Senar promove assistência técnica para produtores de Girau do Ponciano

Maria Eduarda Xavier*

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – está beneficiando pequenos produtores do município de Girau do Ponciano, no agreste do estado, por meio do Programa Agronordeste. O trabalho começou com um grupo de 30 bovinocultores de leite e mais dois grupos estão sendo mobilizados, nas áreas de piscicultura e apicultura.

Ao todo, 90 famílias devem ser assistidas. Com duração média de 2 anos, o programa oferece assistência técnica e gerencial, com a visita mensal de técnicos de campo às propriedades. O objetivo é promover melhorias nas técnicas de manejo de animais e culturas na gestão em ambiente rural.

Para o secretário de Agricultura de Girau do Ponciano, Maciel Oliveira, a parceria entre o Senar Alagoas e o município vem trazendo qualidade de vida aos produtores e familiares. “Nós sempre buscamos os serviços do Senar por ser uma referência de qualidade. Com o lançamento do Programa Agronordeste, enxergamos a oportunidade de prestar assistência técnica e gerencial para esses pequenos produtores”, observa.

“As expectativas com a formação das novas turmas de piscicultura e apicultura são muito boas em virtude do sucesso que o grupo de bovinocultura de leite está apresentando, com ótimos resultados”, comenta Sidney Rocha, supervisor de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG – do Senar Alagoas.

Parceria
O trabalho de assistência técnica e gerencial do Senar Alagoas, tanto pelo programa Agronordeste, iniciativa do Governo Federal, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – e Anater, quanto por programas locais se dá em parceria com prefeituras e sindicatos rurais, para grupos de 30 produtores de uma mesma cultura.

As secretarias de agricultura dos municípios ou sindicatos rurais podem entrar em contato com o Senar por meio do telefone (82) 3217-9826 – atendimento das 8h às 14h – ou enviar e-mail para luana@senar-al.org.br.

* Estagiária sob supervisão.

Senar e Sebrae firmam convênio para desenvolver a fruticultura e horticultura em Alagoas

Nova parceria beneficiará quase 2 mil pequenos produtores e familiares com capacitação técnica, formação profissional rural e inovação

Gestores do Senar e Sebrae discutem convênio em videoconferência

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – e o Sebrae Alagoas firmaram um novo convênio com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas da fruticultura e horticultura nas regiões do Sertão, Agreste e Zona da Mata do estado. Batizado de Agronordeste Alagoas, o programa é voltado para 210 pequenos negócios, agroindústrias, cooperativas e empreendimentos rurais e urbanos com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. O prazo de execução é de 27 meses.

Ao todo, 1.965 pequenos produtores rurais e familiares serão beneficiados com capacitação técnica e gerencial, ações de formação profissional rural – para agregar valor à produção e estimular a inserção nas compras governamentais e no mercado privado –, e por meio da metodologia do Programa Negócio Certo Rural, parceria do Senar e do Sebrae que ensina o produtor a empreender, desenvolver e administrar a propriedade como uma empresa rural.

“A proposta é trabalhar não somente as propriedades rurais, mas os importantes elos das cadeias produtivas, como as pequenas empresas de beneficiamento, transformação, insumos e agregação de valor da produção rural, a exemplo dos bares, restaurantes, mercados, lojas especializadas e empresas de serviços que vendem e compram essa produção. O eixo norteador dessa integração será definido por meio de estratégias de mercado e ferramentas de inovação, competitividade e sustentabilidade”, explica Álvaro Almeida, presidente do Conselho de Administração do Senar Alagoas.

A base para o desenvolvimento econômico e social também está associada ao crescimento de outros segmentos da economia como o industrial, comércio e o de serviços. O turismo, a economia criativa e o artesanato se inserem neste ecossistema. O convênio tem também como propósito contribuir para elevar os patamares econômicos e sociais por meio de investimentos em ações de inovação e tecnologia que otimizem e potencializem processos produtivos e novos negócios, e aproximem os elos destas cadeias produtivas.

Inovação
Segundo a analista de Competitividade e Desenvolvimento do Sebrae Alagoas, Vânia Britto, a inovação será um fator de diferenciação nas ações do convênio, com a identificação de regiões potenciais para produção de frutas e hortaliças, a introdução de tecnologias sociais para incremento da produção – a exemplo da implantação de barragens subterrâneas, dentre outras –, bem como a inserção de novos produtos no mercado.

