Senar nas Nuvens: profissionais de Alagoas são capacitados

Profissionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – estão ainda mais capacitados para utilizar o Senar nas Nuvens, ferramenta de gestão de informações que auxilia as administrações regionais nos processos de Formação Profissional Rural (FPR), Promoção Social (PS) e Programas Especiais. A capacitação foi conduzida por Patrícia Machado, assessora técnica da Diretoria de Educação Profissional e Promoção Social do Senar Nacional.

“Viemos trazer mais informações, oferecer novas funcionalidades do sistema para a regional continuar melhorando seus indicadores e relatórios. O Senar nas Nuvens é um sistema de gestão dos eventos que a regional realiza, portanto, se ela preenche corretamente os dados, consegue ter um controle maior do que está realizando, em termos de custos, quantidade de participantes e ações”, argumenta Patrícia Machado.

No sistema Senar nas Nuvens, todos os agentes envolvidos nos processos da Formação Profissional Rural e Promoção Social, sejam eles mobilizadores, instrutores, supervisores ou da equipe técnica, ficam responsáveis diretamente por cada etapa, desde a solicitação das demandas pelos sindicatos e elaboração do Plano Anual de Trabalho (PAT) à conclusão do treinamento e certificação dos participantes ou do evento realizado pela regional.

O gerente de Produtos Lucas Guimarães, da empresa de tecnologia Rezolve, criadora do Senar nas Nuvens, também veio a Maceió auxiliar na capacitação. Ele deu dicas de usabilidade do sistema, sobretudo, para a equipe do financeiro, mostrando algumas possibilidades para facilitar ainda mais as operações. “Nós sempre vamos às regionais, observamos os processos e tentamos facilitá-los por meio da automatização”, explica.

Para Giane Trindade, assistente administrativa do Senar em Alagoas, as orientações foram importantes. “Aprendemos novas ferramentas que vão agilizar o nosso trabalho. Nós utilizamos dois programas para executar os cursos, efetuar pagamentos, e agora percebemos que dá para fazer a maioria das ações somente no Senar nas nuvens. Vamos customizar de acordo com as nossas necessidades”, diz.

Funrural: dívidas de produtores podem ser renegociadas até 31 de dezembro

O prazo final para que produtores rurais possam aderir ao Programa de Regularização Tributária Rural (PRR) está marcado para o dia 31 de dezembro. Segundo a Receita Federal, o período de cadastro para que os agricultores possam renegociar as dívidas com o Fisco foi prorrogado. Quem já fez a adesão, não precisa se recadastrar.

Como não haverá expediente bancário em 31 de dezembro, os pagamentos devem ser feitos até o dia 28 daquele mês. Conforme previsão da RF, nesta semana serão publicadas as regras para quem quiser aderir ao programa. Assim, será possível renegociar os débitos vencidos até agosto do ano passado em condições especiais.

Os produtores ruais que desejarem saber mais sobre o Programa devem acessar o “Passo a Passo do Funrural”, no site da CNA Brasil. A partir daí, devem levantar os débitos, montar o processo e protocolar adesão ao PRR.

Contudo, a recomendação é de que antes de protocolar qualquer pedido de adesão ao PRR, os produtores rurais emitam uma Certidão Negativa de Débitos (CND) – que tem prazo de validade de 180 dias – Sem a CND não é possível acessar linhas de financiamentos oficiais.

Senar AL encerra mais uma edição do Programa Alfabetização de Jovens e Adultos

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – encerrou mais uma edição do Programa Alfabetização de Jovens e Adultos. Nessa terça-feira, 20, a coordenação do programa reuniu os professores na sede da instituição, em Maceió, para uma avaliação final de todo o trabalho desenvolvido desde o último mês de maio, em nove municípios: Arapiraca, Igaci, Igreja Nova, Major Isidoro, Mata Grande, Palmeira dos Índios, Poço das Trincheiras, Porto Real do Colégio e Santana do Ipanema.

