O Banco do Brasil está chamando os produtores rurais para liquidar suas dívidas rurais por meio do art. 3 da Lei 13.340/16, que obteve orçamento sancionado (Lei 13.907) em 21 de novembro de 2019. (Saiba mais).
Os produtores rurais das áreas da Sudam e Sudene têm até 30/12/2019 para renegociar suas dívidas. Os bancos oficiais federais não recebem o orçamento para renegociar as dívidas rurais no momento da sanção do PLN nº 9, pois depende de liberação do Tesouro Nacional. No entanto, é importante o produtor que tiver interesse em renegociar suas dívidas de acordo com a Lei 13.340/16 demonstrá-lo à Instituição Financeira e deixar a documentação em ordem para poder renegociar assim que o orçamento estiver disponível. Isso porque a Lei tem vigência até 31/12/2019.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado se Alagoas – Faeal – tem o modelo da carta de intenção e està à disposicao à disposição para tirar dúvidas dos produtores sindicalizados pelo telefone (82)3217-9824.
É importante lembrar que o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia também estão realizando as renegociações de débitos rurais de acordo com a Lei 13.340/16 até o fim da vigência da Lei, dia 30/12/2019.
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – marcaram presença no Congresso Cidades e Gestores, promovido pela Associação dos Municípios Alagoanos – AMA. O evento começou no útimo dia 12 e prossegue até o próximo domingo, 15, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió.
Na manhã desta sexta-feira, 13, o assessor técnico da Faeal, Noel Loureiro ministrou palestra sobre o agronegócio em Alagoas, insumos, perspectivas e outros aspectos. “Fizemos uma radiografia da estrutura agrária e agrícola do estado, baseada no Censo do IBGE. Os dados apontam um esvaziamento do campo, envelhecimento da população rural e maior participação das mulheres. Também observamos que as atividades agrícolas têm um nível de acidentes muito baixo no estado”, comentou o palestrante.
Outro dado importante apresentado por Noel Loureiro foi a diminuição no número de propriedades rurais, principalmente das pequenas. “Em 2006, Alagoas tinha 123 mil propriedades, das quais, 12 mil eram das chamadas patronais. Hoje, temos 98 mil propriedades, das quais, 16 mil são patronais. Isso mostra uma redução nas propriedades da agricultura familiar, de 111 mil para 82 mil”, observa o assessor técnico da Faeal.
Além de Noel, o superintendente do Desenvolvimento Agropecuário da Seagri, Hibernon Cavalcante, e o presidente do Fórum dos Secretários Municipais de Agricultura, Luciano Monteiro falaram sobre os desafios e oportunidades em Alagoas. Já o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Antônio Santiago discorreu sobre a atuação Embrapa Alimentos e Territórios no estado.
As discussões do Eixo Agricultura foram mediadas pelo secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquiculturade Alagoas, Silvio Bulhões, e tiveram como debatedor o presidente da Cooperativa Agropecuária e Industrial de Arapiraca – Capial –, Francisco de Souza.
O secretário mostrou otimismo para o ano de 2020. “Já tivemos um 2019 muito bom, o inverno favoreceu a produção agropecuária, houve uma retomada do setor sucroenergético, um processo de fortalecimento e ampliação da pecuária de corte, quase que um ressurgimento da pecuária de leite, portanto, temos motivos suficientes para acreditar que o próximo ano manterá esse ritmo e será muito bom para o agronegócio de Alagoas”, vislumbrou Bulhões.
Bulhões também falou sobre as prioridades do Governo de Alagoas para o agronegócio no próximo ano. “Temos um foco muito claro que é executar o programa de regionalização de matadouros, o que fortalecerá ainda mais a pecuária de corte; continuar fomentando a cadeia produtiva do leite, uma das mais que mais geram emprego e renda; e fortalecer as ações no Canal do Sertão e a agricultura familiar como um todo”, antecipou o secretário.
Participação do Senar Durante o ciclo de palestras, a coordenadora técnica do Senar Alagoas, Graziela Freitas, apresentou os programas e ações voltados para a educação profissional, assistência técnica e promoção social.
