma nova fonte de renda no meio rural. “Com conhecimento nessa área, eles podem ter um acesso mais seguro e fazer o uso correto das plantas medicinais para a produção de fitoterápicos. Isso, ao mesmo tempo, aprimora as habilidades dos alunos, promove o uso sustentável da nossa rica biodiversidade e ajuda no desenvolvimento de uma nova cadeia produtiva que, no caso do município de Belém, chega à população de forma gratuita através do SUS”, completa a gerente.

O Ministério da Saúde encara o assunto como de interesse público e instituiu a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), que constitui parte essencial das políticas públicas de saúde, meio ambiente, desenvolvimento econômico e social para promover melhorias na qualidade de vida da população.  

As ações decorrentes dessa política são consideradas fundamentais para a melhoria do acesso da população a plantas medicinais e produtos fitoterápicos de forma orientada, segura e eficiente. São consideradas plantas medicinais, aquelas que contém substâncias com propriedades medicinais em suas folhas, flores, raízes ou cascas. 

Tais substâncias podem ter efeitos terapêuticos no organismo humano e são utilizadas para tratamento ou alívio de doenças, sintomas ou condições de saúde, desde que devidamente atestadas. O fitoterápico, por sua vez, é o produto obtido a partir de plantas medicinais. Eles podem estar disponíveis na forma de comprimidos, cápsulas, xaropes, cremes, entre outras apresentações.

O mais importante, segundo a comunidade científica internacional, é partir de uma base sólida de conhecimentos. Junto da sabedoria popular, as boas práticas aplicadas em treinamentos e capacitações podem transformar as plantas em aliadas na prevenção e na cura de diversas doenças. O “lambedor”, os chás, pomadas, óleos e extratos atravessam gerações e fazem parte da cultura de boa parte do mundo. Com conhecimento e técnica, eles podem proteger a saúde, a tradição e a natureza. 

 

Comissão Jovem realiza encontro sobre liderança no agro em Olho D’Água das Flores

A Comissão Jovem do Sistema Faeal/Senar realizou nesta sexta-feira (20), na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Olho D’Água das Flores, no Sertão alagoano, o I Encontro de Jovens Líderes do Agro. A iniciativa teve como objetivo identificar e ajudar no desenvolvimento de jovens com potencial de liderança, difundindo a cultura de liderança empreendedora no setor agropecuário.

A presidente da comissão e organizadora do evento, Karina Venâncio, explica que a ação faz parte do desafio proposto pelo Programa CNA Jovem, criado em 2014, voltado para o público de 22 a 30 que mantenha vínculo com o segmento agropecuário. “Nossa meta é atrair esse jovem para assumir um papel de protagonista no campo, já que a maioria é formada por filhos de produtores que ajudam a família nas propriedades rurais”, afirma.

A superintendente-adjunta do Senar Alagoas, Luana Torres, foi a palestrante principal do encontro, abordando o tema “A Importância da Sucessão Geracional”. “Precisamos atrair e criar mecanismos para fixar esses jovens no campo, já que as oportunidades de trabalho oferecidas pelo meio urbano acabam afastando a juventude do meio rural”, pondera.

Luana Torres também ressalta que, além de demonstrar as vantagens de continuar o legado da família no meio agropecuário, é necessário estimular a participação dos jovens nas entidades que reúnem o setor. “É importante que eles conheçam a atuação dos sindicatos rurais do município ou região, da Federação da Agricultura e Pecuária e também do Senar. Precisamos desse engajamento e dessa energia dos jovens”, diz. 

A gerente técnica, Graziela Freitas, e a supervisora de Assistência Técnica e Gerencial, Ellen Oliveira, que também integram a Comissão Jovem, apresentaram suas respectivas áreas e destacaram a importância das novas gerações no desenvolvimento das áreas rurais. A presidente Karina Venâncio, ao lado de Alef Soares e Maria Helena Miranda, que integram a comissão, falaram sobre a experiência de participar das capacitações e a importância do programa em suas vidas. O evento foi encerrado por Maria das Neves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Olho D’Água das Flores. Ela agradeceu a parceria do Senar e a presença dos jovens no encontro.

O Programa CNA Jovem já registra mais de 5 mil participantes nos 26 estados e no Distrito Federal. Por meio de capacitações realizadas pelo Senar em desenvolvimento de liderança, é possível identificar desafios e propor iniciativas que resolvam problemas apresentados em cinco áreas prioritárias: educacional, empresarial, institucional, sindical e político-partidária. A iniciativa também desenvolve diversas competências e identifica potenciais líderes na juventude.

