O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – encerrou mais uma edição do Programa Alfabetização de Jovens e Adultos. Nessa terça-feira, 20, a coordenação do programa reuniu os professores na sede da instituição, em Maceió, para uma avaliação final de todo o trabalho desenvolvido desde o último mês de maio, em nove municípios: Arapiraca, Igaci, Igreja Nova, Major Isidoro, Mata Grande, Palmeira dos Índios, Poço das Trincheiras, Porto Real do Colégio e Santana do Ipanema.
“Ouvimos os depoimentos dos professores para saber como foi a evolução dos estudantes, o sucesso das turmas, e ficamos muito felizes com os resultados. Por mais dificuldades que os alunos tenham, até porque trabalham de dia e estudam à noite, eles conseguem, em seis meses, assinar o nome em transações bancárias, contratos de trabalho e outras documentações. Para quem não tinha qualquer noção de letras e números, é um grande avanço”, avalia a coordenadora do programa, Graziela Freitas.
A Alfabetização de Jovens e Adultos é fruto de uma parceria entre o Senar AL e o Sebrae, por meio do programa Sertão Empreendedor. Voltado para pessoas que não sabem ler nem escrever, o curso tem uma carga horária de 300 horas e é dividido em quatro módulos: Português, Matemática, Estudos Sociais e Ciências. Os professores são selecionados pelo Senar e pelos sindicatos rurais dos municípios.
Tamires Patrícia da Silva ministrou aulas no município de Arapiraca. Para ela, a experiência foi exitosa. “Eu não esperava conquistar a turma e no último dia os estudantes me pediram pra inseri-los em novos cursos, alegando que aprenderam coisas novas, pois não sabiam nada de matemática, nem mesmo o que é uma vogal ou consoante. Hoje eles sabem. Foi muito bom ouvir alunos dizendo ‘como é bom fazer o nome’ e assinar uma lista de presença direitinho”, diz a educadora.
Proprietários e possuidores a qualquer título de imóvel rural podem emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) do exercício de 2017. O documento foi disponibilizado pelo Incra no último dia 4 de dezembro e, desde então, já foram emitidos mais de 973 mil certificados.
O documento pode ser acessado via internet nos portais do Incra, da Sala da Cidadania e do Cadastro Rural. O CCIR também pode ser emitido presencialmente nas superintendências regionais ou unidades avançadas do Incra, bem como nas Salas da Cidadania e Unidades Municipais de Cadastramento (UMC) em cidades nas quais a autarquia e a prefeitura firmaram acordo de cooperação para atendimento ao público.
O sistema permite a emissão do certificado com o preenchimento dos dados em computador com acesso à internet. Após o preenchimento, será emitido o documento e gerado boleto de Guia de Recolhimento da União (GRU) da taxa cadastral. O CCIR só será validado após o pagamento da taxa na rede de atendimento do Banco do Brasil. O CCIR 2017 substitui os certificados dos exercícios anteriores e, caso haja pendências, o sistema calcula automaticamente o valor a ser pago, acrescido de juros e multas.
Em 2017, como forma de melhorar a qualificação da gestão territorial, o Incra passou a emitir o certificado anualmente. Outra novidade ficou por conta da adição de mapa com ilustração dos perímetros da propriedade no próprio CCIR, no caso de imóveis georreferenciados e certificados.
CCIR: para que serve
O CCIR é fornecido pelo Incra para comprovar o cadastro do imóvel rural no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), sistema do governo federal de responsabilidade do instituto, que reúne informações cadastrais de imóveis rurais em todo o território brasileiro.
É indispensável para quem precisa ou deseja desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda sua área, utilizar como garantia para tomada de crédito rural e ainda para homologação de partilha amigável ou judicial em espólios (sucessão por causa mortis).
Sem a apresentação do documento, os detentores a qualquer título de imóvel rural, não poderão, sob pena de nulidade, realizar as mencionadas operações junto aos cartórios e instituições bancárias.