“A ideia é iniciar com capacitações técnicas nestas atividades e com capacitações em gestão e empreendedorismo, para que os produtores com perfil empreendedor possam pensar sua propriedade como um negócio e, no decorrer do programa, ter acompanhamento técnico e gerencial. Neste sentido, trabalharemos com indicadores de desempenho operacional, produtividade e lucratividade, para que seus negócios possam ter uma modificação estrutural e consigam, portanto, sua independência no longo prazo. Adicionalmente, o projeto busca o fomento de novos produtos, serviços e processos e a abertura de novos mercados para os agricultores”, destaca Vânia.

Indicadores
As ações do Agronordeste Alagoas estão focadas na inserção competitiva dos produtores, cooperativas ou associações. O objetivo é que eles possam obter autonomia e incremento de faturamento com a conquista de novos mercados. O programa inclui 15 ações de Negócio Certo Rural, 85 cursos práticos nas áreas de formação profissional rural e agroindústria e a orientação técnica e gerencial de 210 produtores. Os cursos serão realizados com turmas reduzidas e seguindo todos os protocolos de prevenção à Covid-19 preconizados pelas autoridades públicas de saúde.

Entre os indicadores, o programa prevê o aumento de 10% na produtividade dos empreendimentos rurais e na lucratividade total do grupo de empresas atendidas; o crescimento em 10% na participação dos pequenos negócios nas compras governamentais de Alagoas; além de produtos, serviços ou processos novos e aperfeiçoados em pelo menos 30% das empresas beneficiadas.

O Agronordeste Alagoas prevê, ainda, a inserção de tecnologias sociais, com a capacitação das comunidades para a construção de barragens subterrâneas em regiões identificadas como potenciais para a produção de frutas e hortaliças. Dez barragens serão construídas por meio do programa.

Agronordeste: bovinocultores de leite de Major Izidoro aumentam lucro mensal em até 650%

Alguns produtores do município de Major Izidoro vêm mudando hábitos antigos, adotados na bovinocultura de leite, graças à assistência técnica e gerencial do Programa Agronordeste, executada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas.

Com acompanhamento mensal e a elaboração de um plano estratégico, a realidade da atividade leiteira vem melhorando a cada dia. O planejamento dá ao produtor rural a capacidade de traçar metas e ter o controle de toda a produtividade do seu rebanho. A partir da adoção de novas práticas, o bovinocultor já observa melhorias na economia da propriedade.

Há registros de produtores que aumentaram o lucro mensal de R$ 1,2 mil para R$ 9 mil, e de R$ 4 mil para R$ 10 mil. Tudo isso como resultado de pequenas mudanças adotadas em cinco meses de assistência.

“Outro fator que contribuiu para o aumento da renda dos bovinocultores foi a valorização do litro do leite, que no início da pandemia chegou a custar menos de R$ 1,00 – com restrição de repasse somente em uma ordenha diária – e hoje está em torno de R$ 1,70, com repasse das ordenhas da manhã e da tarde”, explica a zootecnista Edivânia Salvador, técnica de campo do Senar Alagoas.

Desde o início do trabalho em Major Izidoro, as seguintes medidas foram adotadas e incluídas no plano estratégico de cada propriedade: melhor controle reprodutivo das vacas e novilhas; secagem de vacas; controle leiteiro; seleção de animais por produção; e medidas de higiene (adoção de boas práticas de ordenha; ambientes arejados que proporcionem bem-estar para os animais e para o ordenhador).

Com as indicações necessárias, os produtores rurais passaram a ter uma visão empresarial do seu negócio e a observar os resultados positivos gerados com o emprego da gestão e o controle na propriedade.

 

Pesquisa sugere cardápios forrageiros para o semiárido de Alagoas

O Programa Forrageiras para o Semiárido – Pecuária Sustentável acaba de divulgar o Boletim Técnico 2020 da Unidade de Referência Tecnológica (URT) localizada no município de Batalha, em Alagoas. O objetivo do documento é fornecer informações que auxiliem o produtor rural a escolher as plantas forrageiras mais adequadas para o seu sistema de produção.