 

Sistema Faeal/Senar e Asprovac têm reunião para alinhar futuras parcerias 

A superintendente-adjunta do Senar Alagoas, Luana Torres, acompanhada da supervisora Ellen Oliveira, participaram de uma reunião de alinhamento com o gestor técnico da Associação dos Plantadores de Cana de Açúcar da Região do Vale do Coruripe (Asprovac), Alnat Casado. O objetivo foi conhecer, de forma mais detalhada, as metodologias e sistemas adotados pelas duas instituições.

A reunião foi resultado de um encontro prévio entre os presidentes da Faeal, Álvaro Almeida, e da Asprovac, Clovis Farias Filho. “A nossa visita à sede da associação em Coruripe foi acordada entre os dois dirigentes, assim como a troca de informações entre as respectivas equipes técnicas, como etapa necessária para o prosseguimento de futuras parcerias”, afirma Luana Torres.

A Asprovac foi fundada em 2002, com a missão de oferecer assistência técnica e transferir tecnologia para os produtores associados. A equipe técnica do Sistema Faeal/Senar, além de visitar as dependências da sede, em Coruripe, também ficou conhecendo as ações desenvolvidas nos municípios de Feliz Deserto, Teotônio Vilela, São Miguel dos Campos, Jequiá da Praia, Piaçabuçu, Penedo, Igreja Nova e São Sebastião.

“A intenção é somar esforços para levar cada vez mais conhecimento técnico ao homem do campo, assim como outras ações do Senar, como os Programas de Saúde do Homem e da Mulher do Campo, os cursos de Formação Profissional Rural, de Promoção Social, assim como os atendimentos de Assistência Técnica e Gerencial que já acontecem em todas as regiões de Alagoas”, resume Luana Torres.

Grupo técnico integrado fará mobilização contra avanço da doença da bananeira em Alagoas

Um grupo multidisciplinar formado por técnicos do Sistema Faeal/Senar, Adeal e Emater vai combater, com informação e atividades em campo junto aos produtores, o avanço da sigatoka negra em Alagoas. Uma reunião entre representantes das três instituições se reuniram na manhã desta quarta-feira (18), na sede da Faeal, para definir os próximos passos dessas ações.

“Esse alinhamento é importante porque vamos capacitar agrônomos e técnicos agrícolas que atuam nas diversas regiões do nosso estado, sobretudo nas áreas mais atingidas pela doença da bananeira, para que eles possam ser replicadores dessas boas práticas junto aos produtores rurais”, afirma Luana Torres, superintendente-adjunta do Senar Alagoas.

Considerada a mais grave doença da bananeira em todo o mundo, a sigatoka negra apresenta focos em plantações do estado, despertando a preocupação de produtores, entidades do setor produtivo e órgãos estaduais, como Adeal e Emater. Onde o controle da praga não é realizado, há risco de 100% de perdas na produção.

“Precisamos trabalhar com a informação técnica qualificada, através de orientações, treinamento e capacitações para evitar a disseminação da doença que, muitas vezes, se dá no trânsito entre o campo e as cidades, por isso a importância dessas ações integradas”, diz Maria Rufino, chefe do Núcleo de Defesa Vegetal da Adeal.

Realizar corretamente o manejo de controle do fungo, que se espalha pelo ar, principalmente nas condições de temperatura e umidade alta dessa época do ano, é condição essencial para evitar o agravamento da situação. 

“Só a orientação técnica pode ajudar na identificação de possíveis focos, evitando com isso que a doença se propague pelas diversas regiões. Temos bananeiras em todo estado, por isso precisamos capacitar técnicos das regiões afetadas e também daquelas que ainda não têm registro da doença”, explica Fátima Figuêiredo, chefe do Programa Estadual de Educação Sanitária da Adeal.

A superintendente-adjunta do Senar, Luana Torres, colocou à disposição as dependências da instituição para as capacitações dos técnicos e supervisores. “Nós temos total interesse em orientar da melhor forma possível os produtores alagoanos, através das visitas mensais, rodas de conversa e dia de campo previamente agendado”, diz.

Ela também colocou à disposição do grupo, técnicos que já atuam nas áreas afetadas para as capacitações práticas, a exemplo da região de Porto Calvo, no Litoral Norte, atendida pelo técnico de campo Laécio Almeida. A reunião de hoje contou ainda com a participação da agrônoma Jane Cléa e da zootecnista Wendylane Neves, ambas da Emater.