Rede e-Tec: alunos apresentam trabalhos de conclusão de curso em Junqueiro

Alunos apresentam relatório técnico da criação de camarão marinho em propriedade de Limoeiro de Anadia

O Sindicato Rural de Junqueiro abriu as portas na manhã deste sábado, 20, para a apresentação dos trabalhos de conclusão dos alunos do Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar. 13 alunos apresentaram TCCs sobre temas envolvendo bovinocultura de corte; crédito para investimentos no setor; produção de mel; criação de camarões, ovinos e suínos; marketing no agronegócio, entre outros assuntos.

Os trabalhos de conclusão de curso foram apresentados à banca examinadora formada pela coordenadora da Rede e-Tec Senar em Alagoas, Graziela Freitas; o coordenador de Tutoria da Rede e-Tec, Isaac Ferreira; e a tutora e orientadora da turma, Jackeline Targino.

“Esses estudantes são vitoriosos, pois enfrentaram as dificuldades impostas pelo pandemia, se dedicaram e apresentaram trabalhos bem fundamentados, claros e objetivos sobre os diversos assuntos”, avalia Graziela.

Graziela Freitas, Morgana Tavares e funcionários do Sindicato Rural de Junqueiro dão boas-vindas aos alunos

Aos 40 anos, José André dos Santos enfrentou o desemprego para realizar o sonho de ser técnico em Agronegócio formado pelo Senar. Morador do município de Campo Grande, ele tinha que percorrer cerca de 140 quilômetros e tomar quatro lotações para participar dos encontros presenciais do curso, em Junqueiro. Algumas vezes, saiu de casa, às 4h da manhã, sem o dinheiro da passagem de volta. Agora, comemora a conquista profissional.

“Eu moro numa região em que a pecuária e a agricultura são muito fortes, mas não há assistência técnica. Por isso decidi me formar pelo Senar, enfrentei muitas dificuldades, mas hoje posso dizer que sou um técnico em Agronegócio e indico a todos os produtores e filhos de produtores rurais que procurem os cursos do Senar para que possam se tornar profissionais de verdade”, diz José André.

Segundo a presidente do Sindicato Rural de Junqueiro, Morgana Tavares, histórias como a do José André reforçam a importância do Sistema Faeal/Senar-AL/Sindicatos para a população rural em Alagoas. “Ficamos felizes e realizados, pois o nosso maior objetivo tem sido incentivar e profissionalizar os jovens, homens e mulheres que trabalham diretamente na agricultura familiar. A realização profissional de cada um desses cidadãos, com certeza, é a nossa missão”, comenta.

Jackeline Targino e Isaac Ferreira estiveram na banca examinadora

Aprendizagem Profissional Rural: programa do Senar forma cidadãos para o mercado e para a vida

Apresentações integram as atividades da disciplina Cidadania

Voltado para a profissionalização de jovens do campo, com idade entre 18 e 24 anos, que estejam cursando ou tenham concluído o ensino fundamental, o Programa Aprendizagem Profissional Rural oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – prepara os alunos não só para o mercado de trabalho, mas também para a vida.

Um exemplo recente vem da Usina Caeté, Unidade Marituba, município de Igreja Nova. Na última semana, divididos em grupos, os jovens do curso de Mecânico de Manutenção de Tratores apresentaram trabalhos sobre feminicídio no Brasil e combate à leucemia e a importância da doação de medula óssea. Já a turma do curso de Eletricista Rural abordou o tema dependência química e a difícil retomada para o mercado de trabalho.

As atividades também incluíram uma campanha de arrecadação de alimentos para instituições filantrópicas e distribuição de brindes com mensagens de conscientização para os funcionários. Os trabalhos foram desenvolvidos na disciplina Cidadania, que integra o módulo básico do programa. “Esses jovens precisam ter a consciência do seu papel para que consigamos construir uma sociedade melhor. O futuro só depende das nossas ações e das sementes que são plantadas hoje”, comenta a instrutora do Senar Alagoas Vânia Paes, titular da disciplina.

Alunas falam sobre o combate à leucemia

Integrante do grupo que abordou o tema feminicídio, Carlos Mateus explica como foi a escolha do tema. “O Brasil é o quinto país com mais casos no mundo e nós decidimos aproveitar a oportunidade para conscientizar a turma, mostrar que existe lei para proteger as mulheres, como fazer as denúncias e que é importante não se omitir nem fechar os olhos para este problema”, diz.