O boletim sugere um cardápio forrageiro elaborado a partir das características físicas e químicas do solo e da avaliação do clima durante os últimos dois anos. Leva em consideração a precipitação, temperatura e umidade relativa do ar, além do teor de água no solo. O cardápio engloba três elementos principais: reserva forrageira (silagem), área de pasto resistente à seca e poupança forrageira na forma de palma. A combinação pode conter, ainda, árvores que servem de alimento e sombra para os animais.

“A utilização do cardápio forrageiro traz como vantagens a ampliação da quantidade de forragem disponível na propriedade, fazendo o melhor aproveitamento da área; o aumento na qualidade da forragem por meio do uso de fontes ricas em proteína e materiais que mantém esse qualidade mesmo na época seca; e a redução de risco de perda de lavoura forrageira por ataques de pragas e doenças, diante da diversidade de épocas e tipos de cultivos”, explica a engenheira agrônoma do Senar Alagoas, Luana Torres.

“Aproveitar o melhor de cada grupo de plantas, cujas potencialidades se somam permitindo autonomia dos produtores no processo de produção do alimento é a contribuição mais relevante para viabilizar a pecuária em qualquer sistema de produção do semiárido, independentemente do tamanho da propriedade”, ressalta o responsável técnico pela URT de Batalha, Alexis Wanderley.

Cardápios forrageiros
Ao todo, 16 plantas foram testadas – seis para produção de silagem, outras seis para a implantação de pasto e quatro tipos de palma para poupança forrageira. Para os sistemas mais extensivos, em que a propriedade tem por base grandes áreas de pastagem e o foco é aumentar a produção do pasto, mas há pouca disponibilidade de área com condições ideais para plantio de forrageiras, ou o produtor não dispõe de recursos financeiros, maquinário e nem mão de obra suficiente para investir na produção de forragem, o estudo recomenda a utilização do Milheto BRS 1501 para silagem, Búfell Áridus para implantação de pasto e Orelha de Elefante Mexicana para poupança forrageira.

Para sistemas semi-intensivos, em que a propriedade realiza a manutenção do rebanho no pasto apenas no período chuvoso e faz o confinamento na estiagem, com alimentação do rebanho à base de silagem e fornecimento de palma forrageira no final da época seca, o boletim técnico recomenda a utilização de Sorgo Ponta Negra para silagem, Andropogon para pasto e Ipa Sertânia para poupança forrageira.

Já no caso dos sistemas intensivos, que utilizam o pasto, mas não dependem dele, pois são produzidos grandes volumes de silagem ou dispõe-se de um palmal extenso e adensado, o estudo recomenda a utilização de Milho BRS 2022 para silagem, Massai para pasto e palma Miúda para poupança forrageira.

Além das informações detalhadas sobre solo, clima e desempenho de todas as plantas testadas na URT de Batalha, o Boletim Técnico 2020 do Programa Forrageiras para o Semiárido traz orientações sobre preparo de solo, época de plantio, de colheita e tratos culturais, entre outras. Para acessar o documento na íntegra, clique aqui.

Aplicativo
O Programa Forrageiras para o Semiárido é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – por meio do Instituto CNA – e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). As pesquisas acontecem em 13 Unidades de Referência Tecnológicas distribuídas no semiárido Brasileiro, o que inclui todos os estados do Nordeste e o norte de Minas Gerais.

Em Alagoas, o projeto conta com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL – e do Governo do Estado, que cedeu uma área do Parque de Exposições Mair Amaral, em Batalha, para a realização das pesquisas.

O projeto avalia o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido para recomendação de novas opções de fonte de alimento para os rebanhos. Além disso, oferece o aplicativo Orçamento Forrageiro, ferramenta móvel que auxilia o produtor no processo de planejamento alimentar dos recursos forrageiros dos diversos sistemas de produção. O aplicativo está disponível nas plataformas Android e IOS.

Faculdade CNA chega a Alagoas

Instituição está com inscrições abertas para cursos de graduação EaD para o agronegócio

A Faculdade CNA está com inscrições abertas para a seleção dos cursos de graduação a distância em Gestão do Agronegócio (3 anos), Gestão Ambiental (2 anos), Gestão de Recursos Humanos (2 anos) e Gestão de Processos Gerenciais (2 anos). Todos os cursos têm foco no setor agropecuário.

Para o primeiro semestre de 2021 a instituição abriu novos polos de ensino, incluindo o Polo Maceió. Agora são 40 distribuídos pelos estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins.