Mais informações sobre o CCIR no portal do Incra. Consulte também as superintendências regionais e unidades avançadas do instituto nos estados, as Salas da Cidadania e Unidades Municipais de Cadastramento (UMC) em diversos municípios, bem como pelos telefones (61) 3411-7370 ou 3411-7380.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas vai reativar a Comissão da Cana-de-Açúcar em atendimento ao pedido de um grupo de produtores de Teotônio Vilela, Coruripe e região, que procurou o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, nessa segunda-feira, 12, para pedir o apoio da instituição.
“Estamos buscando uma representatividade política e técnica junto ao Estado de Alagoas, para tentar solucionar algumas dúvidas dos fornecedores e melhorar a cadeia como um todo”, diz Vinícius Cansanção, produtor de Teotônio Vilela.
Para os produtores, a principais dificuldades estão relacionadas à política de estabelecimento de preços. “É importante buscarmos informações em outros estados que estão mais avançados, por isso, pensamos na Federação como uma entidade que pudesse ter acesso mais fácil e trazer essas experiências para que possamos tentar melhorar um pouco esse sistema de remuneração da cana-de-açúcar aqui em Alagoas”, comenta Cansanção.
“Vamos reativar a comissão para que ela exerça a sua função, que é a procura da defesa da lavoura canavieira junto aos órgãos competentes, isso sem ir de encontro a qualquer outra entidade que represente os fornecedores de cana do Estado de Alagoas. A nossa comissão, naturalmente, ajudará para que essa defesa do produtor seja mais frequente”, garante Álvaro Almeida.
Segundo o presidente da Faeal, a intenção é definir uma diretoria e eleger um conselho, para que a comissão tenha um valor colegiado. “Tudo com o referendo da presidência da Federação da Agricultura, que não fará nada que não esteja de acordo com o seu estatuto e atividades”, conclui Álvaro.
Evento reúne produtores, técnicos, pesquisadores e estudantes
Produtores rurais, técnicos agrícolas, pesquisadores e estudantes participam hoje (12) e amanhã (13) do Seminário Alagoano de Produção de Grãos 2018. O evento acontece no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, e é uma realização do Governo de Alagoas em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado – Faeal –, o Sebrae AL e a Embrapa, entre outras instituições. Com 12 palestras na programação, o seminário aborda as inovações da agricultura voltadas ao cultivo de grãos.
O presidente da Emater Goiás, Pedro Arraes, ministrou a palestra de abertura, sobre o futuro do agronegócio no mundo. Outros palestrantes, de diversas regiões, abordam assuntos relacionados à rotação de cana-de-açúcar com soja; mercado de grãos; integração lavoura, pecuária e floresta; nutrição na cultura da soja; métodos de irrigação em grãos; agricultura de precisão, manejo do solo para altas produtividades de soja, entre outros temas. “Esse evento promove a troca de conhecimentos a partir de algumas experiências exitosas de todo o país, que nós trazemos a Maceió por sugestão dos próprios participantes da Comissão de Grãos do estado”, explica Vânia Brito, gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae em Alagoas.
Álvaro Almeida: “Produção de soja e milho contribuirá cada vez mais com o desenvolvimento de Alagoas”
Para o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, o seminário ganha ainda mais importância pelo momento em que vive a agricultura alagoana, em que os espaços deixados pela cana-de-açúcar vêm sendo absorvidos pelos grãos. “Essa discussão já existe desde a época em que o nosso ex-secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, era presidente da Associação dos Criadores. Agora, no governo Renan Filho, ganhou mais força. A produção de soja e milho aumentou, já contribui e certamente contribuirá cada vez mais com o desenvolvimento socioeconômico de Alagoas, sobretudo, na geração de emprego e renda”, avalia.
