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Uma capacitação promovida pelo IMA, em parceria com o Senar/AL, está orientando técnicos e produtores sobre a importância do Cadastro Ambiental Rural (CAR), visando garantir a conformidade das propriedades de acordo com a legislação e evitar possíveis sanções e multas. O curso aconteceu nas manhãs de terça (21) e quarta-feira (22), na sede do IMA.

“Essa iniciativa é de suma importância para o produtor rural para que ele possa cadastrar e retificar o CAR de forma correta”, afirma Carla Christine Lima, analista de arrecadação do Senar Alagoas. Aqueles que já realizaram o cadastro, precisam ficar atentos para a homologação final do órgão ambiental. “O CAR só está definitivamente regular após passar pela fase de análise”, completa a analista.

A capacitação foi conduzida pelos  técnicos do instituto Isabel Tavares Galindo Nepomuceno e Adalberto Luiz de Souza Neto, que repassaram informações sobre os procedimentos e a legislação necessária ao cadastro. Eles também explicaram como fazer as retificações, quando necessário. 

Os técnicos destacaram a importância da regularização cadastral e enfatizaram a necessidade dos titulares dos registros, com pendências, a entrarem em contato para regularização junto ao Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR).

O produtor rural deve clicar aqui para verificar a situação cadastral de sua propriedade. Caso intimado, ele deve comparecer ao órgão fiscalizador para resolver a pendência, fazendo as retificações necessárias.

Mais de 240 produtoras rurais da região Agreste do estado participaram na última quinta-feira (25), em Junqueiro, do Encontro de Mulheres do Agro, que contou com palestras de temas voltados para o universo do agronegócio. O evento foi promovido pela Comissão das Mulheres do Agro de Alagoas, vinculada à Federação da Agricultura e Pecuária (Faeal) e que reúne representantes de diversas entidades do estado.

A presidente da Comissão, Morgana Tavares, comemora a adesão das produtoras rurais, que atenderam ao chamado para participação no evento, mesmo com as demandas que precisam atender nas suas propriedades na zona rural. “Estávamos planejando fazer um encontro, não um evento, mas um encontro para 80 ou até 100 mulheres. Mas chegamos a quase 300 delas. Isso mostra a força do empoderamento feminino, mostra que as mulheres estão mesmo em busca de mais alternativas, de mais informações e de oportunidades para crescer e se desenvolver na sua produção, no segmento do agronegócio. Isso é de fundamental importância para o nosso crescimento. Faz com que elas busquem mais alternativas, possam compartilhar suas experiências e tirar dúvidas”, afirma.

“Nós da Comissão das Mulheres do Agro ficamos muito lisonjeadas em poder proporcionar tudo isso para elas. Isso faz com que a gente multiplique mais encontros, mais eventos como esse. Temos esse compromisso no nosso calendário anual e vamos fazer de tudo para que possamos cumprir cada agenda, cada evento, cada encontro como esse realizado aqui em Junqueiro”, completa Morgana.

A diretora de Administração e Finanças do Sebrae Alagoas, Juliana Almeida, destaca o caráter técnico do evento. O Sebrae/AL é uma das entidades com assento na Comissão. “É o primeiro evento da comissão em 2024, realizado com base no planejamento que nós fizemos em dezembro do ano passado, e o resultado superou as nossas expectativas. Era um evento para 100 mulheres, mas finalizamos com 245 participantes. Um evento técnico, com muita troca de conhecimento, e que consolida a importância da participação feminina nos espaços de liderança também no nosso agronegócio”, avalia.

A programação do evento contou com três palestras, a primeira delas realizada pela consultora Desirée Farah, que falou sobre o tema “Conhecendo seu primeiro empreendimento: você”. Ela destacou a importância da mulher do campo desenvolver a autoestima e investir em cuidados que elevem seu sentimento de empoderamento.

Já a analista de arrecadação do Senar Alagoas, Carla Christine Lima, falou em sua palestra sobre benefícios previdenciários e o acesso a crédito. Ela reforçou a importância do pagamento da contribuição rural, cujos recursos são convertidos em ações para os produtores rurais por meio da realização de cursos de capacitação e demais ações pelo Senar no estado.