“Ouvimos os depoimentos dos professores para saber como foi a evolução dos estudantes, o sucesso das turmas, e ficamos muito felizes com os resultados. Por mais dificuldades que os alunos tenham, até porque trabalham de dia e estudam à noite, eles conseguem, em seis meses, assinar o nome em transações bancárias, contratos de trabalho e outras documentações. Para quem não tinha qualquer noção de letras e números, é um grande avanço”, avalia a coordenadora do programa, Graziela Freitas.

A Alfabetização de Jovens e Adultos é fruto de uma parceria entre o Senar AL e o Sebrae, por meio do programa Sertão Empreendedor. Voltado para pessoas que não sabem ler nem escrever, o curso tem uma carga horária de 300 horas e é dividido em quatro módulos: Português, Matemática, Estudos Sociais e Ciências. Os professores são selecionados pelo Senar e pelos sindicatos rurais dos municípios.

Tamires Patrícia da Silva ministrou aulas no município de Arapiraca. Para ela, a experiência foi exitosa. “Eu não esperava conquistar a turma e no último dia os estudantes me pediram pra inseri-los em novos cursos, alegando que aprenderam coisas novas, pois não sabiam nada de matemática, nem mesmo o que é uma vogal ou consoante. Hoje eles sabem. Foi muito bom ouvir alunos dizendo ‘como é bom fazer o nome’ e assinar uma lista de presença direitinho”, diz a educadora.

Certificado de Cadastro de Imóvel Rural de 2017 está disponível para emissão

Foto: freepik.com

Proprietários e possuidores a qualquer título de imóvel rural podem emitir o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) do exercício de 2017. O documento foi disponibilizado pelo Incra no último dia 4 de dezembro e, desde então, já foram emitidos mais de 973 mil certificados.

O documento pode ser acessado via internet nos portais do Incra, da Sala da Cidadania e do Cadastro Rural. O CCIR também pode ser emitido presencialmente nas superintendências regionais ou unidades avançadas do Incra, bem como nas Salas da Cidadania e Unidades Municipais de Cadastramento (UMC) em cidades nas quais a autarquia e a prefeitura firmaram acordo de cooperação para atendimento ao público.

O sistema permite a emissão do certificado com o preenchimento dos dados em computador com acesso à internet. Após o preenchimento, será emitido o documento e gerado boleto de Guia de Recolhimento da União (GRU) da taxa cadastral. O CCIR só será validado após o pagamento da taxa na rede de atendimento do Banco do Brasil. O CCIR 2017 substitui os certificados dos exercícios anteriores e, caso haja pendências, o sistema calcula automaticamente o valor a ser pago, acrescido de juros e multas.

Em 2017, como forma de melhorar a qualificação da gestão territorial, o Incra passou a emitir o certificado anualmente. Outra novidade ficou por conta da adição de mapa com ilustração dos perímetros da propriedade no próprio CCIR, no caso de imóveis georreferenciados e certificados.

CCIR: para que serve

O CCIR é fornecido pelo Incra para comprovar o cadastro do imóvel rural no Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), sistema do governo federal de responsabilidade do instituto, que reúne informações cadastrais de imóveis rurais em todo o território brasileiro.

É indispensável para quem precisa ou deseja desmembrar, arrendar, hipotecar, vender ou prometer em venda sua área, utilizar como garantia para tomada de crédito rural e ainda para homologação de partilha amigável ou judicial em espólios (sucessão por causa mortis).

Sem a apresentação do documento, os detentores a qualquer título de imóvel rural, não poderão, sob pena de nulidade, realizar as mencionadas operações junto aos cartórios e instituições bancárias.

Mais informações sobre o CCIR no portal do Incra. Consulte também as superintendências regionais e unidades avançadas do instituto nos estados, as Salas da Cidadania e Unidades Municipais de Cadastramento (UMC) em diversos municípios, bem como pelos telefones (61) 3411-7370 ou 3411-7380.

Informações sobre o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural.

Emitir o CCIR 2017 de seu imóvel rural.

Faeal vai reativar comissão da cana a pedido de produtores

Reunião aconteceu na Presidência da Faeal

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas vai reativar a Comissão da Cana-de-Açúcar em atendimento ao pedido de um grupo de produtores de Teotônio Vilela, Coruripe e região, que procurou o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, nessa segunda-feira, 12, para pedir o apoio da instituição.