Investimento inicial será de R$ 10 milhões para a construção de 50 barragens
Apresentação do mapa das áreas potenciais
O Governo de Alagoas lançou o Programa Estadual de Barragens Subterrâneas na manhã desta quarta-feira, 11. O objetivo é aumentar a oferta de água para o consumo humano, animal, irrigação e a segurança alimentar nas regiões mais secas. Durante a solenidade, no Palácio República dos Palmares, em Maceió, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa – apresentou o Mapa Generalizado de Áreas Potenciais para a Construção de Barragens Subterrâneas, estudo que subsidiará o programa. Alagoas é o primeiro estado do semiárido brasileiro a realizar este tipo de zoneamento.
O lançamento do programa aconteceu pouco mais de um ano após a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – iniciar uma ampla discussão, com diversos entes públicos, sobre a necessidade da construção de barragens subterrâneas para garantir o sustento e a produtividade de pequenos produtores rurais e seus familiares.
A ideia do programa estadual surgiu a partir do exemplo do Seu Dedé, agricultor do município de São José da Tapera que construiu a própria barragem e hoje produz mais de 90 tipos de plantas, e de um projeto-piloto realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – em parceria com o Sebrae. Por meio do programa Sertão Empreendedor, as duas instituições construíram uma barragem subterrânea a baixo custo e capaz de abastecer até cinco famílias, o ano inteiro.
Álvaro Almeida: “Nosso sentimento é de dever cumprido”
“Quando percebemos o potencial dessa tecnologia para o desenvolvimento socioeconômico do Estado, passamos a provocar as instituições e agentes públicos para a construção de um grande programa capitaneado pelo Governo. Fomos à Embrapa Solos, em Recife, e descobrimos que havia um projeto de mapeamento pioneiro e importante para a definição das áreas de construção das barragens, mas os estudos corriam o risco de interrupção por conta dos cortes nos recursos federais. Articulamos o apoio do Sebrae, o mapeamento foi concluído e, hoje, com o lançamento do programa estadual, o nosso sentimento é de dever cumprido”, comemora o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.
Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Fernando Pereira, a expectativa é construir 200 barragens subterrâneas por meio do programa. “Desta forma garantiremos água para o plantio e o rebanho, e contribuiremos para que o produtor permaneça no campo, gerando emprego e renda nos municípios. Faremos deste projeto uma referência para todo o Nordeste”, avalia.
A deputada estadual Fátima Canuto também participou da solenidade. Ela foi a propositora da sessão especial em que a necessidade da elaboração do programa estadual foi debatida. “Levei esse tema para a Assembleia Legislativa por entender que ele precisava ser tratado, já que é de suma importância para o nosso estado. Debatemos assuntos como a manutenção, construção e funcionamento das barragens. Vi que muitas pessoas desconheciam o tema e se encantaram quando souberam dos benefícios das barragens subterrâneas e do quanto elas podem mudar a vida de várias famílias. Fiquei feliz de ter sido propositora de uma sessão especial que fortaleceu ainda mais o assunto”, comenta a parlamentar.
Secretário Fernando Pereira recebe mapa das mãos da chefe-geral da Embrapa Solos, Petula Ponciano
Primeira fase
O Programa Estadual de Barragens Subterrâneas terá início no primeiro trimestre de 2020, sob a tutela da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – Semarh. Na primeira etapa, a previsão é construir 50 barragens e beneficiar cerca de 250 famílias, em 38 municípios do Agreste e Sertão. O investimento inicial será de R$10 milhões.
Conduzidos pela Embrapa Solos, os estudos que resultaram no Mapa Generalizado de Áreas Potenciais para a Construção de Barragens Subterrâneas embasarão as ações do programa estadual. Mais de 12 mil km² foram mapeados, a partir de uma análise multicritério, com cruzamento dos parâmetros solo, clima, relevo e geologia. Para aferir as informações do mapa, os pesquisadores fizeram expedições de validações em campo, por microrregião. O trabalho contou com a participação de agentes de desenvolvimento e agricultores locais.