O educador previdenciário do INSS, Marcelo Lima, complementou o tema, pontuando os diversos benefícios que a Previdência Social dispõe para a população, como aposentadoria, pensão e auxílio que a instituição oferece aos segurados e seus familiares. Proteção da renda salarial em caso de doença, acidente de trabalho, velhice, maternidade, morte ou reclusão foram alguns pontos abordados por ele durante a palestra.

A analista do Sebrae Alagoas, Camila Nascimento, falou sobre a regularização de produtos do agronegócio para comercialização. Ela destacou a emissão dos Selos de Inspeção Municipal (SIM) e citou o caso de um produtor de Craíbas, que passou a distribuir o queijo para trinta municípios da região Agreste após o Consórcio Municipal da região aderir a mais localidades. “Antes, com o SIM, ele estava limitado só a Craíbas e região. Mas depois, com a ampliação do consórcio, ele saltou para novos mercados”, diz.

O Senar Alagoas encerra o ano de 2023 com a realização de 1.464 ações em todo o estado. A instituição atendeu 257 grupos de ATeG das mais variadas cadeias produtivas, num total de 7.710 propriedades rurais visitadas pelos técnicos de campo. Mais de 3,9 mil pessoas foram beneficiadas pelos programas especiais, entre eles o Programa Saúde do Homem e da Mulher Rural.

Os dados fazem parte do balanço divulgado pelo Sistema Faeal / Senar Alagoas esta semana. Por todo o estado, foram mais de 30 mil produtoras e produtores rurais beneficiados ao longo deste ano por alguma ação desenvolvida pelas duas instituições, incluindo jovens aprendizes e trabalhadores ligados ao setor do agronegócio.

Um total de 11.656 alunos participaram dos cursos de Formação Profissional Rural e outros 3.394 alunos participaram dos cursos de Promoção Social. Também foram construídas 16 novas barragens subterrâneas no Agreste e Sertão de Alagoas, beneficiando um universo de 240 famílias das regiões mais quentes do estado. A tecnologia permite a captação de água visando suprir o produtor durante os períodos mais longos de estiagem.

No caso da ATeG, os produtores rurais recebem visitas mensais dos técnicos do Senar durante dois anos para grupos com até 30 propriedades. Já os cursos de Formação Profissional Rural qualificam o produtor e trabalhador rural para um melhor desempenho nas suas ocupações, com foco nas áreas de agricultura, pecuária e agronegócio.

Os cursos de Promoção Social são voltados para o desenvolvimento social e econômico da família do produtor e trabalhador rural. Também foram formados mais de 1 mil alunos no Curso de Informática Básica.

Os programas Saúde do Homem e da Mulher Rural também superaram as expectativas para o ano de 2023. Mais de 3 mil pessoas foram atendidas pelos dois programas, que têm como foco a prevenção ao câncer de colo de útero e ao câncer de próstata. Nessas ações, o Senar/AL leva para os municípios uma série de exames, como o de citologia para as mulheres e os de PSA e toque retal para os homens. Este ano, o exame de mamografia também foi incluído no programa.

O desempenho registrado pelo Sistema Faeal / Senar Alagoas nos últimos anos foi destacado pelo presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins. “O Senar Alagoas é hoje, sem sombra de dúvidas, um modelo para o Brasil”, afirma.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, comemora os números registrados pelo Senar em 2023, que teve um crescimento de mais de 10 mil atendimentos em comparação ao ano passado. Ele destacou ainda o ótimo desempenho do setor agropecuário do estado, que iniciou 2023 com crescimento de 18,8%. Os indicadores do setor puxam a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Alagoas em 6,9% para este ano.

“Esses números mostram a magnitude da importância do agronegócio para a economia alagoana, formado por produtores rurais que não se curvam diante dos desafios e buscam sempre investir nas suas atividades. O resultado disso é uma elevação da produção, refletindo nos números com um desempenho excelente. Com todo o respeito aos demais setores, mas os dados mostram a força que a agropecuária tem na formação do nosso PIB”, destaca Álvaro Almeida.

“Chegamos ao final de 2023 com a certeza de termos atendido as demandas dos produtores rurais dos quatro cantos de Alagoas, levando assistência técnica e gerencial, aprendizado, capacitação e qualificação de mão de obra para o campo. Em 2024 vamos fazer muito mais. Que o próximo ano seja repleto de realizações para todos aqueles que fazem o agronegócio alagoano”, completa.