A aprendiz Ana Rita participou da equipe que discutiu o combate à leucemia. “Este é o nosso primeiro mês de aulas e estou gostando muito de toda a dinâmica que estamos desenvolvendo. Todos estão muito empenhados em dar o melhor de si para aprender uma nova profissão e conseguir se efetivar aqui na usina”, vislumbra.

Aos 22 anos, Gisele Santos Gonçalves é a prova de que essa efetivação é bem possível. Ex-aluna do curso de Eletricista Rural, ela foi contratada e trabalha há cerca 14 meses como auxiliar administrativo na Marituba. “O programa agregou tanto na vida pessoal, quanto na minha formação profissional. Foram dez meses de aprendizado, gostei muito da área de eletricista e estou gostando dessa área de auxiliar administrativo também. Tive a oportunidade de conhecer duas áreas diferentes e graças a Deus ainda estou aqui”, comemora.

Ex-aluna do Senar e efetivada na usina, Gisele exibe brinde com informações sobre feminicídio

Assistente administrativo lotado no setor de Recursos Humanos da usina, Walter Muniz ressalta a importância do Programa Aprendizagem Profissional Rural. “Este programa agrega conhecimento para esses jovens em todas as áreas, seja administrativa, agrícola ou industrial. Além disso, sempre fazemos recrutamento, em todo início de safra, e essas capacitações auxiliam bastante não só a empresa, na contratação de jovens bem preparados, como também a esses cidadãos que ganham uma nova perspectiva de futuro”, afirma.

“Sem o Senar, o Agronordeste não funciona”, afirma superintendente do Mapa em Alagoas

O superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em Alagoas, Jader Oliveira, fez uma visita institucional ao presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida, na tarde dessa segunda-feira, 8. O objetivo foi estreitar ainda mais a relação entre as instituições e discutir sobre as possibilidades de expansão do Programa Agronordeste.

“É uma questão que temos trabalhado muito e queremos fazer evoluir ainda mais. A nossa ideia é não esperar que Brasília nos mostre o caminho da extensão do Agronordeste. Já temos trabalhado algumas ações nas regiões de Maragogi e Piranhas, alguns projetos com a Embrapa e a participação do Senar é vital. Sem o Senar, o Agronordeste não funciona”, avalia Jader Oliveira.

Para Álvaro Almeida, a visita do superintendente do Mapa em Alagoas, que por muito tempo precisou ser adiada por conta da pandemia, é de suma importância para a aproximação entre as instituições. “Não adianta as instituições trabalharem de forma isolada. É preciso unir esforços, trocar ideias, ouvir sugestões e fazer com que o agronegócio se desenvolva cada vez mais, porque o agro é quem sustenta a economia do Brasil e aqui em Alagoas não é diferente”, ressalta o presidente da Faeal.

Mais Pasto: eficiência no plantio é tema de capacitação

Iniciativa do Senar Alagoas voltada para pequenos e médios pecuaristas, o Programa Mais Pasto realizou uma capacitação nesta segunda-feira, 8, para os produtores rurais matriculados na Turma 10. A aula aconteceu na sede da instituição, em Maceió, com transmissão pelo aplicativo Zoom Meeting, e foi ministrada pelo engenheiro agrônomo e consultor do programa, André Sório. Três temas foram abordados: escolha inteligente de forrageiras, plantio de pasto e uso de calcário e gesso agrícola.

“Aproveitando o momento de fim de verão e início da época chuvosa em breve, nós abordamos as questões relacionadas ao plantio de pasto para que os produtores possam fazê-lo de maneira adequada, de modo que tenha o máximo de eficiência para alcançar o que chamamos de plantio de pasto perfeito”, afirma André Sório.

Segundo o consultor do Mais Pasto, para escolher a forrageira de maneira inteligente, o proprietário tem que entender os tipos de solo e relevo da sua propriedade, o objetivo da sua produção e se ele fará investimentos em melhoria de fertilidade ao longo do tempo. “Durante a capacitação, mostramos essas diversas variáveis que devem ser levadas em consideração para a escolha de um pasto que vá permanecer na propriedade durante décadas”, comenta.

Sório também explica que o preparo do solo, muito negligenciado pelos pecuaristas, muitas vezes é mais importante para definir o sucesso do plantio do que a presença ou ausência de chuvas regulares na estação de crescimento. “Após a junção de técnicas de preparo do solo, uso do calcário e do gesso, escolha das forrageiras, o plantio é concluído com o pastejo de formação, que é o início da formação do pasto logo depois que ele foi plantado e está estabelecido na área”, diz.