Henrique Soares: “Desde 2015, tivemos aumento de 3000% na lavoura de soja e de 400% na de milho”
“Alagoas está em processo de diversificação de culturas e nós temos trabalhado para levar tecnologias e processos inovadores para o campo. De 2015 até hoje, tivemos um aumento na ordem de 3000% na lavoura de soja e de 400% na de milho. Neste período, além de importar tecnologias, nós as validamos para que o produtor tenha acesso com a expressão real de cada tecnologia e o seu potencial em nosso território. Já foram implementadas pesquisas com mais de 50 variedades de soja e cem de milho”, ressalta Henrique Soares, secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura.
Produtores
Vânia Brito, do Sebrae AL, ressalta que temas e palestras são sugeridos pelos produtores locais
Há quatro anos, Sérgio Papini produz soja na Surubana, propriedade localizada na região norte de Alagoas. A produção é escoada para estados vizinhos ou para exportação, por meio de navios que saem carregados do Oeste da Bahia. “A soja tem uma característica interessante. Diferentemente de outras culturas, ela fixa nitrogênio no solo e faz com que ele se enriqueça em matéria orgânica. No quarto ano, tivemos uma produtividade de 62,5 sacas por hectare, apesar das dificuldades climáticas, mas ainda precisamos aprender a calibrar as melhores variedades para cada região”, diz o produtor.
Eduardo Simonetti, do Mato Grosso, e o alagoano Sérgio Papini comemoram resultados da produção de soja
A possibilidade de produzir grãos a custos mais baixos e revendê-los a preços mais atrativos fez com que Eduardo Simonetti, do Mato Grosso, investisse em terras alagoanas. Hoje, com mil hectares divididos em plantações de milho e soja, ele comemora os resultados de um trabalho de cultivo iniciado em março. “O clima não foi muito propício este ano, mas nós vamos conseguir cobrir os investimentos, o que não acontece em uma área de primeiro ano de grãos no Centro-Oeste. Estou muito feliz e já preparando a terra para 2019, que, se Deus quiser, será bem melhor”, vislumbra.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL – promoveu mais um dia de ações dos programas de Saúde da Mulher e do Homem nesta sexta-feira, 9. As atividades aconteceram no município de Mar Vermelho, agreste alagoano. Os programas têm o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população do campo.
As ações se concentraram na Creche Maria Odete e na Unidade de Saúde Humberto Gomes de Melo. Cerca de 120 homens assistiram à palestra sobre câncer de próstata, ministrada pelo urologista Mário Ronalsa, fizeram os exames de PSA e toque. Já as mais de cem mulheres foram orientadas sobre câncer de mama e colo do útero e passaram por exames de citologia. Houve também testes rápidos de glicemia, diabetes, sífilis e HIV.
Agricultores fizeram PSA
Todo o trabalho foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Mar Vermelho. “Esses programas do Senar são de suma importância, principalmente, para os homens e mulheres do campo, que muitas vezes não têm acesso a momentos como este. Nós já realizamos um trabalho preventivo, todos os dias, e o Senar e a Faeal chegam para agregar e fortalecer as nossas ações”, afirma a prefeita do município, Juliana Almeida.
“Estamos cumprindo com a nossa obrigação e reiterando o nosso compromisso, não só com o desenvolvimento socioeconômico da população rural, mas também com a saúde do homem e da mulher do campo”, enfatiza o presidente do Conselho de Administração do Senar AL e presidente da Faeal, Álvaro Almeida.
Ação da Prefeitura une outubro rosa e novembro azul
Ex-presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer e recém-eleita deputada estadual por Alagoas, Fátima Canuto acompanhou as ações de saúde em Mar Vermelho. “É fundamental que a população rural tenha acesso às informações sobre a importância da detecção precoce, tanto do câncer de mama, quanto de próstata. E é muito bom ver a participação de muitas mulheres e dos homens também, que estão vencendo o preconceito e se cuidando”, observa.