“Estamos buscando uma representatividade política e técnica junto ao Estado de Alagoas, para tentar solucionar algumas dúvidas dos fornecedores e melhorar a cadeia como um todo”, diz Vinícius Cansanção, produtor de Teotônio Vilela.

Para os produtores, a principais dificuldades estão relacionadas à política de estabelecimento de preços. “É importante buscarmos informações em outros estados que estão mais avançados, por isso, pensamos na Federação como uma entidade que pudesse ter acesso mais fácil e trazer essas experiências para que possamos tentar melhorar um pouco esse sistema de remuneração da cana-de-açúcar aqui em Alagoas”, comenta Cansanção.

“Vamos reativar a comissão para que ela exerça a sua função, que é a procura da defesa da lavoura canavieira junto aos órgãos competentes, isso sem ir de encontro a qualquer outra entidade que represente os fornecedores de cana do Estado de Alagoas. A nossa comissão, naturalmente, ajudará para que essa defesa do produtor seja mais frequente”, garante Álvaro Almeida.

Segundo o presidente da Faeal, a intenção é definir uma diretoria e eleger um conselho, para que a comissão tenha um valor colegiado. “Tudo com o referendo da presidência da Federação da Agricultura, que não fará nada que não esteja de acordo com o seu estatuto e atividades”, conclui Álvaro.

Seminário aborda inovações para o cultivo de grãos

Evento reúne produtores, técnicos, pesquisadores e estudantes

Produtores rurais, técnicos agrícolas, pesquisadores e estudantes participam hoje (12) e amanhã (13) do Seminário Alagoano de Produção de Grãos 2018. O evento acontece no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, em Maceió, e é uma realização do Governo de Alagoas em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado – Faeal –, o Sebrae AL e a Embrapa, entre outras instituições. Com 12 palestras na programação, o seminário aborda as inovações da agricultura voltadas ao cultivo de grãos.

O presidente da Emater Goiás, Pedro Arraes, ministrou a palestra de abertura, sobre o futuro do agronegócio no mundo. Outros palestrantes, de diversas regiões, abordam assuntos relacionados à rotação de cana-de-açúcar com soja; mercado de grãos; integração lavoura, pecuária e floresta; nutrição na cultura da soja; métodos de irrigação em grãos; agricultura de precisão, manejo do solo para altas produtividades de soja, entre outros temas. “Esse evento promove a troca de conhecimentos a partir de algumas experiências exitosas de todo o país, que nós trazemos a Maceió por sugestão dos próprios participantes da Comissão de Grãos do estado”, explica Vânia Brito, gerente da Unidade de Agronegócios do Sebrae em Alagoas.

Álvaro Almeida: “Produção de soja e milho contribuirá cada vez mais com o desenvolvimento de Alagoas”

Para o presidente da Faeal, Álvaro Almeida, o seminário ganha ainda mais importância pelo momento em que vive a agricultura alagoana, em que os espaços deixados pela cana-de-açúcar vêm sendo absorvidos pelos grãos. “Essa discussão já existe desde a época em que o nosso ex-secretário de Estado da Agricultura, Álvaro Vasconcelos, era presidente da Associação dos Criadores. Agora, no governo Renan Filho, ganhou mais força. A produção de soja e milho aumentou, já contribui e certamente contribuirá cada vez mais com o desenvolvimento socioeconômico de Alagoas, sobretudo, na geração de emprego e renda”, avalia.

Henrique Soares: “Desde 2015, tivemos aumento de 3000% na lavoura de soja e de 400% na de milho”

“Alagoas está em processo de diversificação de culturas e nós temos trabalhado para levar tecnologias e processos inovadores para o campo. De 2015 até hoje, tivemos um aumento na ordem de 3000% na lavoura de soja e de 400% na de milho. Neste período, além de importar tecnologias, nós as validamos para que o produtor tenha acesso com a expressão real de cada tecnologia e o seu potencial em nosso território. Já foram implementadas pesquisas com mais de 50 variedades de soja e cem de milho”, ressalta Henrique Soares, secretário de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura.