Sucesso do programa
O Mais Pasto vem produzindo excelentes resultados desde 2014, quando foi criado. “O programa tem feito grande sucesso nas propriedades rurais localizadas por todo o estado de Alagoas e este novo ciclo facilita a entrada dos produtores, o que é muito bom, pois eles têm demonstrado cada vez mais interesse nesse modelo de pecuária sustentável, manejo de pasto. Mesmo com as dificuldades da pandemia nós inovamos com as transmissões das aulas, os produtores continuam nos procurando e tem sido muito interessante, tanto para a bovinocultura quanto para a ovinocaprinocultura”, avalia Luana Torres, coordenadora do Mais Pasto.

O pecuarista Ricardo José Medeiros Rocha é a prova de que o Mais Pasto é um sucesso. Esta é a sétima vez que ele participa do programa que une capacitações periódicas, consultorias coletivas e assistência técnica mensal nas propriedades. “Já aprendi muita coisa, na minha fazenda eu não tinha o rotacionado, nem os piquetes, mas, por meio desse curso eu vou fazer, já que além das aulas ainda tem um profissional que vai à propriedade e nos orienta. Isso é muito bom, pois vai duplicar a nossa capacidade de produção, como já vi acontecer em outras propriedades de amigos meus que participaram do Mais Pasto”, observa o produtor.

Coordenadora do Senar Alagoas participa de live sobre importância da Cota de Aprendizagem

A coordenadora do Departamento Técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, Graziela Freitas, foi um dos palestrantes da live sobre os benefícios para empresas que cumprem a Cota de Aprendizagem estabelecida em legislação federal, realizada nessa quarta-feira, 3, no canal do Youtube do Senac Alagoas. Gratuita e aberta a toda a população, a live reuniu autoridades e representantes do Sistema S.  Para assistir à live na íntegra, clique aqui.

Graziela abordou o trabalho do Senar Alagoas em parceria com empresas contratantes e sindicatos rurais, por meio do Programa Jovem Aprendiz. Segundo a coordenadora, a oferta de cursos voltados para a área rural tem dado bons resultados.

“Ajudamos a tirar do comodismo jovens que às vezes terminam o ensino fundamental e sequer iniciam o médio, que muitas vezes estão sem perspectiva de vida. Muitos desses jovens, que não tinham a expectativa de ser um mecânico de tratores ou um administrador rural, por exemplo, acabam se descobrindo em nossos treinamentos”, observa Graziela.

A coordenadora técnica também explicou que as capacitações do Senar Alagoas preparam os jovens não somente para a ocupação, com a disseminação dos conhecimentos específicos, mas também para o mercado de trabalho num sentido mais amplo. “Eles aprendem a como se comportar numa empresa, os seus direitos e deveres”, exemplifica.

De 2003 a 2019, o Senar Alagoas capacitou 891 aprendizes que hoje estão certificados no mercado de trabalho.

Outras participações
A live também contou com a participação do auditor fiscal do Ministério da Economia, Leandro Carvalho; o juiz do trabalho, Alonso Filho; o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 19ª Região, Marcelo Vieira; o gerente da Unidade de Programas Sociais do Senac Alagoas, Sandro Diniz; o coordenador de Educação Profissional do Senai Alagoas, Pedro Oliveira; e a diretora da Unidade Sest/Senat Maceió, Daniele Morais.

A Lei 8.269/2020, de autoria da deputada estadual Jó Pereira (MDB/AL), estabelece que só serão concedidos benefícios fiscais, dentro do Prodesin (Programa de Desenvolvimento Integrado do Estado), para empresas que cumpram a Cota de Aprendizagem estabelecida em legislação federal.

Por lei, toda empresa, com pelo menos sete empregados, deve contratar jovens aprendizes e inseri-los em seu quadro funcional, em um percentual de 5% a 15%, de acordo com o artigo 429 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ampliando o acesso do jovem de forma digna e monitorada ao mercado do trabalho, por meio do primeiro emprego, possibilitando que, enquanto ele trabalha, também aprenda.

Alagoana avança para a etapa nacional do CNA Jovem

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA – divulgou o nome dos 80 classificados para a etapa nacional do programa CNA Jovem e, dentre eles, há uma alagoana: Lívia Chaves.

Natural de Maceió, Lívia tem 28 anos, é engenheira agrônoma, mestre em Produção Vegetal, com pesquisa na área de Tecnologia de Sementes, e doutoranda com estudos na área de Proteção de Plantas. Seu primeiro contato com o Sistema CNA foi por meio dos cursos disponibilizados gratuitamente no Portal Senar EAD.