“O zoneamento das áreas é um trabalho minucioso, exaustivo e é muito interessante ver como o Governo do Estado priorizou essa ferramenta que dá base para a estruturação de políticas públicas e já com o lançamento de uma política que realmente fará a diferença para a região do Agreste e Sertão de Alagoas”, observa a chefe-geral da Embrapa Solos, Petula Ponciano.
A solenidade também contou com a participação do secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Silvio Bilhões; do superintendente regional do Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento, Alay Correia; das deputadas estaduais Ângela Garrote e Jó Pereira; do superintendente do Sebrae Alagoas, Marcos Vieira; e do coordenador executivo da Articulação no Semiárido Brasileiro – ASA –, Albanir Vieira, entre outras autoridades.
Anteprojeto de lei deve ser encaminhado à Assembleia Legislativa nos próximos dias
Prestes a ser apreciado pela Assembleia Legislativa, o anteprojeto de lei que dispõe sobre emolumentos dos serviços notariais – taxas cobradas por cartórios – preocupa o setor agropecuário alagoano. A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – vem dialogando com o poder judiciário e sugerindo alterações no documento, para que os pequenos e médios produtores rurais não sejam inviabilizados de continuar no exercício da atividade.
Nesta segunda-feira, 9, o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, se reuniu com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, desembargador Tutmés Airan, na sede do TJ/AL, para expor a preocupação do segmento e as sugestões de mudanças no anteprojeto. No último dia 11 de novembro, Almeida já havia se reunido com o corregedor Geral de Justiça de Alagoas, desembargador Fernando Tourinho, para discutir o assunto.
“Caso não se modifiquem os valores atuais dos emolumentos, por ocasião do registro das cédulas rurais, mais de 90% dos produtores alagoanos não serão beneficiados pela legislação que trata das consolidações dos seus débitos provenientes do endividamento, pois os emolumentos cobrados são bem maiores do que as parcelas a serem pagas no novo instrumento de repactuação. Isso também impede os produtores de contrair novos financiamentos para que possam continuar exercendo suas atividades”, estima o presidente Álvaro Almeida.
“Há uma discussão em torno dos valores e das dificuldades que os pequenos e médios produtores rurais têm de fazer os pagamentos dos respectivos registros. A Federação veio aqui para expressar essa preocupação e também para propor mudanças no Código de Emolumentos. Eu passarei essa preocupação ao desembargador Fernando Tourinho (corregedor Geral de Justiça) para que a gente analise o pleito, pois o documento está em fase de conclusão para envio à Assembleia Legislativa, órgão que tem autoridade para aprovar a versão final”, afirma o presidente do TJ/AL, desembargador Tutmés Airan.
“A nossa expectativa é de que o Tribunal de Justiça de Alagoas, mais uma vez, dará toda atenção ao pleito da Federação da Agricultura e Pecuária, pois o agronegócio é de suma importância para o desenvolvimento socioeconômico do Estado e contribui significativamente para a geração de emprego e renda”, diz o presidente da Faeal, Álvaro Almeida.
Diretor da Adeal e secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura apresentam projeto de lei ao presidente da Faeal
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – apoia a criação de uma legislação específica para o Serviço de Inspeção Estadual de Alagoas – SIE/AL –, órgão responsável pela fiscalização, inspeção agroindustrial e sanitária de produtos e subprodutos de origem animal no estado. O objetivo é garantir a proteção da saúde da população, a identidade, qualidade e segurança higiênico-sanitária dos produtos de origem animal destinados aos consumidores.
Segundo o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, até hoje as fiscalizações em Alagoas são feitas baseadas na legislação federal, sem considerar as peculiaridades do estado. “A aprovação deste projeto de lei oportunizará a criação de normas voltadas para a sanidade animal a partir da nossa realidade. Isso abre um diálogo entre órgãos fiscalizadores e o produtor, que passa a ter a oportunidade de discutir, ponderar, e não apenas ser notificado”, afirma.
Na última segunda-feira, 2, o secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Silvio Bulhões, e o diretor da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), Carlos Alberto Neto, estiveram na Faeal para apresentar o substitutivo ao Projeto de Lei Nº 177/19 que está em tramitação na Assembleia Legislativa. “A exemplo de outros estados, Alagoas precisa ter a sua legislação própria e nós esperamos que este projeto seja aprovado pela Assembleia e sancionado pelo governador o quanto antes”, ressalta o presidente Álvaro Almeida.