Aos 68 anos, o agricultor José Pedro dos Santos aproveitou o programa de saúde do Senar AL para refazer o PSA e o exame de toque. “Um trabalho desse é maravilhoso para o homem. Não sinto nada, mas, de qualquer maneira, tenho que me cuidar. Se todos os homens pensassem como eu, o câncer de próstata diminuiria muito”.
Juliana Almeida: “Parceria do Senar fortalece ações da Prefeitura”
Acompanhada do marido de da filha pequena, a autônoma Larissa Santos, 21 anos, aproveitou o programa do Senar AL para fazer a citologia. “Quanto mais cedo a gente se cuidar, melhor a gente vai ficar no futuro, com mais saúde para o resto da vida”, diz.
Presidente da Faeal, Álvaro Almeida, entre o diretor-presidente da Adeal, Ironaldo Monteiro, e assessor de Gestão Interna, Everaldo Rosa
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, mobiliza os produtores para que vacinem seus rebanhos durante a segunda etapa da campanha contra a febra aftosa de 2018, obrigatória para bovinos e bubalinos com até dois anos de vida. A etapa segue até o final deste mês.
“Nós estamos juntos nessa luta contra a aftosa, porque ninguém sozinho consegue superar as dificuldades. Se todos os produtores vacinarem os seus rebanhos nesta segunda etapa de 2018, na primeira de 2019 – em que 100% dos animais deverão ser vacinados – e na segunda, em novembro do ano que vem, para os animais com 24 meses de vida, nós alcançaremos o status de zona livre sem vacinação em 2020”, afirma Almeida.
De acordo com dados da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), deverão ser vacinados, nesta etapa, apenas 500 mil animais em todo o Estado. A Adeal informou, ainda, que todos os produtores, independentemente de terem animais vacinais nesta etapa, devem comparecer aos escritórios da agência de defesa agropecuária para atualizar os dados cadastrais e o rebanho.
Segundo a agência de defesa agropecuária, na primeira etapa da campanha, realizada em maio passado e onde todos os animais foram vacinados, foi registrada uma cobertura vacinal de 95,56% do rebanho que era superior a um milhão de animais.
Colaboradores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – participaram, na última sexta-feira, 30 de outubro, de uma palestra de integração promovida pela Administração Central do Senar, por meio do Programa de Nivelamento das Regionais. O objetivo é criar e desenvolver ações de nivelamento e fortalecimento dos serviços prestados e das atividades desenvolvidas pelas administrações regionais, para garantir que o produtor e o trabalhador rural recebam serviços com qualidade e excelência.
A partir do Programa de Nivelamento, a Administração Central do Senar faz um diagnóstico institucional de cada regional, traça um plano de melhorias, monitora a execução e avalia os resultados. “Nós sabemos que as regionais já prestam bons serviços para os produtores e trabalhadores do campo, mas a ideia é estar sempre melhorando, para aumentar a produtividade, gerar renda e evitar o êxodo rural”, ressalta Ivo Jacó, coordenador do programa.
Durante todo o dia, os colaboradores do Senar AL participaram de dinâmicas de integração, oficinas, receberam informações sobre o Sistema CNA, o Senar, e assistiram a uma palestra com o tema “Pessoas, processos e responsabilidades”, ministrada por Ivo Jacó. “Hoje, nós temos profissionais com 25 anos de casa e outros que chegaram há dois meses, e o aprendizado é para todos, por meio dessa interação, troca de conhecimentos e fortalecimento das relações. Isso é muito importante”, afirma o superintendente do Senar em Alagoas, Fernando Dória.
“É preciso que todos entendam que o sucesso do Senar é o resultado de um esforço coletivo, em que cada colaborador, independentemente do cargo que ocupe, tem participação decisiva”, comenta o presidente do Conselho de Administração do Senar em Alagoas, Álvaro Almeida.