Produtores

Vânia Brito, do Sebrae AL, ressalta que temas e palestras são sugeridos pelos produtores locais

Há quatro anos, Sérgio Papini produz soja na Surubana, propriedade localizada na região norte de Alagoas. A produção é escoada para estados vizinhos ou para exportação, por meio de navios que saem carregados do Oeste da Bahia. “A soja tem uma característica interessante. Diferentemente de outras culturas, ela fixa nitrogênio no solo e faz com que ele se enriqueça em matéria orgânica. No quarto ano, tivemos uma produtividade de 62,5 sacas por hectare, apesar das dificuldades climáticas, mas ainda precisamos aprender a calibrar as melhores variedades para cada região”, diz o produtor.

Eduardo Simonetti, do Mato Grosso, e o alagoano Sérgio Papini comemoram resultados da produção de soja

A possibilidade de produzir grãos a custos mais baixos e revendê-los a preços mais atrativos fez com que Eduardo Simonetti, do Mato Grosso, investisse em terras alagoanas. Hoje, com mil hectares divididos em plantações de milho e soja, ele comemora os resultados de um trabalho de cultivo iniciado em março. “O clima não foi muito propício este ano, mas nós vamos conseguir cobrir os investimentos, o que não acontece em uma área de primeiro ano de grãos no Centro-Oeste. Estou muito feliz e já preparando a terra para 2019, que, se Deus quiser, será bem melhor”, vislumbra.

Programas de Saúde do Senar AL atendem comunidade rural de Mar Vermelho

Palestra sobre câncer de próstata

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar AL – promoveu mais um dia de ações dos programas de Saúde da Mulher e do Homem nesta sexta-feira, 9. As atividades aconteceram no município de Mar Vermelho, agreste alagoano. Os programas têm o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas – Faeal – e contribuem para a melhoria da qualidade de vida da população do campo.

As ações se concentraram na Creche Maria Odete e na Unidade de Saúde Humberto Gomes de Melo. Cerca de 120 homens assistiram à palestra sobre câncer de próstata, ministrada pelo urologista Mário Ronalsa, fizeram os exames de PSA e toque. Já as mais de cem mulheres foram orientadas sobre câncer de mama e colo do útero e passaram por exames de citologia. Houve também testes rápidos de glicemia, diabetes, sífilis e HIV.

Agricultores fizeram PSA

Todo o trabalho foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Mar Vermelho. “Esses programas do Senar são de suma importância, principalmente, para os homens e mulheres do campo, que muitas vezes não têm acesso a momentos como este. Nós já realizamos um trabalho preventivo, todos os dias, e o Senar e a Faeal chegam para agregar e fortalecer as nossas ações”, afirma a prefeita do município, Juliana Almeida.

“Estamos cumprindo com a nossa obrigação e reiterando o nosso compromisso, não só com o desenvolvimento socioeconômico da população rural, mas também com a saúde do homem e da mulher do campo”, enfatiza o presidente do Conselho de Administração do Senar AL e presidente da Faeal, Álvaro Almeida.

Ação da Prefeitura une outubro rosa e novembro azul

Ex-presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer e recém-eleita deputada estadual por Alagoas, Fátima Canuto acompanhou as ações de saúde em Mar Vermelho. “É fundamental que a população rural tenha acesso às informações sobre a importância da detecção precoce, tanto do câncer de mama, quanto de próstata. E é muito bom ver a participação de muitas mulheres e dos homens também, que estão vencendo o preconceito e se cuidando”, observa.

Aos 68 anos, o agricultor José Pedro dos Santos aproveitou o programa de saúde do Senar AL para refazer o PSA e o exame de toque. “Um trabalho desse é maravilhoso para o homem. Não sinto nada, mas, de qualquer maneira, tenho que me cuidar. Se todos os homens pensassem como eu, o câncer de próstata diminuiria muito”.