Iniciativa do MPT, SRTb e TRT, em parceria com o Senar, buscou conscientizar empresários do campo sobre necessidade de cumprirem a lei de aprendizagem e de investirem em mão de obra qualificada
Rafael Maia (Ascom/MPT)
Mesa do evento contou com representantes do SRTb/AL, Faeal, MPT e TRT (Fotos: Álvaro Müller/Ascom/Faeal)
O Ministério Público do Trabalho (MPT), a Superintendência Regional do Trabalho (SRTb/AL) e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) apresentaram a produtores rurais de Alagoas, em audiência coletiva nesta quarta-feira, 4, os benefícios da contratação de jovens aprendizes no campo e a necessidade do cumprimento da Lei da Aprendizagem Profissional. A iniciativa contou com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O encontro realizado no Senar foi necessário, segundo a procuradora do MPT Virgínia Ferreira, para conscientizar o empresário do campo a oferecer oportunidade aos jovens no mercado de trabalho, seja para atuarem em atividades diretamente ligadas ao campo ou na área de administração rural, como forma de desenvolver uma mão de obra qualificada, garantir a geração de empregos e cumprir a legislação que trata da aprendizagem.
“Temos percebido a falta de qualificação da mão de obra no campo e, ao mesmo tempo, a expansão do agronegócio, e o Brasil precisa estar preparado para atender toda a demanda que está surgindo. A atividade do campo precisa ser atrativa e valorizada, e estamos unindo esforços junto com o Senar e com os produtores rurais para que nosso estado alcance um desenvolvimento que passe necessariamente pela qualificação da mão de obra local”, explicou Virgínia Ferreira, ao destacar que os produtores rurais com mais de sete empregados têm a obrigação de contratar, pelo menos, um jovem aprendiz.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, o encontro foi fundamental para que os produtores consigam encontram soluções para receber os adolescentes. “Em conversa com o MPT e a Superintendência Regional do Trabalho, nós conseguimos suspender as notificações e agora contribuímos na realização desta reunião, para que as partes possam encontrar as soluções necessárias, atendendo às particularidades de cada produtor, e todos tenham a condição de receber e capacitar os jovens aprendizes. Os produtores alagoanos são cumpridores da legislação e eu tenho certeza de que as soluções virão a partir deste diálogo, com o apoio da Federação e, sobretudo, do Senar Alagoas, instituição especializada na formação desses jovens”, afirmou.
Produtores atenderam à convocação e lotaram o auditório
Para oferecer oportunidade de qualificação de mão de obra, o MPT e a SRTE obtiveram, junto ao Senar, a realização de cursos de profissionalização em cinco polos centrais do estado. A partir de fevereiro do próximo ano, o Senar deve iniciar a oferta de cursos de administração rural, pecuária, cultura de frutas, de olerícolas, além de grandes culturas anuais, como cana e soja.
Após repassarem as orientações, o Ministério Público do Trabalho e a fiscalização trabalhista aguardam que os produtores rurais do estado cumpram a cota de aprendizagem de forma espontânea. Caso os produtores não contratem jovens aprendizes a partir de fevereiro de 2020 – prazo de suspensão das notificações pela Superintendência Regional do Trabalho -, o Ministério Público do Trabalho deve buscar os meios legais para exigir o cumprimento da norma.
Graziela Freitas, coordenadora técnica do Senar AL, apresenta o Programa Jovem Agricultor Aprendiz
SRTb e TRT destacam importância da aprendizagem
O Tribunal Regional do Trabalho e a Superintendência Regional do Trabalho também destacaram a importância do cumprimento da Lei da Aprendizagem para a formação profissional. O juiz do Trabalho Alonso Filho salientou que, quando há vontade de fazer algo, haverá um jeito de transformar essa vontade em realidade.