Recém-chegada ao Senar AL, a analista de Controle Interno Adriana Loiola avaliou como positivo o dia de aprendizado. “Além de ampliar a nossa visão sobre o Sistema CNA, o Programa de Nivelamento promoveu a integração e nos mostrou que todos nós dependemos uns dos outros. Somente juntos, conseguiremos atingir os nossos objetivos”, diz.
Após 25 anos de serviços prestados ao Senar AL, a secretária da Presidência, Rosângela Lins, também reconhece a importância da iniciativa da Administração Central. “O Programa de Nivelamento retrata a necessidade de integração entre as regionais, seja na política de atuação, seja no alinhamento do discurso para o fortalecimento do sistema em todo o país, resultando no aprimoramento dos serviços prestados à população rural”, avalia.
Visita à barragem construída pelo Senar AL e Sebrae
“Planto o que quero, a qualquer época do ano, porque tenho água armazenada no poço da barragem. Não é para juntar dinheiro. É para sobreviver. Água, para nós, é vida”, diz o agricultor Edésio Melo, o “Seu Dedé”. Aos 56 anos, ele produz hortaliças e revende para merenda escolar e nas feiras livres de São José da Tapera, cidade onde mora, e outros três municípios do sertão alagoano. Independentemente da força da seca, a horta de Seu Dedé está sempre irrigada, graças a uma barragem subterrânea, solução simples, barata e capaz de garantir a produtividade e o sustento das famílias no campo.
Seu Dedé explica como as barragens sustentam famílias no Sertão
Seu Dedé construiu a primeira barragem subterrânea há uma década. A estrutura, capaz de armazenar 750 milhões de litros d’água, foi erguida manualmente e durou um ano para ser concluída. Em seguida, veio a segunda barragem, com capacidade para 25 milhões de litros. Todo o esforço foi recompensado. Hoje, o agricultor cultiva cerca de 90 tipos de plantas, entre hortaliças, medicinais e frutíferas, em 66 canteiros, 50 deles de 30 metros e os demais de 8m. “Do dia 15 de maio de 2008 até hoje, graças a Deus, eu venho arrumando a minha bóia e a da minha família. Nós somos seis pais de família e vivemos graças à produção dessas barragens subterrâneas”, comemora.
A experiência se ramificou. Capacitado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Regional Alagoas –, Seu Dedé agora auxilia na construção de outras barragens subterrâneas para beneficiar mais famílias na região. Cerca de 15 já foram construídas, uma delas, no povoado Olho D’água do Padre, por meio do convênio Sertão Empreendedor, firmado entre o Senar AL e o Sebrae. O investimento básico foi de R$12 mil.
“Os nossos técnicos de campo avaliaram, entre cinco municípios da região, qual seria o mais beneficiado. Depois, nós capacitamos a comunidade com um curso teórico, para mostrar a importância da barragem subterrânea, e prático, sobre aquisição dos materiais, todos custeados pela parceria Senar e Sebrae. Em seguida, contratamos serviços de maquinários, pedreiros, serventes, e deixamos uma unidade pronta para o benefício da população”, relembra Luana Torres, engenheira agrônoma do Senar AL.
Oásis no Sertão: áreas beneficiadas pelas barragens se destacam em meio à seca
Para o presidente do Conselho de Administração do Senar em Alagoas, Álvaro Almeida, é importante que o poder público invista nas barragens subterrâneas. “Temos aqui, em São José da Tapera, a prova de que é possível, com poucos recursos financeiros, garantir a produtividade e a permanência do homem do campo, mesmo nas regiões mais secas. Nós, que integramos o setor produtivo, faremos uma interlocução com o Governo do Estado, para que incentive a construção de outras barragens no sertão alagoano”, afirma.