Juliana Almeida: “Parceria do Senar fortalece ações da Prefeitura”

Acompanhada do marido de da filha pequena, a autônoma Larissa Santos, 21 anos, aproveitou o programa do Senar AL para fazer a citologia. “Quanto mais cedo a gente se cuidar, melhor a gente vai ficar no futuro, com mais saúde para o resto da vida”, diz.

Aftosa: Alagoas pode se tornar zona livre sem vacinação em 2020

Presidente da Faeal, Álvaro Almeida, entre o diretor-presidente da Adeal, Ironaldo Monteiro, e assessor de Gestão Interna, Everaldo Rosa

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, mobiliza os produtores para que vacinem seus rebanhos durante a segunda etapa da campanha contra a febra aftosa de 2018, obrigatória para bovinos e bubalinos com até dois anos de vida. A etapa segue até o final deste mês.

“Nós estamos juntos nessa luta contra a aftosa, porque ninguém sozinho consegue superar as dificuldades. Se todos os produtores vacinarem os seus rebanhos nesta segunda etapa de 2018, na primeira de 2019 – em que 100% dos animais deverão ser vacinados – e na segunda, em novembro do ano que vem, para os animais com 24 meses de vida, nós alcançaremos o status de zona livre sem vacinação em 2020”, afirma Almeida.

De acordo com dados da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), deverão ser vacinados, nesta etapa, apenas 500 mil animais em todo o Estado. A Adeal informou, ainda, que todos os produtores, independentemente de terem animais vacinais nesta etapa, devem comparecer aos escritórios da agência de defesa agropecuária para atualizar os dados cadastrais e o rebanho.

Segundo a agência de defesa agropecuária, na primeira etapa da campanha, realizada em maio passado e onde todos os animais foram vacinados, foi registrada uma cobertura vacinal de 95,56% do rebanho que era superior a um milhão de animais.

Com informações da BCCOM

Colaboradores do Senar AL participam do Programa de Nivelamento

Colaboradores do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Alagoas – participaram, na última sexta-feira, 30 de outubro, de uma palestra de integração promovida pela Administração Central do Senar, por meio do Programa de Nivelamento das Regionais. O objetivo é criar e desenvolver ações de nivelamento e fortalecimento dos serviços prestados e das atividades desenvolvidas pelas administrações regionais, para garantir que o produtor e o trabalhador rural recebam serviços com qualidade e excelência.

A partir do Programa de Nivelamento, a Administração Central do Senar faz um diagnóstico institucional de cada regional, traça um plano de melhorias, monitora a execução e avalia os resultados. “Nós sabemos que as regionais já prestam bons serviços para os produtores e trabalhadores do campo, mas a ideia é estar sempre melhorando, para aumentar a produtividade, gerar renda e evitar o êxodo rural”, ressalta Ivo Jacó, coordenador do programa.

Durante todo o dia, os colaboradores do Senar AL participaram de dinâmicas de integração, oficinas, receberam informações sobre o Sistema CNA, o Senar, e assistiram a uma palestra com o tema “Pessoas, processos e responsabilidades”, ministrada por Ivo Jacó. “Hoje, nós temos profissionais com 25 anos de casa e outros que chegaram há dois meses, e o aprendizado é para todos, por meio dessa interação, troca de conhecimentos e fortalecimento das relações. Isso é muito importante”, afirma o superintendente do Senar em Alagoas, Fernando Dória.

“É preciso que todos entendam que o sucesso do Senar é o resultado de um esforço coletivo, em que cada colaborador, independentemente do cargo que ocupe, tem participação decisiva”, comenta o presidente do Conselho de Administração do Senar em Alagoas, Álvaro Almeida.

Recém-chegada ao Senar AL, a analista de Controle Interno Adriana Loiola avaliou como positivo o dia de aprendizado. “Além de ampliar a nossa visão sobre o Sistema CNA, o Programa de Nivelamento promoveu a integração e nos mostrou que todos nós dependemos uns dos outros. Somente juntos, conseguiremos atingir os nossos objetivos”, diz.