“Todos que estão aqui precisam se sentir potencializados. O que eu posso fazer para auxiliar na capacitação de jovens e formar mão de obra? Além de estarmos cumprindo uma responsabilidade social, também estamos colaborando com o desenvolvimento melhor da empresa, a partir do momento que eu posso auxiliar no aperfeiçoamento da profissionalização desses jovens”, disse Alonso.
Já o auditor fiscal do Trabalho Leandro Carvalho falou dos piores índices de escolaridade, de miserabilidade e da necessidade da inclusão do jovem na aprendizagem, e afirmou que essa realidade terá outro caminho a partir de uma mão de obra qualificada, que mudará os rumos do desenvolvimento socioeconômico no país. “Sabemos da importância do produtor rural para a edificação de um país mais nobre e o desenvolvimento econômico e social do nosso estado. E estamos aqui para dar mais ferramentas para que esse produtor rural seja mais ainda produtivo. Temos exemplos de práticas exitosas da inclusão do aprendiz e do aumento da produtividade, e queremos utilizar esses exemplos para mostrar que a aprendizagem é importante para o produtor, para o jovem e para o país”, disse.
Na ocasião, produtores e empresas receberam certificados por contribuírem com a aprendizagem profissional no estado. (Confira outras fotos nas redes sociais do @sistemafaeal).
Senar entregou certificados de reconhecimento aos produtores e empresas amigos do Jovem Aprendiz
São 125 vagas para Alagoas, distribuídas em seis polos de apoio semipresencial no interior do Estado
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – abriu as inscrições para o processo seletivo do Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio, na modalidade semipresencial. O curso é gratuito e, ao todo, 1.975 vagas foram disponibilizadas, em 22 estados. Em Alagoas, 125 estudantes terão a oportunidade de se qualificar. As vagas estão distribuídas em seis polos de apoio presencial (Arapiraca, Major Izidoro, Mar Vermelho, Mata Grande, Palmeira dos Índios e Penedo).
As inscrições devem ser realizadas no portal etec.senar.org.br, até às 23h59 do dia 22 de janeiro, horário de Brasília. Todos os candidatos precisam apresentar Histórico Escolar e Certificado de Conclusão do Ensino Médio, ou documentos oficiais equivalentes. As vagas serão preenchidas, prioritariamente, por produtores rurais, seus familiares ou colaboradores, desde que sejam comprovados a atividade rural do produtor, vínculo de parentesco ou profissional. Os documentos necessários para a comprovação estão listados no edital e em erratas publicadas no portal.
A primeira etapa da seleção é a análise dos documentos. O candidato que apresentar documentação incompleta, controversa ou ilegível no formulário de inscrição online será desclassificado. A lista preliminar dos selecionados para a segunda etapa, de classificação, será publicada no portal eletrônico, no dia 29 de janeiro. Já a lista final será divulgada no dia 3 de fevereiro, após análise de recursos.
Segunda etapa O processo classificatório será definido pelas Administrações Regionais do Senar e poderá contemplar entrevista, realização de provas ou outra metodologia. A lista preliminar de classificação será publicada no portal eletrônico, em 21 de fevereiro. Recursos poderão ser interpostos no dia 27 de fevereiro. Após análise, o Senar publicará o resultado final do processo seletivo no dia 2 de março.
Os candidatos aprovados deverão comparecer aos polos de apoio presencial, para efetuar a matrícula, entre 3 e 9 de março, dia em que começam as aulas. Todas as informações sobre documentações, procedimentos e prazos constam no edital, disponível para download no portal etec.senar.org.br.
Sobre o curso O Curso Técnico de Nível Médio em Agronegócio tem duração de 2 anos e carga horária total de 1.230 horas, distribuídas em quatro módulos para o desenvolvimento da habilitação técnica profissional. As atividades educacionais são semipresenciais, com os conteúdos a distância disponibilizados na Internet, no material impresso e nas videoaulas, além dos encontros presenciais, nos polos de apoio. Os encontros presenciais representam 20% da carga horária total do curso e contemplam aulas teóricas, práticas e avaliações.