Entre as ações da Faeal realizadas este ano e que merecem destaque estão o oferecimento de assistência jurídica aos produtores rurais, contratação de topógrafo para auxiliar em questões ambientais, participação em reuniões sobre combate à aftosa e Peste Suína Clássica (PSC), apoio a ações ligadas ao Canal do Sertão e presença nos lançamentos da pedra fundamental da nova unidade da Embrapa em Alagoas e da fábrica da empresa Natville.

O Senar Alagoas marcou presença no VI Congresso Brasileiro de Palma e Outras Forrageiras para o Semiárido, realizado em Montes Claros (MG), na semana passada. A superintendente adjunta Luana Torres e o gerente da ATeG, Sidney Rocha, participaram do evento que contou com palestras, Dia de Campo e muitas discussões sobre o desenvolvimento do semiárido nacional.

“Dentre as muitas palestras que nós assistimos, algumas foram muito marcantes, que foram relativas a estratégias de manejo de pasto e a palma forrageira como estratégia alimentar na produção de ruminantes. A gente gostou muito também da palestra que falou sobre o forrageiras para o semiárido, onde nós, aqui em Alagoas, temos uma URT, que fica lá em Monteirópolis, além de variedades e genética da palma forrageira”, conta Luana Torres.

“Nós tivemos até palestra sobre a cochonilha de escama. E teve também cozinha show, onde pratos com ingredientes regionais e a palma foram apresentados. Foi tudo muito interessante, um evento enriquecedor onde a gente pôde ver a realidade de um outro lugar, com relação às dificuldades que eles têm da implementação da forrageira e das Unidades de Referências Tecnológicas”, completa.

Durante o Dia de Campo, que recebeu o nome de Palma Day, os participantes do congresso conheceram várias estações que abordavam temas diferentes. Uma delas falava sobre o capim buffel como alternativa de gramínea forrageira para o semiárido. Outras estações tratavam sobre pecuária sustentável, Rede Palma e colheita mecanizada de palma forrageira. Toda a visita ocorreu na URT da cidade de Montes Claros.

O terceiro e último encontro estadual do Programa CNA Jovem movimentou o Senar no final de semana, na sede em Maceió. As participantes se reuniram, mais uma vez, para finalizar o projeto com foco no desenvolvimento da cadeia produtiva de grãos no estado.

A elaboração do projeto é o desafio central delas na edição deste ano do programa, que teve 2.446 inscritos de todo o Brasil. Durante todo o final de semana, as participantes realizaram os últimos ajustes no documento que concentra todas as propostas idealizadas por elas para fomentar a cadeia alagoana de grãos.

Todo o trabalho foi submetido à aprovação da superintendente adjunta do Senar/AL, Luana Torres, e coordenado pela gerente técnica Graziela Freitas. As instrutoras Thereza Christina e Nadjane Peixoto, do Senar, conduziram os exercícios que ajudaram as jovens lideranças na construção do projeto.

“Os jovens trouxeram na bagagem o aprendizado dos últimos dois encontros do programa, trazendo desafios e inovação para o agronegócio. Está sendo muito satisfatório para toda a equipe do Senar participar desse momento com esses jovens. São pessoas que nós percebemos que tem um estilo de liderança dentro delas e que vão fazer a diferença no setor”, avalia Luana Torres.

“Como sempre, o CNA Jovem traz, para dentro do nosso sistema, pessoas que têm a capacidade de agregar uma visão mais ampla, mais inovadora para o agronegócio, tanto no nosso estado quanto no nosso país”, completa a superintendente adjunta do Senar/AL.

Para Graziela Freitas, “o trabalho do CNA Jovem não termina após o encerramento do programa, já que os jovens podem e devem seguir atuando na cadeia do agronegócio, até mesmo como instrutores ou técnicos de campo do Senar, se assim preferirem”.

Karina Venâncio, uma das jovens participantes, é de Olho D´água das Flores. Filha de produtores rurais, ela diz que o programa é uma oportunidade única para se debruçar sobre os problemas enfrentados pelo agro. “Tem sido uma experiência enriquecedora. Tenho certeza que é algo que vou levar para a vida”, diz.

A etapa nacional está marcada para o final de outubro, nos dias 28 e 29, em Brasília (DF).