Após 25 anos de serviços prestados ao Senar AL, a secretária da Presidência, Rosângela Lins, também reconhece a importância da iniciativa da Administração Central. “O Programa de Nivelamento retrata a necessidade de integração entre as regionais, seja na política de atuação, seja no alinhamento do discurso para o fortalecimento do sistema em todo o país, resultando no aprimoramento dos serviços prestados à população rural”, avalia.

 

Barragens subterrâneas garantem o sustento de agricultores no Sertão

Visita à barragem construída pelo Senar AL e Sebrae

“Planto o que quero, a qualquer época do ano, porque tenho água armazenada no poço da barragem. Não é para juntar dinheiro. É para sobreviver. Água, para nós, é vida”, diz o agricultor Edésio Melo, o “Seu Dedé”. Aos 56 anos, ele produz hortaliças e revende para merenda escolar e nas feiras livres de São José da Tapera, cidade onde mora, e outros três municípios do sertão alagoano. Independentemente da força da seca, a horta de Seu Dedé está sempre irrigada, graças a uma barragem subterrânea, solução simples, barata e capaz de garantir a produtividade e o sustento das famílias no campo.

Seu Dedé explica como as barragens sustentam famílias no Sertão

Seu Dedé construiu a primeira barragem subterrânea há uma década. A estrutura, capaz de armazenar 750 milhões de litros d’água, foi erguida manualmente e durou um ano para ser concluída. Em seguida, veio a segunda barragem, com capacidade para 25 milhões de litros. Todo o esforço foi recompensado. Hoje, o agricultor cultiva cerca de 90 tipos de plantas, entre hortaliças, medicinais e frutíferas, em 66 canteiros, 50 deles de 30 metros e os demais de 8m. “Do dia 15 de maio de 2008 até hoje, graças a Deus, eu venho arrumando a minha bóia e a da minha família. Nós somos seis pais de família e vivemos graças à produção dessas barragens subterrâneas”, comemora.

A experiência se ramificou. Capacitado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Regional Alagoas –, Seu Dedé agora auxilia na construção de outras barragens subterrâneas para beneficiar mais famílias na região. Cerca de 15 já foram construídas, uma delas, no povoado Olho D’água do Padre, por meio do convênio Sertão Empreendedor, firmado entre o Senar AL e o Sebrae. O investimento básico foi de R$12 mil.

“Os nossos técnicos de campo avaliaram, entre cinco municípios da região, qual seria o mais beneficiado. Depois, nós capacitamos a comunidade com um curso teórico, para mostrar a importância da barragem subterrânea, e prático, sobre aquisição dos materiais, todos custeados pela parceria Senar e Sebrae. Em seguida, contratamos serviços de maquinários, pedreiros, serventes, e deixamos uma unidade pronta para o benefício da população”, relembra Luana Torres, engenheira agrônoma do Senar AL.

Oásis no Sertão: áreas beneficiadas pelas barragens se destacam em meio à seca

Para o presidente do Conselho de Administração do Senar em Alagoas, Álvaro Almeida, é importante que o poder público invista nas barragens subterrâneas. “Temos aqui, em São José da Tapera, a prova de que é possível, com poucos recursos financeiros, garantir a produtividade e a permanência do homem do campo, mesmo nas regiões mais secas. Nós, que integramos o setor produtivo, faremos uma interlocução com o Governo do Estado, para que incentive a construção de outras barragens no sertão alagoano”, afirma.

Como funciona
A barragem subterrânea retém a água da chuva que escoa em cima e dentro do solo, por meio de uma parede construída dentro da terra e que se eleva a uma altura de cerca de 50 centímetros acima da superfície, no sentido contrário à descida das águas. Escava-se uma vala no sentido transversal das descidas das águas até a rocha ou camada impermeável. Depois, estende-se um plástico de polietileno por toda a extensão da vala, que em seguida é fechada com terra. O plástico funciona como uma parede impermeável e um sangradouro é feito para eliminar o excedente de água, em dias de chuva torrencial. Como uma vazante artificial temporária, a barragem subterrânea mantém o terreno úmido por um período de dois a cinco meses após a época chuvosa. Pode ser construída em leito de rio e riacho, córregos, linhas de drenagem, e o custo varia de acordo com as condições locais.