São três formas de ingresso na Faculdade CNA: quem já é graduado participará da seleção por meio de análise documental. Os demais podem utilizar o boletim do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) – com nota igual ou superior a 250 pontos ou ainda optar pelo vestibular online por meio de prova de Redação.

Embora os cursos de graduação sejam a distância, no momento da inscrição os candidatos devem escolher um dos 40 polos de educação a distância.

A mensalidade custa R$ 179. Para ler o edital e realizar a inscrição, acesse: www.faculdadecna.com.br.

 

Senar Alagoas capacita costureiras de Craíbas pelo Programa Mulheres em Campo

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – está capacitando costureiras do município de Craíbas, no agreste do estado, por meio do Programa Mulheres em Campo. Ofertado numa parceria com a Prefeitura de Craíbas, o programa desenvolve competências de empreendedorismo e gestão, orienta na descoberta do potencial de cada participante, ensina a planejar e a transformar uma atividade em negócio.

“O programa conscientiza essas mulheres para que elas tenham o próprio negócio. As alunas aprendem a vender produtos de qualidade, lidar com o cliente, contabilizar as despesas e os lucros para ter a própria renda”, destaca a instrutora do Senar Alagoas, Cícera Nascimento.

Aos 56 anos, a costureira Maria Gorete Gomes da Silva diz que o curso agrega muitos conhecimentos. “Aprendi a fazer planejamento, diferenciar produtos, calcular preços. Isso é a base de tudo. Pretendo colocar meu negócio e, como já faço costura para fora, o Programa Mulheres em Campo me ajuda a saber como administrar e desenvolver o meu trabalho, a ampliar a visão para o futuro”, diz.

Talvanea Rocha dos Santos, 34, já vislumbra a ampliação da atividade. “Tenho um certo cantinho em casa para fazer as costuras e o momento agora é de ver onde estão os erros e corrigir para fazer crescer o negócio. Nós já temos uma certa prática, mas o aperfeiçoamento é importante. A gente vai aprendendo com a professora e as colegas”, comenta.

Esta é a segunda turma do Programa Mulheres em Campo na cidade de Craíbas. Em atendimento aos protocolos de prevenção à covid-19, apenas dez alunas participam da capacitação. Da primeira turma, várias mulheres conseguiram melhorar os empreendimentos e passaram a confeccionar e fornecer materiais para a Prefeitura.

“O entendimento é que elas comecem a divulgar melhor o seu trabalho no município e movimentar toda a estrutura financeira do comércio local. O Programa Mulheres em Campo, além de trazer esse olhar para o mercado, também traz um olhar para elas, para que se empoderem e se movimentem”, observa a diretora administrativa da Secretaria Municipal de Assistência Social de Craíbas, Maysa Cruz.

A mobilizadora do Senar na região, Lizete Gomes, também ressalta a importância do programa. “Essas mulheres já trabalham como costureiras e hoje estão sendo capacitadas para poder comercializar sua produção não só no município de Craíbas, como nas cidades circunvizinhas. O Mulheres em Campo promove o crescimento pessoal e a segurança na atividade profissional”, garante.

Avicultora é assistida pelo Senar e aves começam a produzir após quase um ano de prejuízos

Na primeira vez em que chegou ao Sítio Bananeira, no município de Olho D’Água das Flores, em meados do último mês de março, o zootecnista e técnico de campo do Senar Alagoas Ícaro Victor encontrou uma avicultora desmotivada e sem qualquer resultado positivo em sua criação. Com cerca de 8 meses de idade, as galinhas de Silvianne Monteiro Bezerra ainda não haviam posto um ovo sequer. Amargando prejuízos, a produtora já estava desistindo da atividade.

O curioso era que as galinhas da propriedade vizinha, adquiridas no mesmo lote, punham ovos normalmente. “Observei vários fatores que influenciavam negativamente na postura das aves da Dona Silvianne: falta de pasto (alimento verde) para as galinhas; ausência de sombra para os animais em períodos mais quentes do dia, de poleiros e ninhos; e um ambiente de postura inadequado”, relembra Ícaro.