Fernando Dória, superintendente do Senar AL, Álvaro Almeida, presidente da Faeal e o senador Rodrigo Cunha
O senador alagoano Rodrigo Cunha visitou a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – na manhã dessa segunda-feira, 25. O objetivo da visita foi discutir demandas importantes para o desenvolvimento do agronegócio no estado. Cunha foi recebido pelo presidente da Faeal, Álvaro Almeida, o superitendente do Senar AL, Fernando Dória, entre outros produtores rurais. Durante mais de uma hora de reunião, eles discutiram questões relacionadas ao endividamento rural, biomas e a necessidade de conclusão das obras Canal do Sertão, entre outros assuntos.
“Esta é uma visita importante, pois o Rodrigo Cunha é um senador jovem, que está adentrando no Senado, e nós entendemos que os posicionamentos dele, favoráveis ao agronegócio, contribuirão com o nosso desenvolvimento a partir da resolução de pendências que temos na legislação atual. Esperamos que essa disposição do senador se traduza em ações em favor do agro alagoano”, ressaltou Álvaro Almeida.
Uma questão que ganhou destaque na reunião foi a Lei N° 13.340, que autoriza a liquidação e renegociação de dívidas de crédito rural. Segundo Álvaro, o Banco do Nordeste vem cumprindo a legislação, mas o Banco do Brasil descumpre por falta de orçamento. “Nós não entendemos uma legislação no Brasil que deixa de ser cumprida porque no orçamento do Banco não existe disponibilidade”, reclamou o presidente da Faeal.
Após ouvir os produtores, Rodrigo Cunha se prontificou em manter um diálogo constante com o agro alagoano. “É um compromisso meu debater todas as causas do setor com vocês. O endividamento, por exemplo, é um assunto que, relacionado ao agronegócio, tem uma sensibilidade a mais, porque, além da pessoa física, você lida com a família, com o desenvolvimento do negócio e das cidades. Não terei dificuldade nenhuma em abordar esse assunto”, afirmou o senador.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – realizou a última edição dos Programas de Saúde do Homem e da Mulher, em 2019, na última sexta-feira, 22. As ações aconteceram em Palmeira dos Índios e foram promovidas em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia – SBU –, o Sindicato Rural e a Prefeitura do município.
Na Unidade de Saúde da comunidade rural Canafístula de Frei Damião, foram realizados 104 exames de PSA, 87 toques retais, 67 citologias e 224 testes rápidos de sífilis, HIV, Hepatites B e C. A comunidade também teve acesso a atendimento odontológico gratuito, palestras educativas sobre doenças da próstata e câncer de mama, além de serviços de estática.
“É muito difícil, para quem mora na zona rural, se deslocar até os grandes centros para fazer exames. Trazer esse tipo de serviço para a unidade de saúde, dentro da comunidade, já viabiliza a questão do transporte e o pessoal se sente acolhido. É muito bom ver a satisfação no rosto dos pacientes, porque a gente quer a felicidade da população assistida”, afirmou a enfermeira Daniela Rozendo, gerente do setor de Saúde do Homem, Saúde do Idoso e Doenças Crônicas Não Transmissíveis, na Secretaria Municipal de Saúde de Palmeira dos Índios.
Foram feitos 224 testes rápidos
A ação atraiu homens e mulheres de comunidades vizinhas. “Esses programas do Senar são muito importantes, pois trazem benefícios para a nossa população, que encontra muita dificuldade para ter acesso à saúde”, comentou Eduardo Correia, presidente da Associação de Moradores da Comunidade Sítio Boa Sorte.
O médico responsável pela unidade de saúde de Canafístula, Emílio Silva, elogiou a participação da comunidade que lotou o espaço para receber os atendimentos. “A população atendeu ao chamado e isso é a prova do trabalho de conscientização que vem sendo feito, principalmente, com os homens, para que procurem se cuidar e se prevenir contra as doenças da próstata”, destacou.
As mulheres também marcaram presença. Aos 40 anos, a agricultora Edna Palmeira Lima saiu do Povoado Alto Vermelho para participar dos programas de saúde em Canafístula. “A gente tem que se cuidar e, como eu já tinha mais de ano que tinha feito o exame de citologia, vim participar. O atendimento foi ótimo”, avaliou.