Produção de Sementes e Mudas de Espécies Florestais Nativas, Produção de Flores de Corte e Proteção de Nascentes foram alguns dos cursos realizados na plataforma que ajudaram Lívia durante seu período de pesquisa no mestrado e despertaram o interesse para se inscrever no CNA Jovem.

Para Lívia, o programa de desenvolvimento de novas lideranças no agro brasileiro é uma oportunidade única de capacitação. “Primeiramente, fiquei muito feliz por ter sido selecionada e para mais uma etapa. Em seguida veio aquela responsabilidade por ser a única alagoana. Quero fazer valer, para representar meu estado e meus colegas que não tiveram essa oportunidade”, destaca a engenheira agrônoma.

Graziela Freitas, coordenadora regional do CNA Jovem, diz que a instituição só tem motivos para comemorar. “Ficamos felizes por Lívia ter chegado nessa etapa e esperançosos de que Alagoas venha a ter um vencedor na etapa nacional este ano. Trabalharemos juntos para isso”, comenta.

O CNA Jovem está focado na liderança empreendedora e desafia os participantes a buscar soluções e propostas inovadoras para alcançar maior protagonismo no setor agropecuário.

Os 80 finalistas são representantes de todas as regiões brasileiras e desde agosto de 2020 participam de atividades online introdutórias, classificatórias e eliminatórias. Essa edição do programa CNA Jovem registrou recorde de inscrições com um total de 3.742 jovens.

A partir de agora, os jovens finalistas serão divididos em grupos e terão a oportunidade de desenvolver soluções inovadoras para os desafios propostos nas fases anteriores com foco nas áreas empresarial, institucional, sindical, política e educacional.

Ao final da jornada, as iniciativas vencedoras serão reconhecidas pelo Sistema CNA/Senar.

Para conhecer a lista dos finalistas e obter mais informações sobre o programa, acesse: cnajovem.org.br

Agronordeste: Faeal, Senar e Mapa discutem estratégias para fortalecer a cadeia do leite em Alagoas

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal –, Álvaro Almeida; o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, Fernando Dória; e o diretor da Divisão de Desenvolvimento Rural da Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Alagoas – SFA/AL –, José Edler Pitta se reuniram na manhã desta terça-feira, 2, na sede da Faeal, para discutir estratégias de fortalecimento da cadeia produtiva do leite, por meio do Programa Agronordeste.

“A partir de 2021, entrará um recurso internacional no Programa Agronordeste, proveniente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, e o projeto precisará de adequações”, observa José Pitta. Ao todo, o Agronordeste envolve um investimento de aproximadamente US$ 320 milhões, recursos do BID e do Governo Federal, para seis anos de execução do programa. Em Alagoas, as ações foram iniciadas com a cadeia produtiva do leite, em 8 municípios considerados prioritários pelo comitê estadual, mas há a expectativa de que novos territórios sejam incluídos.

Segundo Pitta, a intenção a partir de agora é aprimorar as ações, envolvendo o Senar, Sebrae, Embrapa, Emater, entre outras instituições participantes, para que se consiga alcançar um número ainda maior de produtores rurais e beneficiar toda a cadeia produtiva. “Precisamos desenvolver a alimentação para os animais, os laticínios, porque não adianta somente aumentar a produção, tem que ter escoamento, comercialização, enfim, é toda uma cadeia que pode se desenvolver ainda mais”, diz.

Presidente da Faeal e do Conselho de Administração do Senar Alagoas, Álvaro Almeida reiterou o compromisso das instituições com o Programa Agronordeste. “Concluímos o ano de 2020, marcado pela pandemia, com um excelente resultado, em nível de Brasil, no cumprimento das metas da assistência técnica e gerencial do Programa Agronordeste. Seguiremos emprestando a nossa experiência para capacitar ainda mais produtores rurais alagoanos e contribuir para gerar mais emprego e renda”, comenta.

“Mais de 2 mil alagoanos e familiares foram beneficiados com as ações do Senar em 2020. Por meio da assistência técnica e gerencial, 1.178 produtores rurais foram atendidos, dos quais, 1.070 pelo Programa Agronordeste, nas cadeias de avicultura, bovinocultura, fruticultura, olericultura, ovinocaprinocultura, apicultura e piscicultura. Isso mostra a importância do trabalho do Senar Alagoas para que o produtor possa empreender, desenvolver e administrar a propriedade rural como uma empresa, agregar valor à sua produção e conquistar novos mercados”, destaca o superintendente do Senar Alagoas, Fernando Dória.