O trabalho de assistência técnica começou pela alimentação das galinhas, que passaram a receber mais alimentos verdes, ração formulada e na medida diária exata. Resolvidos os problemas alimentares, o foco passou a ser a infraestrutura de criação. Uma divisória foi retirada para aumentar o espaço interno do galinheiro, onde foram instalados alguns ninhos para estimular a postura e poleiros, que são de suma importância para o conforto dos animais à noite e também os protegem de ataques de predadores.

O galinheiro foi todo revestido com cortinas de lona e o ambiente escuro ficou mais propício à postura. Para evitar tumulto e garantir a presença apenas das galinhas que têm interesse em pôr ovos naquele determinado momento, foram distribuídas várias fontes de água e ração na parte externa.

Além do alimento verde que é colhido fora dos piquetes e ofertado aos animais, uma outra área foi cercada durante o inverno para eles terem acesso no verão. E para aumentar a área de sombreamento, foi construído um sombrite totalmente sustentável, utilizando-se apenas madeira da própria propriedade e palhas de coqueiro.

Gerenciamento
Foi também por meio da assistência técnica e gerencial que Silvianne Bezerra aprendeu a produzir a ração para as aves, o que diminuiu as despesas, a mensurar custos de produção e gerenciar os lucros. Hoje, o lote de 30 galinhas produz uma média de 25 ovos/dia e a produtora está muito feliz com o resultado. Tanto que já programou a compra de mais 50 animais e se planeja para um ano de 2021 bem mais produtivo.

“Antes da assistência, a gente não anotava nada, não sabia quantos ovos tinha, quantos vendia, entregava o produto pelo preço que a pessoa desse. Mas Ícaro trouxe umas folhas para a gente preencher, orientou sobre o que era possível fazer, viu a nossa dificuldade, de quem não tem muito dinheiro para investir, e nos ajudou a adaptar as coisas que a gente já tinha para melhorar. E melhorou”, reconhece a avicultora.

Senar promove cursos de Primeiros Socorros e Informática em Pindoba

Após a suspensão das atividades educacionais por conta da pandemia de Covid-19, a comunidade rural do município de Pindoba, no Leste alagoano, a 92,8 Km de Maceió, finalmente voltou a receber as capacitações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas. A retomada aconteceu com dois cursos: Informática Básica e Primeiros Socorros.

“Seguimos todos os protocolos de prevenção ao coronavírus, fizemos as mudanças necessárias e buscamos espaços mais amplos para a realização das aulas, tendo sempre como prioridade o cuidado com a vida. O retorno está sendo muito satisfatório, pois a gente vê a alegria no rosto dos alunos desses cursos que são essenciais para a população do campo”, avalia a mobilizadora do Senar Alagoas, Iolanda Tenório.

As duas capacitações ofertadas no município de Pindoba são para pessoas alfabetizadas e com idade mínima de 18 anos. Com carga horária de 16 horas, o curso de Primeiros Socorros reúne profissionais vinculados à rede municipal de saúde, em sua maioria.  Eles são capacitados para realizar procedimentos de manutenção e minimização das possíveis complicações, em casos de urgência e emergência, até a chegada do socorro especializado.

“Realizamos uma abordagem teórica e prática, com simulações de reanimação cardiorrespiratória; montagem de curativos compressivos; manobras de desengasgo tanto no adulto como nas crianças; simulação de como intervir em casos de queimaduras de primeiro, segundo ou terceiro grau, e também em situações que envolvam contusões e lesões como fraturas expostas”, exemplifica a enfermeira Graça Monique, instrutora do curso.

A técnica de Enfermagem Jiselma Pereira da Silva, 22 anos, decidiu participar da capacitação para se atualizar e está satisfeita com o resultado. “O curso é excelente, a professora explica muito bem. Mesmo para mim, que sou da área, trouxe aperfeiçoamento e ajudou até a relembrar alguns procedimentos que a gente acaba esquecendo com o decorrer do tempo”, comenta.

Na turma de Primeiros Socorros de Pindoba, também está a orientadora social Tacylla Flora. Ela se salvou de uma situação de emergência de saúde, graças ao que aprendeu no curso de Primeiros Socorros do Senar. Agora, está fazendo a capacitação pela segunda vez, para ganhar ainda mais conhecimento. Confira o vídeo abaixo:

Informática

No curso de Informática Básica, jovens, homens e mulheres do campo aprendem a como criar um e-mail, utilizar a internet e softwares como Word e Excel. A capacitação tem carga horária de 20 horas e o objetivo é preparar a população rural para o mercado de trabalho ou para melhorar o gerenciamento do próprio negócio.