Para a agricultora Joseane da Silva, 33, a ocasião foi mais do que especial. Além de fazer exames de saúde, ela aproveitou os programas do Senar para cuidar dos cabelos e das unhas, afinal, era o dia do seu aniversário. “Eu não esperava encontrar tudo isso aqui. Foi um presente”, comemorou.
Aniversariante do dia, a agricultura Joseane da Silva aproveitou para cuidar da estética
Cursos Com esta última edição, o Senar levou os programas de saúde, em 2019, para outros quatro municípios atendidos pelo Sindicato Rural de Palmeira dos Índios. Além de Palmeira, as ações foram realizadas nas cidades de Belém, Cacimbinhas, Estrela de Alagoas e Igaci. “A sensação é de missão cumprida, com muito trabalho durante todo o ano”, afirmou o presidente do sindicato, Nielson Correia Barros, responsável pela articulação com as prefeituras municipais.
Além dos programas de saúde, o Senar Alagoas realizou este ano, só em Palmeira dos Índios, 80 cursos e capacitou cerca de 1.200 pessoas. “É gratificante ver cidadãos ingressando no mercado de trabalho porque foram qualificadas nos cursos do Senar”, celebrou Nielson.
Nielson Barros: “Sensação é de dever cumprido”
A principal parceira do Sindicato Rural na realização dos cursos é a Associação das Mulheres de Palmeira dos Índios – AMPI. Para a fundadora e presidente da instituição, Sheila Duarte, os cursos do Senar são fundamentais no desenvolvimento socioeconômico da cidade e da região.
“Desde 2007, essa parceria vem gerando renda para famílias tanto da zona rural, quanto urbana. Muitas pessoas que sobreviviam exclusivamente do Programa Bolsa Família hoje produzem, vendem pelas redes sociais, envolvem outros parentes para dar conta das demandas. Isso é muito importante para o desenvolvimento de novos empreendedores em Palmeira dos Índios”, ponderou Sheila.
Senar AL, MPT e SRTb/AL acertam detalhes do evento
Mais de 200 produtores rurais foram convocados para participar de uma audiência coletiva sobre aprendizagem profissional que será realizada no próximo dia 4 de dezembro, a partir das 9 horas, na sede do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas –, em Maceió. O evento é uma realização do Ministério Público do Trabalho – MPT – e da Superintendência Regional do Trabalho – SRTb/AL –, em parceria com o Senar.
O objetivo da audiência é apresentar aos produtores os benefícios da aprendizagem profissional e divulgar as turmas de capacitação que serão ofertadas em alguns municípios estratégicos a partir de 2020. As cidades serão definidas de acordo com as microrregiões onde há maior número de propriedades que precisam contratar jovens aprendizes. A expectativa é de que as aulas comecem no próximo mês de fevereiro.
“O Senar é o grande parceiro na divulgação e na qualificação profissional da mão de obra rural em Alagoas. A nossa expectativa é fechar cinco turmas de aprendizagem para atender cerca de cem aprendizes, meninos e meninas que passarão a integrar a mão de obra de forma qualificada, protegida, e contribuirão para o aumento da produtividade nas propriedades rurais”, afirma o auditor fiscal do Trabalho Leandro Carvalho.
“O Ministério Público do Trabalho, a Fiscalização do Trabalho e o Senar estão juntos para melhorar a qualidade da mão de obra nas áreas rurais e dar oportunidade aos nossos jovens, visando, especialmente, a manutenção dessa mão de obra no campo. A população rural está envelhecendo, a atividade rural não tem sido atrativa para os jovens e nós precisamos despertar o interesse para eles se prepararem para permanecer no campo, produzindo cada vez mais”, comenta a procuradora do MPT em Alagoas, Virgínia Ferreira.
De acordo com a legislação, toda propriedade com, no mínimo, sete funcionários precisa oferecer entre 5% e 15% das vagas para jovens em formação. “O objetivo do Senar também é ajudar os produtores a atenderem à esta exigência legal. Além de contribuir com o desenvolvimento do segmento rural, a aprendizagem é uma forma de auxiliar o jovem a dar os primeiros passos num mercado de trabalho cada vez mais exigente”, observa o superintendente do Senar em Alagoas, Fernando Dória.