Como funciona A barragem subterrânea retém a água da chuva que escoa em cima e dentro do solo, por meio de uma parede construída dentro da terra e que se eleva a uma altura de cerca de 50 centímetros acima da superfície, no sentido contrário à descida das águas. Escava-se uma vala no sentido transversal das descidas das águas até a rocha ou camada impermeável. Depois, estende-se um plástico de polietileno por toda a extensão da vala, que em seguida é fechada com terra. O plástico funciona como uma parede impermeável e um sangradouro é feito para eliminar o excedente de água, em dias de chuva torrencial. Como uma vazante artificial temporária, a barragem subterrânea mantém o terreno úmido por um período de dois a cinco meses após a época chuvosa. Pode ser construída em leito de rio e riacho, córregos, linhas de drenagem, e o custo varia de acordo com as condições locais.
Em dezembro, encerra-se o prazo para regularização de dívidas rurais no Banco do Nordeste. Produtores com operações enquadráveis nos dispositivos legais em vigor (Lei 13.340/2016 e Lei 13.606/2018) podem garantir descontos que vão até 95% sobre o saldo devedor. O benefício vale para liquidação de dívidas contratadas até 2011, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Já se o produtor quiser renegociar, o prazo para pagamento pode estender-se a 2030, iniciando as parcelas em 2021.
O total regularizado já supera os R$ 10,3 bilhões. Mais de 300 mil operações foram regularizadas com agricultores dos Estados nordestinos e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Dessas repactuações 137,5 mil foram realizadas com a opção de liquidação de toda a dívida. Ao todo, 92% das renegociações foram efetivadas com miniprodutores rurais, incluindo beneficiários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Alagoas Em Alagoas, já foi regularizado mais de R$ 528 milhões em dívidas rurais, distribuído em 11.657 operações e beneficiando cerca de 47 mil pessoas somente no Estado.
Atendimento O BNB possui 292 agências distribuídas em todo o Nordeste, além do norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo. A instituição possui mais de 4 milhões de clientes. Somente em 2018, o Banco do Nordeste já aplicou na economia regional volume superior a R$ 23 bilhões, envolvendo operações de longo prazo e microcrédito.
Quem deseja mais informações sobre as condições de renegociação ou liquidação de dívidas pode procurar uma unidade da rede de agências ou entrar em contato pelo número 0800 728 3030.
O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (LAPIS) realiza, de 5 a 7 de novembro, o Seminário “Gestão dos Riscos de Secas no Brasil” e o Treinamento Avançado “Tecnologias de Sensoriamento Remoto para Monitoramento de Secas”. Os eventos acontecem no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Alagoas, no Campus A. C. Simões. O objetivo é capacitar profissionais para terem maior autonomia no monitoramento das condições de secas e na avaliação dos seus impactos em diferentes ecossistemas, utilizando dados como precipitação, umidade dos solos e índice de vegetação, especialmente do Sistema EUMETCast África.
Pio Guerra Júnior, presidente da Faepe, é um dos palestrantes. (Foto: Senar PE)
Os eventos contam com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (FAEAL) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar AL). São voltados para profissionais de instituições regionais, estaduais, federais e internacionais interessadas em usar o Sensoriamento Remoto para monitorar as secas, e de organizações dos setores público e privado envolvidas na gestão e monitoramento ambiental ou focadas principalmente em pesquisa.
Os participantes terão a oportunidade de dialogar com profissionais que desenvolvem experiências exitosas na gestão das secas no Nordeste brasileiro e com especialistas nas tecnologias mais avançadas de Sensoriamento Remoto para o monitoramento das secas. O presidente da Federação da Agricultura do Estado de Pernambuco (Faepe), Pio Guerra Júnior, abrirá o seminário com a palestra sobre o Fórum Permanente de Convivência Produtiva com as Secas, um ambiente de conhecimento, estudos e proposições indispensável ao planejamento econômico do Nordeste.
O Seminário acontece no dia 5 e é aberto ao público. Já para participar do treinamento, nos dias 6 e 7, é preciso fazer a inscrição, no valor de R$120 para profissionais ou R$80 para estudantes. As inscrições podem ser feitas somente até o dia 2 de novembro, no site do evento, onde a programação completa também está disponível.