“O aluno já sai com uma boa base para o mercado. Nós temos uma parte teórica do curso e, em seguida, os estudantes partem para a prática, realizam várias atividades que eles também precisarão fazer tanto no dia a dia de trabalho, quanto na vida pessoal”, observa o instrutor do curso Jonhnattan Robson Gomes dos Santos.

Estudante do 3º ano do ensino médio, João Victor da Paz, 18 anos, decidiu fazer o curso para se aprimorar ainda mais. “Eu já tenho alguma habilidade com informática, mas, sempre que a gente faz uma capacitação como esta, aprende algo novo. Além disso, vou adquirir uma certificação, que é o atestado do que sei fazer. O curso é bom, atende aos requisitos, ensina o aluno do zero a pelo menos ter uma noção básica, é essencial”, comenta o jovem.

Somente em 2019, o Senar Alagoas capacitou 1.755 pessoas, em 27 municípios. “Temos exemplos de ex-alunos que conseguiram emprego por conta da capacitação e da certificação em Informática que oferecemos. Isso nos deixa muito feliz. Agora, após a suspensão, por conta da pandemia, nos estamos retomando as atividades, com todos os cuidados necessários. O trabalho continua”, afirma a coordenadora do Departamento Técnico do Senar AL, Graziela Freitas.

 

Mais Pasto reinicia atividades presenciais

André Sório: “Em todos os encontros, são tratados temas relacionados ao manejo de gado, manejo de pasto e à gestão da fazenda pecuária”

As atividades presenciais do Programa Mais Pasto foram reiniciadas nesta segunda-feira, 26. Pecuaristas se reuniram na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, em Maceió, para uma capacitação sobre utilização estratégica de reservas forrageiras, gestão de pessoas na pecuária e utilização de herbicidas em pastagens de maneira eficiente. A aula foi ministrada pelo engenheiro agrônomo e consultor do programa, André Sório.

“Em todos os encontros do Mais Pasto, são tratados temas relacionados ao manejo de gado, manejo de pasto e à gestão da fazenda pecuária. Além disso, durante as semanas das capacitações nós visitamos diversas propriedades que fazem parte do programa, como forma de supervisionar o trabalho dos técnicos, que estão todos os meses com os proprietários, e, principalmente, para tirar dúvidas, in loco, que esses proprietários tenham sobre todo o conhecimento que é passado por meio das capacitações. Portanto, a capacitação funciona como uma melhoria do entendimento do pecuarista sobre o negócio agropecuário e assistência técnica é um apoio que o Senar dá para que ele se sinta mais confiante em implantar as mudanças em sua propriedade”, explica Sório.

Iniciativa do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, o Mais Pasto é voltado para pequenos e médios pecuaristas. “O programa une capacitações periódicas, consultorias coletivas e assistência técnica mensal nas propriedades. Este é um projeto pioneiro, voltado para a organização, gestão e melhoramento de controles, formação de pastagem, rebanho e manejo, e vem mudando a pecuária alagoana para melhor”, ressalta a coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas, Luana Torres.

O engenheiro agrônomo Ricardo José Medeiros Rocha cria gado nos municípios de Murici e União dos Palmares. Depois de testemunhar os excelentes resultados produzidos pelo Mais Pasto na fazenda do cunhado, ele decidiu participar do programa. “Eu vi que a produtividade aumentou, meu cunhado criava 300 cabeças e hoje cria 600, graças às divisões e os piquetes que eles fazem. O pasto está todo uniforme. Eu só não havia começado ainda no programa por conta da pandemia, mas, se Deus quiser, vou seguir adiante agora. Isso será muito bom para que eu possa produzir, em uma área menor, o que não conseguia produzir antes”, comenta.

Inscrições
As inscrições para o Mais Pasto estão abertas. Para participar, o pecuarista precisa ter propriedade localizada no estado de Alagoas, estar em dia com a contribuição sindical rural e efetuar o pagamento da taxa de inscrição no programa. Para mais informações, basta ligar para (82)3217-9826, das 8h às 14h (falar com a coordenadora de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Alagoas, Luana Torres) ou enviar e-mail para luana@senar-al.org.br.